E agora, Fernando Alonso? - Blog da Fórmula-1 de Daniel Dias - Dias ao Volante

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E agora, Fernando Alonso?

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Publicado por em F-1 ·

Desde sua primeira conquista na Fórmula-1, pela Renault, em 2005, Fernando Alonso é apontado em qualquer roda de paddock ou de amantes dos altinhos numa mesa de bar como o melhor piloto da atualidade. De 2005 a 2014, frases comuns se tornaram rotina no circo:
“Alonso foi bicampeão em cima de Michael Schumacher”. Meia verdade: o espanhol teve como principal rival Kimi Raikkonen em 2005. Schumacher duelou com Alonso em 2006.
“Apesar de ter levado pau na McLaren (em 2007) do novato Lewis Hamilton, Alonso ainda é o melhor piloto, acima de Raikkonen (o campeão daquele ano), Hamilton e Massa”. Verdade absoluta: o pau que ele levou de Hamilton não se deveu apenas ao talento do jovem inglês. Hamilton também foi superprotegido pelo seu tutor Ron Dennis, o chefe da McLaren.
“Hamilton venceu o Mundial (em 2008) em guerra contra Massa, mas Alonso não teve carro na Renault para brigar. Ele ainda é o melhor” Verdade irretocável.
“Nas mudanças de regras da F-1, o Button foi campeão em uma equipe (a Brawn) que soube entender as mudanças mais rapidamente. Alonso é o melhor piloto, acima dos demais e do jovem Vettel, que começa a reinar na Red Bull”. Verdade.
Depois, Vettel enfileirou quatro títulos seguidos na Red Bull, mas as pessoas sempre apontavam que Alonso era o único piloto que conseguia “correr mais do que o próprio carro”. Alonso foi duas vezes vice para Vettel na Ferrari , e todo mundo afirmava: “Alonso é superior ao tetracampeão, que se auxilia mais da excelência do carro da Red Bull projetado pelo mago Adrian Newey”. Apesar de reconhecer as qualidades de Alonso, não concordo com essa afirmação. Vettel é um piloto extraordinário, capaz de rivalizar com o espanhol mesmo os dois tendo o mesmo equipamento. Além disso, Vettel sempre foi muito superior ao companheiro Mark Webber.
Após, com as novas regras e os motores híbridos, Hamilton passou a ser o protagonista da F-1 com a imbatível Mercedes. Queimado na Ferrari, Alonso se viu sem rumo para a temporada deste ano e foi obrigado a aceitar a McLaren e o desafio da volta da Honda como fornecedora de motores. Mais uma vez, todos foram unanimes: “Alonso fará a diferença quando os motores da Honda se tornarem competitivos”.
Será? Não vejo mais tanta chama assim em Fernando Alonso, e isso nada tem a ver com o péssimo ano da McLaren. Aos 34 anos (mesma idade de Ayrton Senna em 1994), Alonso se tornou uma incógnita. Perguntei ao meu filho e sócio aqui no site Dias ao Volante, o Gabriel Dias, curto e grosso: “Se colocassem hoje o Alonso ao volante de uma Mercedes, ele seria capaz de fazer melhor que o Nico Rosberg?”
E o Gabriel, fã incondicional do Alonso, respondeu também curto e grosso: “não”. Na verdade, fiz a pergunta provocativa porque eu também já pensava assim. Infelizmente, o tempo de Alonso passou.



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