
Nelson Piquet Souto Maior completou 65 anos nesta quinta-feira, ele que é de 1952, apenas dois anos após o início do Mundial de Fórmula-1. Sempre gostei do Piquet como piloto e como pessoa. Sou um dos poucos jornalistas que nunca tiveram qualquer problema com o tricampeão, um confesso avesso à imprensa. Muito pelo contrário, sempre tive a melhor relação com o cara!
Qual é o motivo disto? Não, não é devido ao meu reconhecido charme. É porque entendo de automobilismo. E o Piquet respeita quem entende do assunto. Lembro só de dois episódios em que estive com ele, sem contar todos os anos no GP do Brasil, em Interlagos.
O primeiro foi quando ele completou 50 anos. Eu trabalhava no jornal e fiz uma longa entrevista com o tricampeão, muito provavelmente, o piloto mais inventivo que a F-1 já teve, sem contar que ele guiava muito. Muito mesmo! Conversamos por mais de meia hora, com muitas gargalhadas de ambos em meio a perguntas sérias e outras nem tanto.
Na outra vez, quando o Piquet enviou um convite, não para o jornal, mas endereçado especialmente a mim, para fazer a cobertura de uma das etapas da F-3 Inglesa de 2003, em Oxford, na qual estaria um de seus filhos, o Nelsinho. Enquanto fui de avião de carreira para a Inglaterra, o Piquet foi pilotando seu próprio jatinho. Lá, privamos de bons papos, não apenas sobre automobilismo.
Parabéns, Nelson! Você está na história da F-1, como um dos grandes, como seu amigo de sempre, o Niki Lauda.