
Quando Ayrton Senna superou a marca de cinco vitórias de Graham Hill em Mônaco, ninguém ousou tirar o título de Mister Mônaco do inglês bicampeão. Tratou-se então de se procurar uma alcunha para o piloto brasileiro recordista no Principado. Aí veio o título de Rei de Mônaco.
Senna tinha um jeito particular de pilotar em Monte Carlo. Se sentia à vontade, parecia até que dirigia com o "braço escorado pra fora". Foram seis conquistas (1987, 89, 90, 91, 92 e 93), mas deveria ter sido oito. Em 1984, com a Toleman, foi o vencedor de fato da prova, parada quando ele ultrapassaria o cagão Alain Prost debaixo de chuva. Em 1988, bateu sozinho na entrada do Túnel quando tinha uma vantagem de quase um minuto sobre seu companheiro de McLaren, sim, Alain Prost.
O Brasil tem esse "título" em Mônaco. Mas o curioso é que, de todos os nossos pilotos com capacidade de lutar pela vitória no Principado (Emerson Fittipaldi, José Carlos Pace, Nelson Piquet, Rubens Barrichello e Felipe Massa), só temos vitória mesmo em Monte Carlo com Ele. E continuará assim, né, Massa?
