A eterna guerra de Mercedes x Ferrari - Blog da Fórmula-1 de Daniel Dias - Dias ao Volante

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A eterna guerra de Mercedes x Ferrari

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Publicado por em F-1 ·

Neste momento em que se fala tanto que a Fórmula-1 está em declínio, falta memória, ou história, para as pessoas, digamos, simpatizantes por esta ideia simplista de decadência da principal categoria do automobilismo. É muito fácil apontar a Mercedes e seu amplo domínio nas últimas duas temporadas como a grande culpada. A F-1 sempre viveu ciclos de domínio de uma equipe, intercalados por grandes disputas entre duas ou mais escuderias pelo título.
Ou é melhor esquecer que a Williams era um carro de outro planeta em 1986 e 1987 e em 1992 e 1993, que a McLaren corria sozinha em 1988 e 1989 e em 1998 e 1999, que a Ferrari era uma F-1 à parte de 2000 a 2004 nas mãos de Michael Schumacher e que a Red Bull não fazia parte do resto da turma de 2011 a 2013?
Antes que um novo regulamento dos carros venha, em 2017, colocando de novo a bola no meio de campo, devem essas pessoas apressadas que proclamam o declínio da F-1 torcerem pela virada da Ferrari no próximo ano. Para Maurizio Arrivabene, o atual todo poderoso da Ferrari, sua equipe não só chegará na Mercedes em 2016 como passará as Flechas de Prata. Todos torcemos, na verdade, para que a Ferrari apenas chegue ao mesmo nível da Mercedes e que Sebastian Vettel possa brigar de igual para igual contra o Lewis Hamilton.
Esta história entre italianos e alemães teve início muito antes do advento do Mundial de Fórmula-1, em 1950. Buscando sempre seu sonho, o então jovem Enzo Ferrari convenceu a Alfa Romeo a ter uma divisão esportiva. Nascia ali a futura lendária Ferrari, para combater diretamente quem? A Mercedes-Benz e toda a tecnologia de pista dos alemães.
Para conduzir seus carros, Enzo chamou o maior piloto da época, o italiano Tazio Nuvolari, para quem viu, “o maior piloto de todos os tempos”. Tazio é tão lendário que muita gente crê ter se tratado de alguém sobrenatural, algo parecido com o que aconteceu com o goleiro Eurico Lara no início do século passado no Grêmio.
Lara tornou-se hino no Tricolor, Tazio, sinônimo de piloto, quando bateu o barão Von Brauschitch ao volante da Mercedes e conquistou o campeonato para os italianos.
Não creio que a F-1 esteja em baixa, muito pelo contrário. Ela apenas vive de ciclos. Mas para quem acha isso, é bom que Arrivabene reviva Enzo Ferrari e Vettel reencarne Tazio Nuvolari.  E que alemães e italianos voltem a brigar a tapa na F-1.



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