

Dizem que é fácil de se encontrar um grupo de brasileiros em um aeroporto mundo afora. Basta ver quem está gritando!
E não é bem verdade?
Na semana de duas das três provas da Tríplice Coroa (500 Milhas de Indianápolis, GP de Mônaco, essas duas, e 24 Horas de Le Mans), dois de nosso grande pilotos não gritaram – porque isso seria normal para as ocasiões – mas feriram profundamente o protocolo e as mínimas exigências da boa educação.
O primeiro na ordem cronológica foi o Ayrton Senna, o Rei de Mônaco, com seis conquistas no Principado. O Mister Mônaco é o inglês Graham Hill (com cinco), mas isto é outra história. Por ocasião de sua primeira vitória em Monte Carlo, com a Lotus, em 1987, Senna deu um banho de champanha na Família Grimaldi, os donos do pedaço, incluindo o Príncipe Rainier (à esquerda da foto aí de cima, atrás do Ayrton).
Na verdade, não chegou a ser um banho, mas umas borrifadas nos Grimaldi e no Papagaio de Pirata da foto, o insuportável Jean-Marie Balestre, de óculos escuro na imagem. De qualquer jeito, foi uma afronta do então futuro tricampeão. Depois dessa, os vencedores de Mônaco são chamados à pista para o banho de champanha.
Cá entre nós: eu sempre achava que o Príncipe sempre ficava dando a maior sopa no pódio, pedindo pra levar um banho de champanha! Anyway...
O segundo na ordem cronológica foi o nosso Rato, em 1993, na sua segunda vitória em Indianapolis. Produtor e exportador de laranja para os EUA, Emerson Fittipaldi recusou a garrafa de leite no pódio (é tradição em Indianápolis o vencedor beber leite, um dos principais produtos da região) e tomou suco de laranja, que ele levou dos boxes. A recusa de Emerson pegou mal, porque quando alcançaram a garrafa de leite, o Rato empurrou o braço – mal educadamente – do sujeito que estava fazendo aquilo.
