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Os 45 anos do Maverick

09 de julho de 2018 - por Daniel Dias e Gabriel Dias
Verdadeira lenda urbana no Brasil, o esportivo da Ford foi produzido no país por apenas seis anos, tempo suficiente para conquistar muitos fãs, que cultuam o carro até hoje.
Um dos sonhos de consumo dos jovens nos anos 70, o Maverick completou 45 anos de lançamento no Brasil. O cupê esportivo, de origem da Ford norte-americana, teve uma vida curta no mercado nacional, sendo produzido durante apenas seis anos, tempo suficiente para conquistar muitos fãs que até hoje admiram seu carisma e estilo arrojado.
Inspirado no Mustang, o Maverick foi lançado em 69 nos EUA para concorrer com os carros europeus e japoneses. Tinha tamanho e preço menor comparado a outros modelos da marca e foi um sucesso imediato, com 579 mil unidades no primeiro ano de lançamento.
Naquela época, a Ford buscava um veículo para completar sua linha no Brasil, para ocupar o espaço existente entre o Corcel, de entrada, e o top de linha Galaxie. O escolhido foi o Maverick. O esportivo com motor dianteiro e tração traseira foi apresentado ao público brasileiro no Salão de São Paulo de 72 e chegou ao mercado no ano seguinte, produzido na fábrica de São Bernardo do Campo (SP).
O Maverick era oferecido inicialmente na configuração cupê, de duas portas, nas versões Super, Super Luxo e GT, com duas opções de motor, 3.0 de seis cilindros em linha de 112 cavalos e 5.0 V8 de 197 cavalos, ambos associados ao câmbio manual de quatro marchas com alavanca no assoalho ou ao automático de três velocidades com comando na coluna de direção. A versão GT, com motor V8 e câmbio manual, tinha produção limitada e contribuiu para marcar a esportividade da linha. No mesmo ano, o carro ganhou mais uma opção, com o lançamento do sedã de quatro portas.
A imagem do Maverick foi reforçada pela participação no Raid da Integração Nacional, uma grande aventura que rodou 17 mil quilômetros de Chuí (RS) a Brasília (DF). Durante 24 dias, o veículo percorreu todas as capitais da época, passando por centenas de cidades do Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
A crise do petróleo mudou radicalmente o perfil do mercado, que passou a priorizar a economia de combustível, deixando em segundo plano a potência dos veículos. Assim, em 75, o motor de seis cilindros foi substituído por um mais moderno e econômico, o 2.3 de quatro cilindros com comando de válvulas no cabeçote e 99 cavalos. Pouco depois, o modelo GT também passou a oferecer o mesmo motor 2.3 de série, tendo o V8 como opcional.
O Maverick fez muito sucesso nas pistas, aproveitando seu porte e design aerodinâmico com preparações especiais, ampliando a potência do V8. Grandes pilotos, como José Carlos Pace, comandaram o modelo em diferentes categorias, como o Campeonato Brasileiro de Turismo e provas de arrancada. O ex-piloto da Fórmula-1, morto em um acidente aéreo no interior de São Paulo em 77, venceu inclusive uma edição das 12 Horas de Tarumã, em Viamão (RS), no começo dos anos 70.
Até sair de linha, em 79, o Maverick somou 108,10 mil unidades vendidas no Brasil e continua a ser cultuado por fã-clubes e colecionadores, principalmente na versão V8, uma lenda entre os admiradores de carros antigos.

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