

Ao largo dos problemas de Lewis Hamilton – os que ele próprio arruma pra se coçar e os promovidos pela equipe Mercedes -, o GP do Japão deste ano comprovou o que já estamos "Adrian Newey" de saber. O velho circuito construído em 1962 para ser uma pista de testes da Honda nada mais é do que isso mesmo: uma pista de testes.
Assim como Montmeló, na Espanha, Suzuka não é uma pista de competição, simplesmente porque não beneficia o mais importante do automobilismo, as ultrapassagens, além de ter, Suzuka, uma largura ridícula, com exceção apenas da reta dos boxes. No famoso Carrossel do circuito japonês, passa apenas um carro de cada vez.
Mas eu ia falar de flores, não? E por falar de flor, o alemão Nico Rosberg foi cirurgicamente perfeito nos momentos decisivos do GP do Japão. No sábado, completou uma volta perfeita para garantir a pole position. Na corrida, o agora virtual campeão de 2016 foi milimetricamente soberbo, não cometendo um único erro sequer.
Mesmo se Hamilton tivesse largado bem, não teria batido o companheiro de equipe neste domingo. Por que? Volto aí pra cima: é impossível de se ultrapassar um carro em igualdade de condições em Suzuka, somado à excelência de pilotagem de Nico neste domingo.
Voltamos agora os olhares para as Américas. A próxima etapa, nos EUA, é daqui a duas semanas, com a corrida no México na semana seguinte. Mais duas semanas depois do Hermanos Rodriguez teremos muito provavelmente a última edição do GP do Brasil. E tudo se encerra nas luzes de Abu Dhabi. A F-1 já vive um clima de fim de festa com o título do Nico encaminhado.
Pronto! Falei de flores. Mesmo que sejam as flores de enterro do tetra do Lewis, de Suzuka e de Interlagos.
