
Se a parceria McLaren/Honda é uma das mais bem sucedidas da história da Fórmula-1, com quatro títulos seguidos (1988, com Ayrton Senna, 89, com Alain Prost, e 90 e 91, com Senna), com motores turbo e aspirados, a dobradinha McLaren/Mercedes não fica muito atrás, com três títulos (98 e 99, com Mika Hakkinen, e 2008, com Lewis Hamilton). Pois é exatamente esta última parelha que muito provavelmente esteja retornando, já para o próximo ano.
O motivo? Fácil: os japoneses da Honda fizeram um dos maiores fiascos dos 67 anos do Mundial. É impressionante que um país, famoso por copiar tecnologias e aperfeiçoando-as, não tenha conseguido fazer um trabalho no mínimo razoável com os novos motores turbo/híbridos, os atuais da F-1.
O saudita Mansour Ojjeh, 64 anos, maior acionista da McLaren, esteve no último fim de semana no GP do Canadá. O dirigente, normalmente distante das provas, foi a Montreal com objetivos bem claros: retomar a parceria com a Mercedes, encerrada em 2013, depois de quase 20 anos, e acertar a ronha em torno do alto salário de Fernando Alonso, atualmente em torno de 40 milhões de euros anuais, pagos pela Honda.
Ojjeh está decidido. Para continuar com o bicampeão espanhol, que exige um carro competitivo no próximo ano, o saudita aceita botar a mão no bolso e bancar a alta cifra. E o homem está tirando de sua fortuna para equilibrar o orçamento da McLaren neste ano, porque a equipe não tem um único grande patrocinador.