Com o propulsor 1.6, o novo Sandero alcança a potência de 106 cavalos
abastecido de etanol e suporta bem o peso do carro, com boas retomadas.
O Sandero é vendido no Brasil desde 2008. O atual modelo de entrada da Renault é oferecido em quatro versões – Authentique, Expression, Dynamique e Stepway. Produzido na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, o modelo é baseado na plataforma B90, a mesma do novo Logan.
O hatch caiu nas graças dos brasileiros e, desde 2012, vem figurando entre os 10 mais vendidos do ranking. O mais popular veículo da marca no país já comercializou mais de 500 mil unidades – foram 95.373 só em 2014, garantindo o décimo lugar no ano. Os principais concorrentes são o Chevrolet Onix, o Hyundai HB20 e o Volkswagen Fox.
Dias ao Volante.Carros testou a versão Dynamique equipada com o motor 1.6 16V com 98 cavalos de potência (gasolina) e 106 cavalos (etanol), associado ao câmbio mecânico de cinco marchas. O conjunto permite a aceleração de 0 a 100 km/h em 11,7 segundos e a velocidade máxima de 179 km/h – segundo informação da montadora. O consumo foi analisado apenas com gasolina, sendo 8,2 km/l na cidade e 10,9 km/l na estrada – no painel de instrumentos, ainda tem o aviso de troca de marchas para auxiliar o melhor consumo.
O Sandero apresentou boa estabilidade e equilíbrio nas curvas. Em relação ao desempenho, a versão 1.6 é muito eficiente para os 1.055 quilos, deixando o veículo com bom desempenho em retomadas e aclives. O motor do modelo da Renault 1.0 apanha com esse peso, o que é natural.
A fabricante francesa vem a cada reestilização modernizando o design. A dianteira é inspirada no Logan, trazendo a impressão de mais invocada, além de faróis de dupla parábola. A grade ostenta a nova identidade da marca com o grande logotipo diamante e dois filetes cromados. A traseira da segunda geração recebeu as lanternas redesenhadas, a tampa traseira ganhou um ressalto na parte central e o para-choque, refletores.
Ainda referente ao design, notamos a alteração no desenho das portas, principalmente, nas traseiras. Essa mudança traz riscos aos passageiros, pois fica uma ponta na altura do rosto – conforme fotos na galeria. Em outro teste, da versão Expression, um dos ocupantes do banco traseiro ao sair do veículo acabou se ferindo nessa saliência. A partir disso, passamos a observar os demais modelos e a geração anterior do Sandero, e a parte superior da porta não tinha esse acabamento.
O acabamento do interior ficou com um visual mais elegante e comandos reposicionados. A central multimídia de sete polegadas e entradas de ar, agora retangulares, completam o quadro central com moldura cromada. O painel de instrumentos recebeu iluminação branca e o computador de bordo foi relocado à direita do conta-giros e do velocímetro – antes, separava os dois e tinha iluminação laranja.
O espaço interno continua sendo uma das principais armas do modelo contra os rivais. O motorista tem ótima posição de dirigir e conforto no banco – com opção de regulagem de altura para o assento e o volante. Os comandos do som e atendimento do celular no Bluetooth ficam atrás da direção.
A versão parte de R$ 43,82 mil.
FICHA TÉCNICA
Motor: dianteiro, 1.6, 16 válvulas
Potência: 98 cavalos (gasolina) e 106 cavalos (etanol)
Transmissão: mecânico de cinco marchas
Tração: dianteira
Direção: Hidráulica
Suspensão: tipo McPherson, na dianteira com barra estabilizadora e rodas independentes. Traseira com rodas semi-independente e eixo de torção. Molas helicoidal
Freios: dois freios a discos, com ABS (Anti-block Braking System), distribuição eletrônica de frenagem EBD (Eletronic Brake Force Distribuition)