

Depois de quarenta anos de história, sete Mundiais de pilotos (Alan Jones, 1980, Keke Rosberg, 1982, Nelson Piquet, 1987, Nigel Mansell, 1992, Alain Prost, 1993, Damon Hill, 1996, e Jacques Villeneuve, 1997), nove títulos de Construtores, 114 vitórias na Fórmula-1, a marca da morte com Ayrton Senna, em 1994, e uma viagem ao fundo do poço nas últimas temporadas, a equipe Williams foi vendida nesta sexta-feira para o fundo de investimentos norte-americano Dorilton Capital, após uma negociação de mais de três meses. Apesar de em um primeiro momento pouco mudar nas atividades de pista da equipe, comandada por Claire, filha de Sir Frank Williams, a compra pelo Dorilton Capital é completa, incluindo a Williams Grand Prix Engineering Limited (WGPE), que consiste no negócio da F-1 e sua impressionante coleção de carros históricos e a suntuosa sede em Grove, na Inglaterra, sua participação minoritária na Williams Advanced Engineering e todos os outros ativos e passivos comerciais.
O nome Williams permanecerá no grid, assim como a denominação dos carros, iniciando com a sigla FW. Acredita-se que os novos investidores estão comprometidos em manter a cultura da equipe e a marca que Sir Frank, seu sócio Patrick Head (em uma das fotos aí de cima) e seus colegas passaram mais de quarenta anos construindo. Os novos proprietários podem ser norte-americanos, mas dizem que não têm planos de tirar a equipe de sua antiga base em Grove, em Oxford.
- Também reconhecemos as instalações de classe mundial em Grove e confirmamos que não há planos de mudança - disse Matthew Savage, presidente do Dorilton.
De acordo com documentos divulgados ao Mercado de Ações, o valor da empresa é de 152 milhões de euros. Após o reembolso de todas as dívidas de terceiros e despesas da transação, a Williams teve o valor de 112 milhões de euros – cerca de R$ 750 milhões.
Pouco se sabe ainda sobre os investimentos do Dorilton na equipe, porém, é certo que a Williams terá bastante dinheiro para se manter competitiva no grid da F-1 a partir de agora.