Blog da Fórmula-1 de Daniel Dias - Dias ao Volante

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O Bolão depois de Baku

Dias ao Volante
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Não sei vocês, mas eu quero ficar pelo menos até o ano que vem sem falar deste raio de Baku. Esta pôrra de circuito arretou, arretou e teve uma prova pífia, chata, um nojo. Muito por conta de que todo mundo largou cagado.
Todo mundo sabe que detesto acidentes, principalmente em competições, mas correr como guri cagado, ninguém merece!
O fato é que meu Xará Cardoso foi o grande vencedor de B... da capital do Azerbaijão, ao lado do Nico Rosberg. O Gabriel foi mal como o Felipe Massa em B... na prova deste domingo, mas lidera a nossa brincadeira de cola erguida.
Com todos de cuecas trocadas, a próxima prova é daqui a duas semanas, com o GP da Áustria, em Zeltweg. Eu sei que o circuito não se chama mais Zeltweg, mas gosto de tradição.

Parâmetros utilizados para o GP da Europa:
Pole: sobrenome do piloto - ROSBERG
Segundo do grid: sobrenome do piloto - RICCIARDO
Vencedor: sobrenome do piloto - ROSBERG
Equipe com mais pontos na etapa: nome da equipe - MERCEDES
Melhor equipe, fora de Mercedes e Ferrari, classificada no final da prova. Pode até essa equipe ser a vencedora da etapa. Vale só o piloto mais bem classificado dessa equipe na prova: FORCE INDIA
Segundo colocado da prova: sobrenome do piloto - VETTEL
Terceiro colocado da prova: sobrenome do piloto - PEREZ
Quarto colocado da prova: sobrenome do piloto - RAIKKONEN
Quinto colocado da prova: sobrenome do piloto - HAMILTON
Piloto com mais voltas na liderança: sobrenome do piloto - ROSBERG
Volta mais rápida da prova: sobrenome do piloto - ROSBERG
Último colocado da prova (segundo a cronometragem oficial da FIA): sobrenome do piloto - KVYAT

Baku:
1) Daniel Cardoso - 25 pontos
2) Marcelo Vieira - 20 pontos
3) Marcelo Farias Pereira - 15 pontos
4) Luis Mauro Gonçalves Rosa - 10 pontos
4) Matteus Saldanha - 10 pontos
4) André Borges - 10 pontos
4) Natanael Felipe Rhoden - 10 pontos
4) Luiz Carlos Herrera - 10 pontos
9) Maurício Dias - 7 pontos
10) Gabriel Dias - 5 pontos
10) Daniel Dias - 5 pontos
10) Romário Braga - 5 pontos
10) Mauro - 5 pontos
10) Francisco Cavalin - 5 pontos
10) Mário Gayer do Amaral (Professor) - 5 pontos
10) Eduardo Saraiva - 5 pontos
10) Pedro Henrique - 5 pontos
18) Ítalo Duarte - 0 ponto
18) Juliano Schuler - 0 ponto
18) Ernani Leonel Muzeel - 0 ponto

Total:
1) Gabriel Dias - 289 pontos
2) Luis Mauro Gonçalves Rosa - 267 pontos
3) Luiz Carlos Herrera - 255 pontos
4) Mauro - 254 pontos
5) Francisco Cavalin - 239 pontos
6) Natanael Felipe Rhoden - 234 pontos
6) Daniel Cardoso - 234 pontos
8) Marcelo Farias Pereira - 218 pontos
9) Maurício Dias - 210 pontos
10) Daniel Dias - 201 pontos
11) Matteus Saldanha - 193 pontos
12) Marcelo Vieira - 172 pontos
13) Mário Gayer do Amaral (Professor) - 156pontos
14) André Borges - 149 pontos
15) Romário Braga - 147 pontos
16) Juliano Schuler - 92 pontos
17) Eduardo Saraiva - 87 pontos
18) Pedro Henrique - 77 pontos
19) Ítalo Duarte - 27 pontos
20) Ernani Leonel Muzeel - 0 ponto



Le Mans tem final de cinema

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As 24 Horas de Le Mans deste ano, terminada na manhã deste domingo para nós brasileiros, teve um desfecho de cinema, com o Toyota número 5 quebrando a cinco minutos, de 24 intermináveis horas, do final. Com isso, a Porsche, maior vencedora da competição mais dura do mundo, que ao lado do GP de Mônaco e das 500 Milhas de Indianápolis compõe a Tríplice Coroa do Automobilismo, conquistou a vitória na edição 2016, na categoria LMP1, a principal, e no geral, naturalmente.
O trio composto pelo alemão Neel Jani, pelo francês Romain Dumas e pelo suíço Marc Leib, a bordo do Porsche 919 Hybrid de número 2, que tinha feito uma parada de box extra duas voltas antes, foi o grande vencedor das 24 Horas deste ano, com 384 voltas completadas na pista de 13,665 quilômetros de extensão de Sarthe.
O francês Stephane Sarrazin, o inglês Mike Conway e o japonês Kamui Kobayashi, com o Toyota TS50 Hybrid, foram o segundos colocados, com 381 voltas, seguidos pelo francês Loic Duvas, pelo brasileiro Lucas di Grassi e pelo inglês Oliver Jarvis, do Audi R18 e-tron, com 372 voltas. Os três primeiros da LMP1.
Na LMP2, também de protótipos, os vencedores foram o francês Nicolas Lapierre, o norte-americano Gustavo Menezes e o monegasco Stephane Richelmi, com Alpine A460 e 357 voltas. Eles foram o quinto na geral.
Na LMGTE Pro, o primeiro lugar foi do trio formado pelo norte-americano Joey Hand, pelo alemão Dirk Müller e pelo francês Sebastien Bourdais, do Ford GT com 340 voltas, 18 na geral. Foi o retorno do ícone americano à famosa prova. Com nome de GT40, o carro fez história nos anos 60.
Na LMGTE Am, a vitória ficou com os norte-americanos Bill Sweedler, Townsend Bell e Jeff Segal, com a Ferrari 458 Italia GT2, completando 331 voltas e chegando na 26 posição na geral.



O Cleber Machado "salvou" Baku

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De prova colocada sob alto risco, pelos trechos muito estreitos da pista de Baku, acabamos tendo uma das corridas mais chatas dos últimos tempos, com o alemão Nico Rosberg, da Mercedes, quase morrendo de sono em primeiro lugar desde a largada e sem enfrentar nenhum problema até chegar a sua quinta vitória no ano e a reconquista da tranquilidade na liderança do campeonato.
De prova em que o safety car bateria todos os recordes de entrada na pista, o carro pilotado pelo alemão Bernd Maylander não entrou nenhuma vez.
Lewis Hamilton largou da décima posição, após ter batido no treino de classificação, e não pôde ganhar muitas colocações porque enfrentou problemas de gerenciamento do motor de sua Mercedes. O tricampeão teve de se contentar com o quinto lugar no final.
Com todo mundo cagado depois da série de batidas na prova da GP2 no sábado, todos da F-1 largaram com cautela e todos passaram limpos pelo trecho sinuoso do Castelinho, onde o Hamilton bateu na classificação.
As Red Bull de Daniel Riccardo e Max Verstappen tiveram problemas com os pneus logo no comecinho e ficaram para trás. Sebastian Vettel com isso levou com toda a calma a Ferrari para as primeiras posições, completando no segundo lugar do pódio a exemplo do que tinha feito na semana passada, no Canadá.
Sergio Perez, da Force India, foi o grande destaque, além do Rosberg, claro, do fim de semana da oitava etapa, de 21, da temporada. O mexicano fez uma prova de recuperação, depois de ter perdido cinco posições no grid de largada por ter trocado o câmbio antes do treino de classificação. Foi recompensado com o terceiro lugar.
Ou seja, todos muito felizes no pódio: Rosberg, por ter se reencontrado com a confiança perdida após duas vitórias seguidas de Hamilton, Vettel, porque sabia que a Ferrari não poderia tentar algo melhor contra o motorzão das Mercedes em Baku e Perez, por um amadurecimento e uma prova consistente.
Felipe Massa, da Williams, largou da quinta posição e fez uma prova com freio de mão puxado. A colocação no grid foi totalmente enganosa, já que o brasileiro passou todo o fim de semana reclamando dos pneus, numa ladainha chata pra c... burro. O seu xará Nasr andou muito bem desde a classificação a bordo do carroção da Sauber e foi um dos destaques, guardadas as proporções, e limitações de equipamento.
Em uma corrida tão chata, deu tempo de ficar observando outras coisas extra-corrida, como o Raikkonen discutindo com a equipe sobre uma possível ajuda do box para consertar um problema na sua Ferrari. Ouvindo que a equipe não poderia auxiliar, por força do regulamento, o finlandês não teve dúvidas e disse:
- Vá lá, você pode ajudar sim – como se fosse uma criança pedindo ajuda por baixo dos panos.
Mas o melhor/pior foi o narrador-perdidão-fala pelos cotovelos-chato-e sem noção Cleber Machado. O cara é o melhor narrador de futebol da Globo, no entanto, F-1 ele não sabe exatamente do que se trata. Ele tem uma vaga ideia de que se trata de uma corrida de automóvel muito famosa no mundo. Ouvindo o Cleber, me fez lembrar da participação calamitosa da Glória Pires na cobertura da entrega do Oscar deste ano.
O simpático Cleber Machado conseguiu errar todos os nomes dos pilotos de uma mesma equipe. Se aparecia na tela o Verstappen da Red Bull, podia apostar de que quem estava no ar era o Riccardo. E assim com todas as equipes.
Apenas algumas pérolas do carinha da Globo:
- O piloto passou na reta a 300 e tantos por hora. (Numa F-1 tão precisa em matéria de números, "e tantos" significa rigorosamente nada).
- Os centímetros não correspondem aos mesmos metros. (neste momento, pensei em telefonar pro meu psicólogo, porque não sei exatamente o que o Cleber quis dizer com esta asneira).
- Foi uma ultrapassagem bacana. (Bacana, ninguém merece).
- Os pilotos devem cuidar quando chegam na parte dos muros. (Toda, absolutamente TODA a pista de Baku é cercada de muros).
- Monza ainda é a pista mais rápida da F-1? (Preparação antes de narrar a corrida zero).
E por aí vai, se lembrarem de outras, contem aqui, confesso que em algumas vezes dei uma saída para fumar, de tão insuportável estava a prova, e o narrador.
A próxima parada é daqui a duas semanas, na Áustria, o circuito da Red Bull. Teremos a volta de uma corrida mais "normal". O retão de 2 quilômetros de Baku deu muita vantagem para o motorzão alemão.



Resultado GP da Europa

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Volte em breve para acompanhar o resumo da prova.

1) N. Rosberg – Mercedes – 1h32min52s366
2) S. Vettel – Ferrari – a 16s696
3) S. Perez – Force India – a 25s241

4) K. Raikkonen – Ferrari – a 33s102
5) L. Hamilton – Mercedes – 56s335
6) V. Bottas – Williams – a 1min886
7) D. Ricciardo – Red Bull – a 1min09s229
8) M. Verstappen – Red Bull – a 1min10s696
9) N. Hulkenberg – Force India – a 1min17s708
10) F. Massa – Williams – a 1min25s375

11) J. Button – McLaren – a 1min44s817
12) F. Nasr – Sauber – a uma volta
13) R. Grosjean – Haas  – a uma volta
14) K. Magnussen – Renault  – a uma volta
15) J. Palmer – Renault  – a uma volta
16) E. Gutierrez – Haas  – a uma volta
17) M. Ericsson – Sauber  – a uma volta
18) R. Haryanto – Manor – a duas voltas

19) F. Alonso – McLaren – não completou
20) P. Wehrein – Manor – não completou
21) C. Sainz Jr. – Toro Rosso – não completou
22) D. Kvyat – Toro Rosso – não completou

Volta rápida – N. Rosberg – Mercedes – 1min46s485



Hamilton erra no pra valer em Baku

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Depois de brilhar nos dois dias de treinos livres para a sétima etapa do Mundial de F-1, o GP da Europa, em Baku, o tricampeão Lewis Hamilton errou no momento que não podia. Na sua tentativa de alcançar a pole, o número 44 da Mercedes exagerou no setor do Castelinho e bateu com o pneu dianteiro direito no muro de proteção, quebrando a roda e a suspensão.
Com isso, seu companheiro Nico Rosberg garantiu a primeira posição na prova de estreia do Azerbaijão na F-1. Sergio Perez, da Force India, foi o segundo mas perdeu cinco posições no grid por ter trocado o motor após o terceiro treino livre. Daniel Riccardo, da Red Bull, herdou a segunda posição e Sebastian Vettel, da Ferrari, a terceira. Felipe Massa, da Williams, finalmente conseguiu ficar à frente do companheiro Valtteri Bottas e largará em sexto.
Em uma corrida normal – que dificilmente ocorrerá, em um circuito tão perigoso -, Hamilton chegará com facilidade à segunda posição, graças à longa reta de 2 quilômetros de extensão. No entanto, deve ser uma prova com muitas entradas do safety car – no trecho do Castelinho, só passa um carro por vez -, ainda mais se a previsão do tempo confirmar uma improvável chuva sobre Baku.
Se alguém bater no muro no trecho medieval do Castelinho, a bandeira vermelha terá de ser acionada, interrompendo a prova para a retirada do carro acidentado.

1. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) 1:42.758
2. Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull-TAG Heuer) 1:43.966
3. Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) 1:43.966
4. Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) 1:44.269
5. Felipe Massa (BRA/Williams-Mercedes) 1:44.483
6. Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso-Ferrari) 1:44.717
7. Sergio Perez (MEX/Force India-Mercedes) 1:43.515+5 posições
8. Valtteri Bottas (FIN/Williams-Mercedes) 1:45.246
9. Max Verstappen (HOL/Red Bull-TAG Heuer) 1:45.570
10. Lewis Hamilton (ING/Mercedes) 2:01.954

Q2:
11. Romain Grosjean (FRA/Haas-Ferrari)
12. Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes)
13. Carlos Sainz Jr (ESP/Toro Rosso-Ferrari)
14. Fernando Alonso (ESP/McLaren-Honda)
15. Esteban Gutierrez (MEX/Haas-Ferrari)
16. Felipe Nasr (BRA/Sauber-Ferrari)

Q1:
17. Rio Haryanto (IND/Manor-Mercedes)
18. Pascal Wehrlein (ALE/Manor-Mercedes)
19. Jenson Button (ING/McLaren-Honda)
20. Marcus Ericsson (SUE/Sauber-Ferrari)
21. Kevin Magnussen (DIN/Renault)
22. Jolyon Palmer (ING/Renault)



Tempos terceira sessão de treino livre do GP da Europa

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1) L. Hamilton – Mercedes – 1min44s352
2) N. Rosberg – Mercedes – a 0s258
3) N. Hulkenberg – Force India – a 1s188
4) D. Ricciardo – Red Bull – a 1s268
5) S. Vettel – Ferrari – a 1s278
6) S. Perez – Force India – a 1s383
7) M. Verstappen – Red Bull – a 1s549
8) J. Button – McLaren – a 1s602
9) D. Kvyat – Toro Rosso – a 1s629
10) K. Raikkonen – Ferrari – a 1s672
11) F. Alonso – McLaren – a 1s779
12) C. Sainz Jr. – Toro Rosso – a 1s838
13) R. Grosjean – Haas – a 2s009
14) F. Massa – Williams – a 2s158
15) E. Gutierrez – Haas – a 2s318
16) K. Magnussen – Renault – a 2s672
17) P. Wehrlein – Manor – a 2s748
18) J. Palmer – Renault – a 2s806
19) M. Ericsson – Sauber – a 2s976
20) F. Nasr – Sauber – a 3s027
21) R. Haryanto – Manor – a 3s204
22) V. Bottas – Williams – sem tempo



Mudanças esperadas em Baku

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O primeiro dia de treinos livres no circuito urbano de Baku, no Azerbaijão, teve os problemas comuns e esperados para uma nova pista, quee foi aprovada pelos pilotos, equipes e FIA. Em termos. As zebras das curvas 6 e12 estavam meio soltas e foram responsáveis por furos nos pneus de vários carros.
A pedido da FIA, a organização da prova removerá essas zebras à noite e pintará faixas de limite da pista no seu lugar. Nada alarmante. Os pilotos também reclamaram da entrada dos boxes. Pelas ondulações da grande reta de dois quilômetros de extensão, eles dizem que enxergam a faixa branca pintada no asfalto que sinaliza a entrada dos boxes em um último momento.
Também será pintada à noite uma faixa mais longa. De qualquer jeito, os pilotos não poderão "esconder" uma parada surpresa na corrida. Se desejarem entrar nos boxes, terão de diminuir a velocidade bem antes da entrada.
Como se esperava, o circuito de Baku é de alta velocidade, pelas grandes retas, e perigosíssimo, pela pista muito estreita. Mas não pela parte que passa pela zona medieval da cidade, especialmente pelo famoso castelinho junto ao asfalto. Aí, os carros passam em baixa velocidade. No entanto, se um bate, o treino ou a corrida terá de ser paralisada, pois não passa mais ninguém. O circuito é perigoso justamente por ser de alta velocidade e muito estreito. Na maior parte, é um Corredor Polonês.
Ah, antes que eu me alongue muito, e já me alongando, o Lewis Hamilton foi o mais rápido dos dois treinos desta sexta-feira, botando um caminhão sobre o companheiro Nico Rosberg. Também como já era esperado. Além de estar em ótima fase, de novo, o inglês se adapta bem às novas pistas. Rosberg teve um problema no turbo no final do segundo treino e foi obrigado pela equipe a encostar o carro em uma "área de escape" do traçado.
O circuito de Baku privilegia motor. E nisso estão bem as equipes que correm com o Mercedes. Sergio Perez, da Force India, terminou o dia em terceiro, Valtteri Bottas, da Williams, em quarto, e Nico Hulkenberg, da Force India, em quinto. Todos de Mercedão AMG. Carlos Sainz Jr., da Toro Rosso, com motor Ferrari, foi o mais rápido do resto da turma. As Ferrari de Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen ainda não se acharam em Baku. Felipe Massa, da Williams, reclamou da falta de aderência dos pneus – como se a falta de aderência da nova pista existisse só para o brasileiro – e completou longe de seu companheiro Bottas. Daniel Ricciardo, da Red Bull, foi um dos que bateram, mas nada sério.
Voltemos ao circuito: senti falta da proximidade da torcida. Nas tomadas de câmeras da TV, as pessoas pouco aparecem. O traçado é longo e só se vê prédio nas cercanias da pista. E a arquitetura de Baku não tem a beleza das construções de Monte Carlo. Os treinos mostraram um festival de saída de pista dos carros, normal em um circuito de rua e ainda mais normal quando os caras estão conhecendo o traçado e buscando seus limites.
Graças a isso, pudemos ver novamente que os carros de F-1 têm a marcha a ré, algo tão prosaico nos dias de hoje na principal categoria do automobilismo. Também pudemos ver o show de cavalinhos de pau nas zonas de escape da pista urbana.
No mais, gostei do circuito de Baku, da oitava etapa do Mundial, o GP da Europa, neste domingo, a partir das 10h pelo nosso horário.
E vocês?



Baku impressiona pilotos

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Os pilotos da F-1 estão impressionados com o circuito urbano de Baku, sede do GP da Europa neste domingo, a partir das 10h (horário de Brasília). Todos caminharam pelas ruas que formam a pista nesta quinta-feira e pararam por mais tempo nos trechos em que o circuito se esfrega nas construções medievais da capital do Azerbaijão, antiga república da União Soviética. Em alguns lugares, só passa um carro por vez.
Como disse o Fernando Alonso, Embaixador do GP da Europa, a prova será extremamente perigosa e de risco. Se um carro bate em um desses trecho apertados, a prova terá de ser interrompida, pois ficará atravessado no traçado.
Felipe Massa chegou a dizer que o circuito de Baku tem partes de Mônaco e de Monza, o Templo da Velocidade por suas enormes retas. Baku, aliás, terá a maior reta do calendário, no final do traçado, com 2 quilômetros de extensão.



Tem cara que ficará tonto!

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Não se sabe muito bem o porquê, mas o fato é que o Fernando Alonso foi escolhido como uma espécie de Embaixador do GP da Europa realizado a partir deste ano na cidade de Baku, capital do Azerbaijão, antiga república da União Soviética. Baku fica às margens do Mar Cáspio e não muito longe - uns 600 quilômetros a sudeste de Sochi, sede do GP da Rússia. A diferença é que Sochi fica às margens do Mar Negro. Um pouco de história e geografia não faz mal a ninguém, não é mesmo?
Buenas, voltando ao Príncipe das Astúrias. O homem, que caminhou algumas vezes pelas ruas que compõem o circuito, disse que a corrida deste domingo será extremamente desafiadora e de muito risco. Conforme dá para ver nestas fotos e projeções aí de cima, a pista passará se esfregando pela parte histórica e medieval da cidade. Tem canto que só passará um carro por vez. Claro que tudo será cercado pela maior segurança possível.
O traçado, bolado pelo arquiteto alemão Hermann Tike, sim, Natanael, aquele que você tanto gosta, idealizador de todos os novos circuitos da F-1, é em extensão o segundo do calendário, com 6 quilômetros e poucos metros, no sentido anti-horário (como Interlagos) e com 20 curvas - Spa tem 7 quilômetros, Monza, 5,7 quilômetros, só que a pista italiana tem apenas 3 curvas (uma dupla, a De Lesmo) e três chicanes.
E pasmem: Baku terá a maior reta do calendário, com 2 quilômetros de extensão. Ou seja, apesar de tanta curva com ângulo reto, os caras poderão descansar um pouco nesse retão interminável.
Resumindo: será um grande barato ver os caras se quebrando neste circuito infernal. Grande barato, pra nós, claro!



O olho de tigre

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O duelo entre o inglês Lewis Hamilton e o alemão Nico Rosberg está muito distante de um Fangio x Moss, de um Clark x Hill, de um Lauda x Hunt, de um Piquet x Mansell, de um Senna x Prost, de um Schumacher x Alonso, no entanto, é o que temos no momento. Não por Hamilton, mas por Rosberg.
O tigre está no topo dos grandes predadores. No esoterismo, O Olho de Tigre pode significar o aumento do poder intuitivo nas batalhas da vida. No cinema, a música Eye of the Tiger, do Survivor, foi feita sob encomenda para o terceiro filme da saga Rocky, de Sylvester Stallone, e fala da capacidade de atrair a presa e eliminá-la no momento mais propício.
A luta de Hamilton x Rosberg nasceu com o regulamento que trouxe de volta o motor turbo à Fórmula-1, em 2014, e deixou no ringue apenas os dois pilotos da Mercedes, a equipe que melhor dominava a tecnologia híbrida proposta para a principal categoria do automobilismo mundial. E continua nesta temporada, deixando a nu o enorme abismo existente entre os dois competidores.
No duro embate psicológico e de técnica de pilotagem, Lewis Hamilton tem o Olho de Tigre e Nico Rosberg é apenas uma presa do predador.
Nas quatro primeiras provas da temporada, Hamilton ainda vivia a ressaca de seu terceiro título na F-1, embalado na onda atraente da vida de celebridade. Rosberg talvez tenha enxergado o momento e tratou de enfileirar quatro vitórias seguidas. Tudo então parecia ser um caminho de glória para o alemão finalmente chegar ao seu primeiro título.
Entretanto, a natureza dos oponentes não muda jamais.
No instante em que pressentiu sua presa alçar voo, Hamilton acordou. Na Espanha, o inglês decidiu que o rival não ganharia mais uma prova. Seguindo seu instinto predador, interrompeu a trajetória de Rosberg na terceira curva do circuito e dividiu a curva para acabar com a prova de ambos.
Em Monte Carlo, viu sua presa se arrastando na pista, destruindo suas chances de brigar pela vitória e exigiu uma ordem de equipe para a troca de posições. Só assim alguém ultrapassa em Mônaco. A atitude de Rosberg em obedecer o comando da Mercedes não foi covarde, foi submissa, como todas as presas são.
Na etapa do último domingo, em Montreal, no Canadá, Hamilton ocupava mais uma vez a posição de honra para a largada. Partiu mal, viu o alemão Sebastian Vettel, inimigo da Ferrari mas não seu oponente na batalha pelo título, sair na frente. Pelo canto do olho direito, viu Rosberg também passando.
Hamilton não teve dúvidas: "Sebastian pode ir embora, você, não". Na contorno da primeira curva do circuito Gilles Villeneuve (outro lendário Olho de Tigre), Hamilton "engordou" a curva, uma manobra de ataque banal para os grandes pilotos, mas fatal para as presas. Nas frações de segundo seguintes, os dois instintos prevaleceram. O tigre ficou na pista, a vítima foi parar na área de escape, totalmente alijada da disputa pela vitória, a única posição interessante para os dois caras da equipe Mercedes.
Hamilton será o campeão de novo neste ano, porque tem o faro do matador, o olho de tigre. Rosberg é um bom piloto, um bom menino. Mas o Olimpo da F-1 não é destinado para os homens de bom coração, apenas.



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