Duas coisas são inegáveis em se falando de Niki Lauda: o tricampeão é uma lenda, um dos maiores pilotos de todos os tempos, e o austríaco, espécie de diretor não-executivo da Mercedes, gosta de falar pelo cotovelos. Não esconde nada. As duas características do mito da F-1 acabam sendo ótimas, porque podemos ficar sabendo de mais detalhes internos da equipe prateada.
Na sexta-feira da semana passada, portanto, antes do incidente da última volta do GP da Áustria, Lauda deu uma entrevista para os austríacos. As duas coisas mais importantes são:
- O Lewis mentiu que tenha uma boa relação com o Nico. Depois da corrida de Baku, o Lewis disse que teve uma boa conversa com o Nico à beira da piscina. Essa conversa nunca existiu!
- Após o erro na classificação em Baku, o Lewis pediu para eu não entrar na salinha particular dele nos boxes, porque iria quebrar tudo. Ele estava muito irritado com seu próprio erro. E quebrou toda a sala mesmo.
Buenas, quanto à mentira, Ayrton Senna e Alain Prost viviam mentindo ou escondendo coisas do público no auge de sua desavença na McLaren.
Quanto à reação do Hamilton e da destruição da salinha, desaprovo a bagunça que ele fez no box, claro! Mas acho ótima a sua irritação com o erro cometido na pista. Sempre falei uma coisa em relação a erros profissionais, em qualquer profissão: o cara além de reconhecer o erro, tem de sofrer muito com a falha. Sofrer demais, ao limite dos seus nervos, porque, se não sofrer, cometerá o mesmo erro em uma próxima oportunidade.