De tão silencioso, o câmbio automático do Renault Fluence não passa
emoção para o aficionado pelo som do motor nas trocas de marchas.
O sedã médio Fluence é vendido no Brasil desde 2010. Atualmente, é oferecido em cinco versões – Expression, Dynamique, Privilege e GT Line e GT Turbo. A produção permanece sendo na fábrica de Santa Isabel, na Argentina.
O Fluence ainda está atrás nas vendas em comparação a seus principais concorrentes – Chevrolet Cruze, Ford Focus, Honda Civic eToyota Corolla, mas já se pode notar o crescimento do número de veículos nas ruas.
Dias ao Volante.Carros testou a versão Privilege equipada com o motor 2.0 16V com 140 cavalos de potência (gasolina) e 143 cavalos (etanol). O câmbio é o CVT X-Tronic – muito conhecido pelos consumidores da Nissan –, ficando como opção as trocas sequenciais por meio de movimentos na palanca.
Para os apreciadores do som do motor nas trocas de marchas, o carro da Renault tem um “defeito”, pois não se percebe as passagens. Até parece se tratar de um veículo elétrico. Mas é um detalhe. O câmbio é muito bom e ajuda a aceleração de 0 a 100 km/h ser feita em 9,6 segundos no sequencial e em 9,9 segundos no automático. A velocidade máxima, segundo a montadora, é de 195 km/h.
Nos testes, o Fluence apresentou ótima estabilidade e equilíbrio em curvas e piso ondulado. O consumo foi analisado apenas com gasolina – 7,6 km/l na cidade e 9,8 km/l na estrada.
O design na dianteira tem vinco no capo que se junta ao para-choque. O desenho dos faróis completa a elegância e beleza do modelo. Na traseira, as grandes lanternas e o porta-malas mais alto passam sensação de um carro mais robusto. O Fluence tem uma das mais belas retaguardas entre os sedãs. A versão completa-se com o teto solar, transmitindo mais luxo. No entanto, apresenta um incômodo: na autoestrada em velocidade de cruzeiro, aparece uma turbulência por que o sistema não tem uma espécie de tela na parte de trás.
O acabamento do interior é muito atraente, com bancos em couro muito confortáveis. O motorista tem ótima posição de dirigir. A ativação do limitador de velocidade fica em um botão localizado no console central. Os comandos do som e atendimento do celular no Bluetooth ficam atrás da direção. No painel principal, tem o GPS de sete polegadas, ajustado apenas por controle remoto. O dispositivo poderia ser escamoteável para melhorar o design do painel quando o sistema não está ligado.
Outra comodidade para o condutor é poder deixar o cartão/chave no bolso ou, até mesmo, na carteira. Quando o motorista se aproxima ou se afasta do veículo, as portas se abrem ou se fecham. Para o acionamento do motor, basta o cartão estar dentro do carro. O condutor pisa no pedal do freio e aperta o botão start/stop.
A versão top de linha parte de R$ 81,99 mil.
FICHA TÉCNICA
Motor: dianteiro, 2.0, 16 válvulas
Potência: 140 cavalos (gasolina) e 143 cavalos (etanol)
Transmissão: CVT X-Tronic automática com modo manual de 6 marchas
Tração: dianteira
Direção: elétrica
Suspensão: tipo McPherson, na dianteira com barra estabilizadora e rodas independentes. Traseira com rodas semi-independente e eixo de torção. Molas helicoidal
Freios: quatro discos com dois ventilados, com ABS (Anti-block Braking System), distribuição eletrônica de frenagem EBD (Eletronic Brake Force Distribuition)
Rodas: aro de liga 17, com 7,5 polegadas de largura