A linha 2015 do Fluence comprova que a Renault está no caminho certo. O sedã médio
(para grande) francês evoluiu no desenho, passando mais arrojo e esportividade.
O sedã médio Fluence é vendido no Brasil desde 2010. Atualmente, é oferecido em duas versões –Dynamique e Privilege. A produção continua sendo feita em Santa Isabel, na Argentina.
O Fluence está atrás nas vendas em comparação a seus principais concorrentes – Chevrolet Cruze, Ford Focus, Honda Civic e Toyota Corolla – porém, o sedã francês não fica atrás em relação a carro.
Dias ao Volante.Carros testou a versão Privilege equipada com motor 2.0 16 válvulas de 140 cavalos a gasolina e 143 cavalos a etanol. A transmissão é o CVT X-Tronic – muito conhecido pelos consumidores da Nissan –, ficando como opção as trocas sequenciais de seis marchas na própria alavanca de câmbio.
Um dos motivos para o modelo estar longe dos demais adversários,em termos de vendas, é justamente pelo câmbio, no qual não se percebe as passagens de marchas, ficando uma aceleração contínua, parecendo com a de um propulsor elétrico. Para os apreciadores do bom som do motor que faz principalmente nas reduzidas, isso não ocorre. Pura bobagem! O câmbio é muito bom e ajuda os 143 cavalos desenvolverem de 0 a 100 km/h em 9 segundos na opção automática. A velocidade máxima, segundo a montadora, é de 200 km/h.
Nos testes, o Fluence apresentou uma ótima estabilidade e equilíbrio em curvas e em piso ondulado, tudo devido aos controles de estabilidade (ESP) e de tração (ASR), que trabalham com a suspensão bem calibrada. O consumo foi analisado apenas no etanol, com 8,1 km/l na cidade e 9,8 km/l na estrada. O desempenho e o consumo melhoram em comparação à linha 2014.
O novo Fluence comprova o acerto de seus designers. A dianteira tem um redesenhado para-choque. Grade e faroletes ganharam molduras cromadas, passando mais esportividade e arrojo nessa nova cara do sedã. Na traseira, poucas mudanças. O destaque está no novo desenho das grandes lanternas, deixando a parte de trás do sedã mais elegante e mantendo a robustez. A versão completa-se com o teto solar, transmitindo mais o luxo.
O acabamento interior é muito atraente, com bancos em couro confortáveis e nova textura. O motorista fica com uma ótima posição para a condução. Os comandos do som e atendimento do celular ligado no sistema Bluetooth estão atrás da direção. No painel principal, tem o GPS de sete polegadas – a dica para o dispositivo permanece, poderia ser escamoteável, até mesmo pelo próprio design do painel que permite esse recurso. A câmera de ré traz mais tranquilidade e precisão com as informações passadas em linhas que mostram para onde o veículo está se movendo. O sistema de navegação é TomTom, com serviços HD Traffic – fornece as melhores rotas do trânsito ao vivo e calcula o tempo de deslocamento para facilitar a viagem. O porta-malas tem capacidade para 530 litros.
Outra comodidade para o condutor é poder deixar o cartão/chave no bolso ou, até mesmo, na carteira. Ao se aproximar ou se afastar do veículo, as portas se abrem ou fecham. Para o acionamento do motor, basta a chave estar dentro do veículo, pisar no freio e apertar o botão star/stop abaixo do rádio.
O preço inicial para adquirir o novo Fluence é de R$ 65,99 mil. A versão avaliada parte de R$ 80,99 mil.
FICHA TÉCNICA
Motor: dianteiro, 2.0, 16 válvulas
Potência: 140 cavalos (gasolina) e 143 cavalos (etanol)
Transmissão: CVT X-Tronic automática com modo sequencial de 6 marchas
Tração: dianteira
Direção: elétrica com assistência variável
Suspensão: tipo McPherson, na dianteira com braço inferior triangular, barra estabilizadora e rodas independentes; traseira com eixo soldado em “H” de deformação programada, barra estabilizadora. Amortecedores hidráulicos telescópicos e molas helicoidal
Freios: quatro discos com dois ventilados na dianteira. Sistema ABS (Anti-block Braking System) com auxílio de frenagem de urgência – AFU – e distribuição eletrônica de frenagem EBD (Eletronic Brake Force Distribuition)
Rodas: aro de liga 17, com 7,5 polegadas de largura