Ford Corcel, o cavalo veloz e de batalha - Dias ao Volante

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Ford Corcel, o cavalo veloz e de batalha

23 de abril de 2021 - por Daniel Dias e Gabriel Dias, com a Wikipedia
O Dias ao Volante mostra o terceiro capítulo da “Memória das Estradas”, sempre com um clássico entre os brasileiros. Desta vez, é o Ford Corcel. Os dois primeiros foram o Chevrolet Opala e o Fusca.
O Ford Corcel teve, de 1968 a 1986, 1,4 milhão de unidades produzidas entre sedãs, cupês, peruas (Belina) e picape (Pampa). Primeiro carro com tração dianteira no Brasil, com motor 1.4 (depois 1.6), foi também o pioneiro no país com radiador selado.
Quando a Ford adquiriu o controle acionário da Willys Overland do Brasil em 1967, essa última estava desenvolvendo um projeto em parceria com a Renault, o projeto “M”. Esse projeto deu origem ao Renault 12 na França e, com uma carroceria diferente, ao Corcel no Brasil.
Lançado inicialmente como um sedã de quatro portas e a seguir como um cupê, em 1969, o carro foi bem aceito quando de sua estreia em 1968, tornando-se um enorme sucesso entre o público. O espaço interno e o acabamento chamavam a atenção, e as inovações mecânicas eram muitas, bem mais do que as de seu concorrente direto, o Volkswagen 1600 TL.
A fábrica fez algumas alterações na aparência geral do Corcel em 1973, deixando-o um pouco parecido com o Ford Maverick. Os motores passaram a ser o 1.4 usado na linha GT, conhecido como XP. Em 1975, o design era novamente retocado, aumentando a semelhança com o Maverick, sobretudo na traseira. Um novo componente se adicionava a família, o LDO, com acabamento interno luxuoso e teto revestido de vinil.
Até 1977, o modelo foi recebendo retoques no acabamento, conservando entretanto a mesma aparência, até o lançamento da linha 1978, chamada de Corcel II, basicamente com a mesma mecânica, porém, com uma carroceria totalmente remodelada, que em nada lembrava a do modelo anterior. Em 1985, ganhou a frente do Del Rey com alguns retoques estilísticos, além de perder a expressão “II” do nome. Esse modelo existiu até o ano de 1986, quando foi encerrada sua produção.

Corcel GT
Um ano depois do lançamento do compacto Corcel, em 1969, a Ford percebeu a oportunidade de ampliar a família e se aproximar do público que sonhava com mais esportividade. O primeiro Corcel GT era mais aparência do que esportividade (teto revestido em vinil e uma faixa no centro do capô e uma na lateral). O motor era o quatro cilindros 1.3 com carburador Solex de corpo duplo, novos coletores de admissão e escape que elevavam a potência de 68 para 80 cavalos. A aceleração de 0 a 100 km/h era feita em 18 segundos e chegava a 138 km/h.

Corcel Bino
A partir de dezembro de 1968, a Bino Automóveis (posteriormente incorporada à Sandaco, tornando-se Bino-Sandaco), que mantinha além da Equipe Bino de Competição (ex-Ford-Willys), uma divisão de veículos de rua, passando a oferecer um kit de preparação para a linha Corcel que incluía o aumento da cilindrada de 1.300 para 1.500 cm³. O Corcel Bino foi recebendo aperfeiçoamentos, como retrabalho no cabeçote e taxa de compressão, com 90 cavalos na versão mais civilizada.

Corcel II
Embora o grande sucesso tenha sido o primeiro Corcel, no final de 1977, chegava às ruas o novo modelo: o Corcel II. A carroceria era totalmente nova, com linhas mais retas, modernas e bonitas. Os faróis e as lanternas traseiras, seguindo uma tendência da época, eram retangulares e envolventes. A grade tinha desenho aerodinâmico das lâminas, em que a entrada de ar era mais intensa em baixas velocidades. O novo carro parecia maior, mas não era. A traseira tinha uma queda suave, lembrando um “fastback”. Um fato notável no Corcel II era a ventilação dinâmica, de grande vazão, dispensando a ventilação forçada. O Corcel II veio com o mesmo motor do Corcel 1.4.
Já em 1980, a Ford lançou como opcional para o Corcel II o motor de 1.6 com 90 cavalos de potência. O Corcel II passou a chegar a 148 km/h de velocidade final.

Séries especiais
Cinco Estrelas: lançada em 1982 para Corcel II e Belina, vinha com rodas esportivas, pintura em dourado metálico (havia opção por três outras cores), relógio digital e conta-giros. Nova série aparecia em 1984 com tom cinza metálico exclusivo, faixas laterais, as mesmas rodas e um bagageiro para a Belina.
Os Campeões: limitada ao Corcel II, vinha em 1983 na cor preta com faixas douradas, faróis de neblina, as mesmas rodas do Cinco Estrelas, conta-giros, relógio digital e volante de quatro raios.
Astro: também de 1985, trazia para o Corcel e a Belina L faixas laterais, o relógio digital de sempre, calotas e revestimento de bancos como o do Escort XR3, além de bagageiro na perua. Vinha em prata ou dourado.

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