
A lenda atravessou os anos 70 e 80 e ainda protagoniza na Fórmula-1 de agora. O austríaco Niki Lauda, um dos tricampeões da principal categoria do automobilismo, é um dos dirigentes da bicampeã Mercedes. Quem conhece a cabeça dessa lenda sabe que ele não brinca e é extremamente ético e limpo nas pistas. O filme Rush já mostrou isso, nos anos de rivalidade com James Hunt.
Lauda era uma máquina de vencer na pista, mas elevava sempre a lisura ao máximo na competição. E vem do tricampeão o panorama mais aproximado do que será a próxima temporada:
- A Ferrari já chegou ao nosso nível em matéria de motor. Não temos mais nada de onde tirar em termos de desempenho dentro do regulamento.
Não esperava outra coisa vinda do Lauda.
As equipes e os projetistas sempre vão ao limite do regulamento técnico. A história da F-1 registra, desde sempre, algumas que ultrapassaram esse limite. O caso mais notório é a Benetton B194, considerado o carro mais fora do regulamento da história da F-1. Ali nascia a parceria Michael Schumacher com o engenheiro Ross Brawn.
O piloto italiano Jarno Trulli afirmava que as Ferrari de alguns títulos de Schumacher, reeditando novamente a parceria com Brawn, corriam fora do regulamento. Trulli nunca conseguiu provar suas desconfianças, mas acabou ficando maldito em Maranello e nunca teve uma chance na equipe vermelha, embora sendo o melhor piloto italiano da época.
A mais recente desconfiança viria de novo envolvendo Brawn e sua equipe vitoriosa em 2009 com Jenson Button. De fato, o carro utilizava um difusor traseiro fora das especificações técnicas da FIA, que fez vistas grossas. A equipe dominou a primeira parte da temporada e garantiu o título. Quando os outros times adotaram a peça usada pela Brawn, o campeonato já estava praticamente definido.
Com Lauda, e tomara que o austríaco continue na Mercedes no próximo ano, a disputa justa estará garantida. Pelo menos pelo lado da Mercedes.
