Freemont vem equipada com motor mais potente para se aprumar ao lado de sua
companheira de Grupo e para não fazer feio com seu corpo longo e pesado.
Irmã gêmea da Dodge Journey, aproveitando a união da Fiat com a Chrysler, do Grupo FCA, a Freemont é tudo de bom, principalmente em se tratando ser um veículo para a família. Mas não é só isso. Com um peso nada desprezível, de 1,755 mil quilos, o enorme utilitário esportivo faz bonito no desempenho, com 172 cavalos de força, graças ao novo motor 2.4, muito mais afinado com o da mana da Dodge.
Quando desembarcou no Brasil pela primeira vez, via México, como agora, o carro não tinha um propulsor à altura, que o transformava quase em uma "pata choca". Ainda em comparação com a Journey, inexplicavelmente, a Fiat coloca o preço de seu veículo muito próximo ao da companheira de grupo.
Por isso mesmo, na avaliação dos destaques feito por Dias ao Volante no quesito custo-benefício a Freemont não ganha nota máxima. O valor da Journey deveria ser mais alto? Não. O da Freemont deveria ser mais baixo, para posicionar os dois veículos mais corretamente. Nada contra um, nada contra o outro.
Já testada quando o motor era mais fraco, a Freemont agora surpreendeu na sua desenvoltura nas mais exigentes conduções. Mesmo pesada, tem ótimas respostas de velocidade e retomadas. Ao mesmo tempo, é ágil no cada vez mais conturbado trânsito das grandes cidades. Com ótima posição de dirigir, o grande utilitário esportivo da Fiat é uma gostosura de ser dirigido.
Só exige maior atenção nas manobras de estacionamento ou serpenteando por entre o tráfego, pelo grande comprimento. No entanto, a equação é de tranquila solução: basta ter em mente que se está ao volante de uma picape média em se falando de tamanho. Pouco tempo a bordo é suficiente para o motorista se acostumar.
Mais conforto vem com o muito bom câmbio automático de seis velocidades, com trocas praticamente imperceptíveis. Só se nota os engates, e mesmo assim se o condutor aguçar o ouvido, nas marchas de força. Os engates são silenciosos e precisos. Se o carro for exigido com pé mais fundo no acelerador, as marchas descem com precisão e no tempo perfeito. Isso só passa confiança.
A vida a bordo é um conforto só para todos os sete ocupantes, até mesmo pra a turminha lá da terceira fila. Evidentemente, a comodidade vai crescendo nas fileiras normais, chegando ao conforto de uma sala de estar nos bancos da frente, com o adendo da forração de couro, com ótimo acabamento, a exemplo de todo o interior do veículo. O conjunto não seria perfeito não fosse a bem equipada central de multimídia com um atualizado GPS.
FICHA TÉCNICA
Motor: 2.4
Potência:172 cavalos
Combustível:gasolina
Velocidade máxima:190 km/h
Câmbio:automático com modo sequencial de 6 marchas
Consumo: 9,1 km/l (cidade), 15 km/l (estrada)Ocupantes: até sete pessoas
Comprimento:4,88 metros
Altura: 1,70 metro
Largura:1,87 metro
Entre-eixos: 2,89 metros
Porta-malas: 580 litros
Tanque: 78 litros
Tração: dianteira
Direção:hidráulica com assistência elétrica
Suspensão:suspensão tipo McPherson e dianteira com barra estabilizadora, suspensão tipo multibraço e traseira com barra estabilizadora