Não pode contar só o motor! - Blog da Fórmula-1 de Daniel Dias - Dias ao Volante

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Não pode contar só o motor!

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Publicado por em F-1 ·

O mago da aerodinâmica Adrian Newey, autor dos fantásticos carros campeões na Williams (1992, 1993, 1996 e 1997), na McLaren (1998 e 1999) e Red Bull (2010, 2011, 2012 e 2013), finalmente deu sua opinião sobre o atual estágio da Fórmula-1. Para o engenheiro aeroespacial de 56 anos, a disputa se limitou desde à entrada das chamadas unidades de potência (motor turbo associado à parte elétrica de KERS e ERS de recuperação de energia) a uma luta de motores, não mais à qualidade dos carros construídos pelas equipes, uma obrigação do regulamento da categoria.
- Atualmente, apenas Mercedes e Ferrari podem vencer - disse Newey.
É a mais pura verdade!
O mago defende a volta da importância dos carros, o principal espírito da F-1. Para corroborar a tese do Adrian, lembro de recentes disputas nas quais a excelência do carro é que importava.
- No fase em que a Lotus 72 de Emerson Fittipaldi assombrava na F-1, quase todas as equipes usavam o motor Ford Cosworth. No entanto, só a Lotus tinha o carro que revolucionou a construção dos bólidos. O conceito aerodinâmico implantado por Colin Chapman inspira os carros até hoje.
- No campeonato em que a McLaren com Senna e Prost só não venceu uma corrida, em 1988, a Lotus tinha o mesmo motor fornecido pela Honda. Mas a McLaren tinha o ótimo MP4-4.
- Nos quatro anos arrasadores da Red Bull, com Vettel, o motor Renault não era exclusividade da equipe austríaca. O que fazia a diferença era o carro.
A Mercedes domina a tecnologia dos motores híbridos atualmente usados na F-1 a partir de sua subsidiária esportiva AMG. E a Ferrari tem uma poderosa expertise para correr atrás dos propulsores feitos pela alemã. Detalhe: os motores Mercedes e Ferrari são fornecidos para outras equipes, mas sempre na configuração do ano anterior.
Está na hora do chefão Bernie Ecclestone mudar esse quado para a F-1 recuperar sua essência.



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