
O Blog da F-1, o legítimo, faz o dia a dia do mundo da principal categoria do automobilismo. Mas não vira as costas para o resto das competições.
E nisto, viu no último domingo um profundo fim de festa da outrora categoria mais popular do Brasil nos anos 2000, a F-Truck, brilhantemente promovida por Aurélio Batista Félix, morto em 2008 por problemas no coração.
Talvez tenha sido ali o ocaso da categoria, que teve seu maior representante o bicampeão Jorge Fleck, só por um acaso, meu amigo, mas acima de tudo um excepcional piloto.
Com a morte de Aurélio, que tive a honra de privar com a amizade naqueles tempos, a Truck infelizmente começou a sucumbir, muito apressada pela vertiginosa ascensão da Stock e sua carona na Globo.
No domingo, tivemos a primeira etapa da Truck em 2017, no Velopark, na Grande Porto Alegre. No grid, oito caminhões. Oito! Na segunda parte da prova, entrou um nono, se arrastando na pista. Ninguém merece! Para a segunda etapa, dia 9 de abril, em Rivera, os organizadores prometem mais gente no grid. Sinceramente, torço para que seja verdade! A crise financeira do país está levando o automobilismo nacional de roldão.
Ou no caso da Truck não seria só isto? Lembro que todas as categoria do automobilismo, mesmo as internacionais, têm um dono. O Aurélio zelava por todos, batalhando patrocinadores para o evento e para todas as equipes. Na corrida de domingo, chegou a ficar patético a superequipe da Mercedes, do paranaense tetracampeão Wellington Cirino, correndo sozinha com seus dois caminhões contra uma turma, pequena, de indigentes. Na segunda parte da etapa, a equipe mandou os pilotos tirarem o pé para que a turma de trás chegasse um pouquinho nos líderes para dar alguma emoção.
Ah, não sou "pato", tá?