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Giro pelas ruas

16 de agosto de 2018 - por Marcelo Queiroz / Agência AutoMotrix

Produção em série
O Citroën C4 Cactus começou a ser produzido na fábrica da PSA em Porto Real (RJ) no dia 31 de julho, com previsão para chegar às lojas em outubro. A expectativa da própria Citroën é que o SUV se torne o carro mais vendido da marca, superando o C3, que vendeu mais de 3,6 mil exemplares no primeiro semestre de 2018. Para sua produção, a planta fluminense recebeu investimentos de R$ 580 milhões nos últimos dois anos, aplicados em diversas áreas da fábrica, como na pintura e em processos de medição e montagem. O C4 Cactus deverá custar entre R$ 80 mil e R$ 100 mil e será concorrente direto de modelos como o Honda HR-V, o Jeep Renegade e o Hyundai Creta. A versão produzida no Brasil é diferente da que é vendida na Europa, especialmente as suspensões – que foram elevadas em 2 centímetros – e o interior. Isso não significa, porém, que o C4 Cactus nacional será empobrecido, pois a marca promete acabamento caprichado e lista de equipamentos bem recheada, incluindo alertas de mudança involuntária de faixa de rolagem, de colisão frontal com frenagem automática e indicador de cansaço, entre outros. O motor da versão topo de linha será o 1.6 THP de 173 cavalos, já disponível em outros modelos da linha.

Para ganhar o mundo
A Honda apresentou a segunda geração do Brio, que além de ter passado por uma profunda atualização visual, ficou maior para poder ser vendido globalmente. Antes disponível apenas em alguns países asiáticos e na África do Sul, o compacto mudou seu posicionamento comercial, podendo vir a ser opção de entrada da marca japonesa em diversos outros mercados, incluindo o Brasil. Enquanto a frente ficou mais encorpada, lembrando muito a do WR-V, a traseira recebeu traços mais convencionais, que remetem um pouco ao Ford Ka e ao Chevrolet Onix. Contudo, é essa mudança em sua parte posterior que deixou o carro maior e mais espaçoso, consequentemente mais alinhado com as exigências dos consumidores de outros países. O interior, especialmente o painel, é muito semelhante ao do Fit, com diferenciais no acabamento e nos comandos mais simplificados. O sistema de climatização, por exemplo, adota botões convencionais ao invés da tela sensível ao toque do Fit. Sob o capô, as versões asiáticas terão motores 1.2 e 1.3, com potências que variam de 90 cavalos a 100 cavalos. A primeira geração do Brio foi descartada para o Brasil por ser muito pequena, com pouco espaço para os passageiros do banco traseiro e bagagem, entretanto, com o crescimento da segunda geração, essas questões foram sanadas e o modelo teria condições de emplacar por aqui. Resta saber se a Honda pretende entrar nesse segmento no mercado nacional, dominado por produtos "bons de venda" como o Chevrolet Onix, o Ford Ka e o Hyundai HB20.

Na casa do milhão
A Hyundai alcançou a marca de 1 milhão de veículos produzidos na planta de Piracicaba (SP), que foi inaugurada há pouco menos de seis anos, em setembro de 2012. Desse volume, 935 mil unidades (94%) são dos modelos HB20, HB20X e HB20S e 65 mil são do SUV Creta. Quase todos os carros fabricados foram comercializados no Brasil, sendo que apenas 5 mil foram exportados para o Uruguai e Paraguai.  "A marca de 1 milhão de unidades produzidas está sendo alcançada no menor tempo da história da indústria automobilística brasileira, o que comprova a excelente aceitação de nossos produtos e a forte ocupação de nossa capacidade produtiva nesses quase seis anos de operação. A Hyundai foi a única fábrica a permanecer com os três turnos funcionando sem interrupção, mesmo durante a crise econômica", comemora Eduardo Jin, presidente da Hyundai Motor Brasil. A perspectiva da Hyundai é de que a fábrica de Piracicaba feche 2018 com 190 mil veículos produzidos.
Para celebrar a marca, foi lançada a Edição Comemorativa 1 Million do HB20, HB20S e do Creta, com produção limitada a 4,2 mil unidades. A vendas começam em meados de agosto, e os preços são de R$ 63.390 para o HB20, R$ 67.390 para o HB20S e R$ 93.990 para o Creta. A série especial, que é oferecida apenas nas cores branco e prata, tem como diferenciais um logotipo identificador aplicado na carroceria e soleira das portas, rodas diamantadas e a incorporação de alguns opcionais como equipamentos de série.

Tendências indianas

O Renault Kwid recebeu sua primeira atualização na Índia, onde é vendido desde 2015. As mudanças visuais são pra lá de pontuais, e se restringem à grade dianteira, às molduras das rodas dianteiras – que agora têm um ressalto em sua parte superior – e nas novas calotas. A lista de equipamentos cresceu e inclui cintos de segurança com pré-tensionador de série em todas as versões e, nas mais caras, Traffic Assist, câmera de ré, tomada de 12V e apoio de braço central para os ocupantes do banco traseiro. Sob o capô, nada muda. No Brasil, onde chegou em 2017, eventuais mudanças não acontecem antes de 2019. Ainda sobre o Kwid, rumores apontam que a Renault estaria desenvolvendo um SUV compacto baseado no modelo, oferecendo maior espaço e feições aventureiras mais convincentes. O Kwid SUV seria menor que o Sandero Satepway e ocuparia a posição de entrada do portfólio de crossovers da marca francesa.

Parruda
A Volkswagen pretende produzir uma picape maior que a Amarok, baseada no conceito Atlas Tanoak, exposto no último Salão de Nova York. O principal mercado para essa nova caminhonete seria o norte-americano, maior consumidor desse tipo de veículo, contudo, a marca tem dúvidas sobre a aceitação do novo modelo por parte dos compradores locais. O segmento das picapes de grande porte tem forte apelo cultural nos EUA, onde é considerado um veículo tipicamente nacional. Ford e General Motors travam uma disputa quase secular nesse mercado, e poucos fabricantes se dispuseram a entrar nessa briga. Caso decida encarar o desafio, a Volkswagen buscaria um consumidor mais urbano, para o qual a picape representa um estilo de vida e não um veículo de trabalho pesado. Com estrutura monobloco, utilizando a plataforma MQB, a Atlas Tanoak atenderia bem a esse tipo de cliente. Um dos motores da versão de produção poderia ser o mesmo do conceito, um 3.6 V6 a gasolina de 280 cavalos de potência e 37,4 kgfm de torque, acoplado a um câmbio automático de 8 marchas e tração nas quatro rodas.

Queimando óleo
A Volvo iniciou a pré-venda do XC60 com motor a diesel, que será oferecido nas versões Momentum e Inscription. O novo propulsor, que gera 235 cavalos de potência e 48,9 kgfm de torque, vem acoplado a uma transmissão automática de 8 marchas e tração integral. O Volvo XC60 D5 Momentum tem preço sugerido de R$ 275.950 e conta com ar-condicionado automático de duas zonas, central multimídia com tela de 9 polegadas compatível com Apple CarPlay e Android Auto, navegador GPS, controle de cruzeiro adaptativo, bancos elétricos com memória para o motorista, teto solar panorâmico, painel de instrumentos com tela de 8 polegadas, sistema de som com 10 alto-falantes, controle de tração e estabilidade, frenagem automática de emergência, leitor de placas, alerta de mudança involuntária de faixa e alerta de colisão traseira. O Volvo XC60 D5 Inscription é comercializado por R$ 289.950 e acrescenta sensor de ponto cego e de invasão de pista contrária.

Aposta de risco

A Toyota anunciou que planeja ampliar suas pesquisas para desenvolvimento de novos veículos movidos a célula de combustível, com geração de energia elétrica a partir do hidrogênio. A marca pretende não apenas reduzir os custos da tecnologia, como também aplicá-la em utilitários, picapes e até em ônibus. Segundo Yoshikazu Tanaka, engenheiro-chefe do Mirai – sedã da marca movido a célula de hidrogênio vendido no Japão –, esse objetivo será atingido nos próximos anos graças ao avanço da tecnologia e à produção em massa. Nos veículos movidos a célula de combustível, os motores são elétricos, alimentados pela eletricidade produzida pelas células a partir do hidrogênio ou gás metano. Apesar do otimismo da fabricante japonesa, a aplicação do hidrogênio como combustível é polêmica. Embora abundante, o hidrogênio precisa ser extraído de substâncias que contenham o elemento em sua composição, como a água. Esse processo é complexo e consome muita energia elétrica, o que é caro e muitas vezes poluente.

Nome próprio
Com a decisão de focar em SUVs, crossovers e picapes no mercado norte-americano, a Ford lançará muitas novidades nesses segmentos até meados da próxima década. Uma delas é uma picape média com estrutura monobloco, montada sobre a plataforma do Focus, equipada com motor 1.5 turbo com potência de 150 a 180 cavalos. A receita é a mesma adotada pela Fiat com a Toro e a Renault com a Duster Oroch, ficando posicionada abaixo da Ranger no portfolio da marca. Para batizar essa nova picape, estaria sendo cogitado um nome bem conhecido do brasileiros: Courier.

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