A Renault vem acertando a mão nos design de seus modelos. A segunda
geração do Sandero está confirmando a boa fase da fabricante francesa.
O Sandero é vendido no Brasil desde 2008. O atual modelo de entrada da Renault é oferecido em quatro versões – Authentique, Expression, Dynamique, Stepway. Produzido na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, o carro é baseado na plataforma B90, a mesma do novo Logan.
O hatch caiu nas graças dos brasileiros e, desde 2012, vem figurando entre os 10 mais vendidos do ranking e o principal da Renault. O mais popular veículo da marca no país já comercializou mais de 500 mil unidades. Os principais concorrentes são o Chevrolet Onix, o Hyundai HB20 e o Volkswagen Fox.
Dias ao Volante.Carros testou a versão Expression equipada com motor 1.0 16V com 77 cavalos de potência (gasolina) e 80 cavalos (etanol), associado ao câmbio mecânico de cinco marchas. O conjunto permite a aceleração de 0 a 100 km/h em 14 segundos e atinge 161 km/h de velocidade máxima – segundo informação da montadora. O consumo foi analisado apenas com gasolina, entre cidade e estrada, a média ficou em 11,59 km/l – no painel de instrumentos, ainda tem o aviso de troca de marchas para auxiliar o melhor consumo.
O Sandero apresentou boa estabilidade e equilíbrio nas curvas. Em relação ao desempenho, a versão 1.0 é pouca para os 1.013 quilos, deixando o veículo lento em retomadas e aclives. Mas também não fica atrás dos rivais com a mesma configuração de motorização.
A fabricante francesa vem a cada reestilização modernizando mais o design e transmitindo carisma de seus modelos. A dianteira é inspirada no Logan, trazendo a impressão de mais invocada, além de faróis de dupla parábola. A grade ostenta a nova identidade da marca, com o grande logotipo e dois filetes cromados. A traseira da segunda geração recebeu lanternas redesenhadas, a tampa traseira ganhou um ressalto na parte central e o para-choque conta com refletores.
Ainda referente ao design, notamos a alteração no desenho das portas, principalmente, nas traseiras. Essa mudança trouxe riscos aos passageiros, pois resultou em uma ponta aguda na direção da altura do rosto, pois é curvada para dento – conforme fotos da nossa galeria. Nos testes, um dos ocupantes do banco traseiro ao sair do veículo acabou sofrendo um corte no rosto quando essa ponta da porta causou o ferimento. A partir disso, passamos a observar outros modelos. E a geração anterior do Sandero, por exemplo, não tem a porta com esse formato.
O acabamento do interior tem visual mais elegante, com comandos reposicionados e central multimídia de sete polegadas. As entradas de ar, agora retangulares, completam o quadro central com moldura cromada. O painel de instrumentos recebeu iluminação branca.
O espaço interno continua sendo uma das principais armas do modelo contra os rivais. O motorista tem ótima posição de dirigir e conforto no banco – com opção de regulagem de altura para o assento e o volante. Os comandos do som e o atendimento do celular via Bluetooth ficam atrás da direção.
A versão parte de R$ 35,93 mil.
FICHA TÉCNICA
Motor: dianteiro, 1.0, 16 válvulas
Potência: 77 cavalos (gasolina) e 80 cavalos (etanol)
Transmissão: mecânico de cinco marchas
Tração: dianteira
Direção: Hidráulica
Suspensão: tipo McPherson, na dianteira com barra estabilizadora e rodas independentes. Traseira com rodas semi-independente e eixo de torção. Molas helicoidal
Freios: dois freios a discos, com ABS (Anti-block Braking System), distribuição eletrônica de frenagem EBD (Eletronic Brake Force Distribuition)