
Com dois vice-campeonatos seguidos, Nico Rosberg está longe de ser merecedor de entrar para uma galeria muito importante da Fórmula-1: a de grandes pilotos que nunca conquistaram o título na principal categoria do automobilismo. E entre os dois maiores representantes dessa casta, um eu sei pelos livros de história, o inglês Stirling Moss, contemporâneo do argentino pentacampeão Juan Manuel Fangio. O próprio Fangio disse uma vez: "O Stirling é melhor do que eu". Só o reconhecimento do lendário pentacampeão já basta para dimensionarmos o que foi Moss como piloto.
O outro grande nome da galeria dos "virgens" eu vi correr, o sueco Ronnie Peterson, excelente piloto dos anos 60 e 70, principalmente. Os dois estão na foto aí de cima, com Moss entrevistando Peterson para a BBC.
Ronnie morreu em um terrível acidente na largada do GP da Itália no circuito de Monza, em 1978, quando tentava impedir o título de seu companheiro de Lotus, o ítalo-americano Mario Andretti. A Lotus bateu na largada e explodiu, algo bem comum naqueles tempos. Peterson morreu no dia seguinte no hospital, vítima de múltiplas fraturas e por ter inalado muita fumaça no acidente. Tinha 34 anos.
Outros nomes importantes da galeria dos Sem Títulos são:
- O canadense Gilles Villeneuve, morto em um acidente no circuito de Zolder, na Bélgica, em 1982. Na Ferrari, como sempre, Gilles seria campeão naquele ano. Tinha 32 anos.
- O francês François Cevert, morto nos treinos de preparação para o GP dos EUA de 1973. Por ser muito amigo do francês, seu companheiro de Tyrrell, o escocês Jackie Stewart, tricampeão, apressou sua aposentadoria. Cevert é considerado o melhor segundo piloto que a F-1 já teve. Seria naturalmente o sucessor de Stewart. Cevert tinha 29 anos.
- O belga Jacques Ickx, hoje com 70 anos, chamado o Rei de Nürburgring, o antigo Nordschleife.
- O italiano Michele Alboreto, morto em 2001 quando testava o Audi R8 para as 24 Horas de Le Mans. Tinha 44 anos.
