
O GP da Espanha disputado neste domingo, com a vitória de Lewis Hamilton, à frente de Sebastian Vettel, mostrou uma briga direta entre Ferrari e Mercedes, em mais de uma circunstância. O primeiro ato veio na largada, com Vettel partindo bem melhor do que o pole Hamilton. O segundo ato veio também na largada, com ValtteriBottas tocando em Kimi Raikkonen na curva 1. Na batida, o finlandês da Ferrari foi jogado contra Max Verstappen, ficando os dois pilotos por aí mesmo, ambos com suspensão dianteira quebrada.
O terceiro ato entre as duas grandes equipes do campeonato ocorreu depois da parada de Vettel. Hamilton também fez seu pit stop em seguida e Bottas, não. Nesse ato da peça teatral de Montmeló, Bottas se revelou duas coisas: um ótimo piloto de equipe e escudeiro de Hamilton e o patife do ano.
Por duas voltas, o finlandês andou cerca de três segundos mais lento para segurar acintosamente o ritmo de Vettel. Após duas voltas, o alemão arriscou tudo e fez a ultrapassagem no final do retão dos boxes. Mas este tempo todo perdido por Vettel acabaria decidindo a prova em favor de Hamilton.
Bottas parou logo depois e fez a melhor volta da corrida no retorno à pista, demonstrando que podia andar mais rápido. Quatro voltas depois, parou com quebra de motor. O quarto ato do duelo entre Mercedes e Ferrari veio com a ultrapassagem de Hamilton, com pneus mais rápidos, sobre Vettel. Duas voltas antes, quando Vettel retornava dos boxes, os dois rivais na briga pelo título chegaram a se tocar na curva 1.
A corrida foi então para a parte final mantendo a dúvida se Hamilton pararia mais uma vez, o que acabou não acontecendo. No ataque final de Vettel, o tetracampeão encontrou, outra vez, um piloto veterano, que já deveria ter parado de correr, pela frente. Felipe Massa, envolvido em um toque com Fernando Alonso na largada, caindo para trás do pelotão, escolheu o pior lugar do circuito para deixar a Ferrari passar. Sem ter o que fazer, o alemão foi obrigado a frear forte, ficando bem distante de Hamilton.
Pronto, a corrida estava decidida. Hamilton voltou ao campeonato, com uma brilhante vitória após ter sucumbido na prova anterior, na Rússia. Para a emoção do campeonato, a conquista de Hamilton sobre Vettel foi o melhor que poderia ter ocorrido. Com as desistências dos dois segundos pilotos de Mercedes e Ferrari, somado à parada de Verstappen, Daniel Riccardo completou o pódio.
Para a continuação do Mundial, o GP da Espanha mostrou uma Ferrari com um equipamento ligeiramente melhor. Se não tivesse acontecido a intervenção de Bottas, Vettel teria vencido com sobras. Por uma questão de coerência, pediria uma severa punição para Bottas e, por uma questão de bom senso e vergonha na cara do brasileiro veterano, gostaria que ele pegasse seu pijama e fosse definitivamente para casa.
1) L. Hamilton – Mercedes – 1h35min56s497
2) S. Vettel – Ferrari – a 3s490
3) D. Ricciardo – Red Bull – a 1min15s820
4) S. Perez – Force India – a uma volta
5) E. Ocon – Force India – a uma volta
6) N. Hulkenberg – Renault – a uma volta
7) C. Sainz Jr – Toro Rosso – a uma volta
8) P. Wehrlein – Sauber – a uma volta – foi sétimo porém punido em 5s
9) D. Kvyat –Toro Rosso – a uma volta
10) R. Grosjean – Haas – a uma volta
11) M. Ericsson – Sauber – a uma volta
12) F. Alonso – McLaren – a duas voltas
13) F. Massa – McLaren – a duas voltas
14) K. Magnussen – Haas – a duas voltas
15) J. Palmer – Renault – a duas voltas
16) L. Stroll – Williams – a duas voltas
17) V. Bottas – Mercedes – não completou
18) S. Vandoorne – McLaren – não completou
19) M. Verstappen – Red Bull – não completou
20) K. Raikkonen – Ferrari – não completou
Volta mais rápida – L. Hamilton – Mercedes – 1min23s593