F-1 - Blog da Fórmula-1 de Daniel Dias - Dias ao Volante

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Trabalho dobrado na Mercedes

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As pazes com a vitória de Lewis Hamilton, depois da pífia atuação no GP de Mônaco, fez o austríaco Toto Wolff, chefão da Mercedes, entrar em delírio após o GP de Canadá, no último domingo. Falando para o site oficial da Fórmula-1, Wolff lembrou as duas semanas de intenso trabalho na sede da equipe, na Inglaterra. Segundo o dirigente, todos os integrantes do time tiveram de ir à luta duramente, assim como os dois pilotos, na fábrica, inclusive com a volta ao trabalho no túnel de vento, para acertos na aerodinâmica.
Para Wolff, no entanto, o triunfo em Montreal não dá por encerrada a dura tarefa de se igualar de novo ao rendimento da Ferrari na temporada, e revela um detalhe interessante:
- Vamos voltar à Europa já, porque temos muito trabalho. Eles (a Ferrari) também estarão trabalhando. Este ano está sendo mais difícil, porque o acerto do carro para o Lewis não pode ser o mesmo para o Valtteri. É um trabalho dobrado para nós.



O Bolão depois do Canadá

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O Maurício foi brilhante e, ao lado do Lewis Hamilton, papou o GP do Canadá aqui no nosso Bolão, seguido de perto pelo André Borges. Infelizmente, o mala que vos escreve mantém a liderança da briga de foice no escuro, pois a turma tá chegando a mil. E eu quero mais é que cheguem e passem mesmo, a exemplo da passagem que o Ocon sofreu do Vettel na corrida do Canadá. O jovem piloto francês só vai entender o que houve quando olhar no teipe.
Nossa próxima parada é daqui a duas semanas, em Baku, Azerbaijão.

Parâmetros utilizados no Canadá:
Pole: HAMILTON
Segundo do grid: VETTEL
Vencedor: HAMILTON
Equipe com mais pontos na etapa: MERCEDES
Quantos primeiros pilotos chegam à frente do companheiro na etapa (são os primeiros pilotos: Hamilton - Mercedes, Vettel - Ferrari, Ricciardo - Red Bull, Massa - Williams, Hulkenberg - Renault, Alonso - McLaren, Perez - Force Índia, Sainz Jr. - Toro Rosso, Grosjean - Haas e Ericsson - Sauber: 7
Segundo colocado da prova: BOTTAS
Terceiro colocado da prova: RICCARDO
Quarto colocado da prova: VETTEL
Quinto colocado da prova: PEREZ
Décimo colocado na prova: GROSJEAN
Piloto com mais voltas na liderança: HAMILTON
Volta mais rápida da prova: HAMILTON
Último colocado da prova (segundo a cronometragem oficial da FIA): SAINZ
Quantas vezes o safety car entrará na pista na corrida: UM

Canadá:
1) Maurício Dias - 82 pontos
2) André Borges - 67 pontos
3) Eduardo Saraiva - 60 pontos
3) Luiz Carlos Herrera - 60 pontos
5) Francisco Cavalin - 57 pontos
6) Daniel Dias - 50 pontos
7) Gabriel Dias - 42 pontos
8) Mário Gayer do Amaral (Professor) - 20 pontos
9) Daniel Cardoso - 15 pontos
10) Marcelo Antonio Vieira - 10 pontos
10) Natanael Felipe Rhoden - 10 pontos
12) Eduardo Parise - 5 pontos
12) Pedro Henrique - 5 pontos
12) Marcelo Farias Pereira - 5 pontos
12) Guilherme Vieira - 5 pontos
12) Mauro - 5 pontos
17) Luis Mauro Gonçalves Rosa - 0 ponto
17) Romário Braga - 0 ponto
17) Ernani Leonel Dias Müzell - 0 ponto

Total:
1) Daniel Dias - 396 pontos
2) Maurício Dias - 349 pontos
3) Daniel Cardoso - 324 pontos
4) Pedro Henrique - 294 pontos
5) Francisco Cavalin - 293 pontos
6) Eduardo Saraiva - 291 pontos
7) Mário Gayer do Amaral (Professor) - 278 pontos
8) Mauro - 267 pontos
9) André Borges - 239 pontos
10) Guilherme Vieira - 237 pontos
11) Gabriel Dias - 234 pontos
11) Luis Mauro Gonçalves Rosa - 234 pontos
13) Marcelo Farias Pereira - 223 pontos
14) Eduardo Parise - 207 pontos
15) Luiz Carlos Herrera - 178 pontos
16) Natanael Felipe Rhoden - 175 pontos
17) Romário Braga - 117 pontos
18) Marcelo Antonio Vieira - 94 pontos
19) Ernani Leonel Dias Müzell - 20 pontos



Hamilton é o dono de Montreal

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Na corrida em que Lewis Hamilton igualou o número de poles positions de Ayrton Senna e venceu a prova, a decisão aconteceu na largada. Segundo no grid, o líder do campeonato, Sebastian Vettel, partiu para cima do rival inglês, mas outros dois pilotos, Valtteri Bottas e Max Verstappen, foram mais rápidos e superaram o alemão da Ferrari.
Vettel ficou então no meio de Bottas e Verstappen. Na tomada da curva 1, o lado direito do bico da Ferrari bateu no pneu traseiro esquerdo da Red Bull, a do holandês. Hamilton foi embora e Vettel teve de ir para o box depois de duas voltas, pois precisava colocar um bico novo, caindo para o último.
Ainda no início do GP do Canadá, sétima etapa da temporada, disputado neste domingo, o espanhol Carlos Sainz Jr. bateu no francês Romain Grosjean e foi arremessado contra a Williams de Felipe Massa, acabando com a prova dos dois.
Vettel colocou os pneus vermelhos – supermacios -, os segundos mais rápidos para esta corrida, indicando que teria mais uma parada para fazer. Enquanto isto, Hamilton, em uma grande atuação e sem erros, solidificava cada vez mais sua terceira vitória no ano, seguido por Verstappen, Bottas e Daniel Riccardo. No entanto, Verstappen foi obrigado a abandonar com possíveis problemas de potência no motor. Pronto, ficava ali definida a primeira dobradinha da Mercedes na temporada.
A partir dali, a corrida passou a ser uma sucessão de monotonia, com as Mercedes controlando o ritmo e fazendo apenas um pit stop e com a Force India brilhando com seus dois pilotos, o mexicano Sergio Perez e o francês Esteban Ocon, um dos grandes nomes da prova no circuito Gilles Villeneuve, ao lado, naturalmente, de Hamilton e Vettel, que escalou o pelotão e terminou em quarto lugar, tirando as posições dos representantes da Force India no final, dando um presente para os olhos dos aficionados ao fazer uma ultrapassagem de mestre sobre o ótimo Ocon.
A sétima etapa do Mundial de Fórmula-1 não veio para o Brasil pela Globo, mas mesmo assim os telespectadores foram poupados das asneiras habituais dos responsáveis pela transmissão, desta vez, do SporTV. Irresponsavelmente, a turma da TV passou a acusar acintosamente a equipe Ferrari por ter chamado Kimi Raikkonen para a segunda parada de box, o que seria, para os caras da TV, uma manobra para beneficiar Vettel, tirando seu companheiro finlandês de sua frente. Algumas voltas depois, Vettel também foi chamado aos boxes, com o trio do canal por assinatura silenciando sobre o assunto.
Entretanto, narrador e comentaristas voltaram à carga quando Vettel apareceu nas imagens novamente à frente de Raikkonen, passando de novo a hostilizar a equiper italiana. Segundos após, uma cena recuperada mostrou que o finlandês tinha saído da pista na última chicane do traçado de Montreal. A verdade é que Raikkonen estava enfrentando problemas com os freios, uma particularidade sempre dramática do circuito canadense. O que fez o trio então? Foi tratar de outros assuntos, nem ao menos tendo a honradez de pedir desculpas ao telespectador.
Tirando as péssimas impressões vindas da TV, a vitória de Hamilton foi o que melhor poderia ter acontecido para a continuação das emoções da guerra pelo título entre Vettel e Hamilton, com a diferença agora caindo de 25 para 13 pontos. Daqui a duas semanas, o duelo das duas grandes estrelas do momento continuará na pista de rua de Baku, no Azerbaijão.
Vettel e Hamilton são dois dos três monstros sagrados da F-1 na atualidade. O outro, Fernando Alonso, vindo de sua brilhante atuação nas 500 Milhas de Indianápolis, há duas semanas, fez o que pode no Canadá com a problemática McLaren/Honda. Neste domingo, já no apagar das luzes da prova, o motor colocou o espanhol novamente a pé, junto às arquibancadas do Grampo de Montreal. E Alonso, de bem com a vida, não teve dúvidas, saiu do carro e foi para o meio dos torcedores, em uma imagem inédita na F-1.



Resultado do GP do Canadá

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1) L. Hamilton – Mercedes – 1h33min05s154
2) V. Bottas – Mercedes – a 19s783
3) D. Ricciardo – Red Bull – a 35s297
4) S. Vettel – Ferrari – a 35s907
5) S. Perez – Force India – a 40s476
6) E. Ocon – Force India – a 40s716
7) K. Raikkonen –Ferrari – a 58s632
8) N. Hulkenberg – Renault – a 1min00s374
9) L. Stroll – Williams – a uma volta
10) R. Grosjean – Haas – a uma volta
11) J. Palmer – Renault – a uma volta
12) K. Magnussen – Haas – a uma volta
13) M. Ericsson – Sauber – a uma volta
14) S. Vandoorne – McLaren – a uma volta
15) P. Wehrlein – Sauber – a duas voltas
16) F. Alonso – McLaren – não completou
17) D. Kvyat – Toro Rosso – não completou
18) M. Verstappen – Red Bull – não completou
19) F. Massa – Williams – não completou
20) C. Sainz Jr – Toro Rosso – não completou
Volta mais rápida – L. Hamilton – Mercedes – 1min14s551



"Para sempre, o melhor"

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Lewis Hamilton postou na noite de sábado no seu Face uma homenagem para Ayrton Senna, seu ídolo. Uma imagem vale mais que mil palavras, é só olhar a foto aí de cima. Só acrescento a frase que ele escreveu em português:
"Longa vida para o legado do Ayrton. Para sempre, o melhor."



Hamilton se iguala a Senna. Em poles...

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Aos 32 anos, dois a menos do que Ayrton Senna tinha ao ficar com a melhor marca do treino oficial do GP de San Marino de 94, Lewis Hamilton chegou à marca de seu ídolo neste sábado, em Montreal. O também tricampeão da Mercedes superou em pouco mais de três décimos de segundo o rival pelo título da temporada, Sebastian Vettel, e alcançou a pole de número 65. E o recorde do circuito Gilles Villeneuve? Também foi para o espaço. Os dois pretendentes ao título foram os únicos a baixarem da casa de 1 minuto e 12 segundos. Logo após ter garantido a primeira posição do grid do GP do Canadá, sétima etapa do ano, Hamilton ganhou da família Senna uma réplica do capacete usado pelo brasileiro e chorou feito criança.
A dupla principal da temporada foi seguida neste sábado por Valtteri Bottas, Kimi Raikkonen, Max Verstappen, Daniel Ricciardo e Felipe Massa, comprovando que esta posição é o máximo que o veterano brasileiro pode conseguir se as duplas de Ferrari, Mercedes e Red Bull não tiverem problemas pelo caminho.
O GP do Canadá está previsto para as 15h (nosso horário) de domingo, e será mostrado ao vivo para o Brasil pelo SporTV.



Resultado da classificação para o GP do Canadá

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1) L. Hamilton – Mercedes – 1min11s459
2) S. Vettel – Ferrari – 1min11s789
3) V. Bottas – Mercedes – 1min12s177
4) K. Raikkonen – Ferrari – 1min12s252
5) M. Verstappen – Red Bull – 1min12s403
6) D. Ricciardo – Red Bull – 1min12s557
7) F. Massa – Williams – 1min12s858
8) S. Perez – Force India – 1min13s018
9) E. Ocon – Force India – 1min13s135
10) N. Hulkenberg – Renault – 1min14s293

11) D. Kvyat – Toro Rosso
12) F. Alonso – McLaren
13) C. Sainz Jr – Toro Rosso
14) R. Grosjean – Haas
15) J. Palmer – Renault

16) S. Vandoorne – McLaren
17) L. Stroll – Williams
18) K. Magnussen – Haas
19) M. Ericsson – Sauber
20) P. Wehrlein – Sauber



Treino livre 3 para o GP do Canadá

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1) S. Vettel – Ferrari – 1min12s572
2) K. Raikkonen – Ferrari – a 0s292
3) L. Hamilton – Mercedes – a 0s354
4) M. Verstappen – Red Bull – a 0s393
5) V. Bottas – Mercedes – a 0s638
6) N. Hulkenberg – Renault – a 0s921
7) F. Massa – Williams – a 0s955
8) D. Ricciardo – Red Bull – a 0s973
9) E. Ocon – Force India – a 1s063
10) C. Sainz Jr – Toro Rosso – a 1s095
11) D. Kvyat – Toro Rosso – a 1s216
12) F. Alonso – McLaren – a 1s313
13) S. Perez – Force India – a 1s384
14) R. Grosjean – Haas – a 1s422
15) J. Palmer – Renault – a 1s530
16) S. Vandoorne – McLaren – a 1s656
17) K. Magnussen – Haas – a 1s820
18) L. Stroll – Williams – a 1s837
19) M. Ericsson – Sauber – a 2s311
20) P. Wehrlein – Sauber – a 2s393



Raikkonen brilha à tarde no Canadá

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Com um Lewis Hamilton muito disposto no circuito em que ele conquistou sua primeira vitória na Fórmula-1, em 2007, com a McLaren, o primeiro dia de treinos livres para o GP do Canadá, sétima etapa da temporada liderada por Sebastian Vettel, teve intensa briga entre as duas gigantes do momento. Com 25 pontos de desvantagem para o alemão da Ferrari no campeonato, Hamilton andou forte pela manhã no circuito Gilles Villeneuve e marcou a volta mais rápida. À tarde, no entanto, a Ferrari reagiu e comandou a sessão com Kimi Raikkonen, o pole position da etapa anterior, em Mônaco.
Vettel ficou com a terceira marca do dia, atrás de Hamilton e à frente de Valtteri Bottas, Max Verstappen, Felipe Massa e Fernando Alonso, que retornou de sua aventura nas 500 Milhas de Indianápolis e conseguiu a boa marca nesta sexta-feira utilizando apenas a força de seu talento, pois passou o dia reclamando do carro da McLaren e, principalmente, do motor Honda. Um dos especialistas da pista canadense, Daniel Riccardo teve uma série de problemas na parte da tarde, ficando dentro do box quase todo o tempo.
A classificação do GP do Canadá está prevista para as 14h (nosso horário) deste sábado. A corrida começa às 15h no domingo. Tudo entra para o Brasil pelo SporTV, pois a Globo prefere mostrar a rodada do Brasileirão no domingo.

1.   Raikkonen, Ferrari, 1:12:935 – 41 voltas
2.   Hamilton, Mercedes, a 0:215 – 41
3.   Vettel, Ferrari, a 0:265 – 41
4.   Bottas, Mercedes, a 0:375 – 42
5.   Verstappen, Red Bull, a 0:453 – 25
6.   Massa, Williams, a 1:128 – 38
7.   Alonso, McLaren, a 1:310 – 19
8.   Ocon, Force India, a 1:364 – 46
9.   Kvyat, Toro Rosso, a 1:526 – 38
10. Perez, Force India, a 1:566 – 41
11. Grosjean, Haas, a 1:631 – 33
12. Hulkenberg, Renault, a 1:669 – 38
13. Sainz Jr., Toro Rosso, a 1:686 – 43
14. Magnussen, Haas, a 1:741 – 35
15. Riccardo, Red Bull, a 2:137 – 8
16. Palmer, Renault, a 2:192 – 40
17. Stroll, Williams, a 2:305 – 40
18. Ericsson, Sauber, a 2:676 – 31
19. Vandoorne, McLaren, a 2:689 – 20
20. Wehrlein, Sauber, a 3:377 - 31



Eu já sabia!

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Nesta quinta-feira no circuito Gilles Villeneuve, aconteceram as tradicionais entrevistas com alguns pilotos que participarão da corrida de domingo. Enquanto torcedores passeavam pelo Parque de Montreal, na ilha artificial de Notre Dame, erguida para a Olimpíada de 76, levando a Ferrari literalmente na cabeça, Lewis Hamilton e Fernando Alonso eram atrações na sala de imprensa. O primeiro por ser um dos protagonistas do campeonato, ao lado de Sebastian Vettel, o líder, e o segundo por estar retornando à F-1 depois de sua brilhante participação nas 500 Milhas de Indianápolis, a qual comandou a maior parte do tempo mas teve quebra de motor a menos de 30 voltas para o final.
Com duas péssimas corridas no ano (Rússia e Mônaco), Hamilton está pressionado. Na semana passada, ele disse que o problema neste ano está sendo a instabilidade do carro. É mesmo, Lewis? É óbvio o que falta no bólido da Mercedes: alguém que encontre os acertos da máquina a cada prova, coisa que deveria ser competência sua, Lewis! Amigos, acompanhem minha coluna desta semana para o site Esporte de Fato, do meu amigo Luiz Humberto, do Rio. Podem ver que eu já sabia!
No próximo domingo, a Fórmula 1 dá um tempinho na fase europeia do calendário para uma breve visita à América, com o GP do Canadá, sétima etapa do Mundial. E a alça de mira continua apontada para o inglês Lewis Hamilton, colocado a 25 pontos do líder Sebastian Vettel.
Tudo isto por conta de uma surpreendente irregularidade do tricampeão da Mercedes, apático em duas etapas de uma temporada na qual era apontado como o grande favorito para o título. Afinal, está sentado novamente no cockpit da grande Flecha de Prata alemã, dona absoluta do circo nas últimas três temporadas. Para arrematar a sua condição, Hamilton finalmente estaria livre do companheiro e ferrenho oponente Nico Rosberg, atual campeão e aposentado precocemente.
Mas o campeonato tratou de desmentir os prognósticos. A Ferrari veio forte nas mãos de Vettel e, ao mesmo tempo, Hamilton protagonizou duas corridas irreconhecíveis, na Rússia e em Mônaco. Tão logo terminou a prova no Principado, com nova conquista do rival alemão, as conversas de paddock indicaram uma só direção: "o que está acontecendo com Hamilton?".
Na semana passada, o inglês tomou uma decisão, anunciando pela imprensa que iria à sede da equipe para ver se alguma coisa estava errada com sua máquina. Mais uma bola fora! Qualquer piloto pretendente ao titulo sabe que acompanhar a construção e o desenvolvimento do carro na fábrica é essencial. Apenas ficando na Mercedes, Rosberg era o chamado "rato de laboratório", sempre presente na sede da escuderia. Mais: já aposentado e escolhido como uma espécie de embaixador da Mercedes, Rosberg esteve na casa da estrela de três pontas em janeiro, acompanhando os trabalhos finais em um carro que ele nem pilotaria..
Todas estas mancadas de Hamilton nos levam aos bons tempos dos grandes acertadores de carro da Fórmula 1, atualmente meio ausentes porque os ajustes finos são feitos mais pelos engenheiros e seus computadores do que pelos pilotos. No entanto, o trabalho das maiores estrelas do circo ainda são necessários.
Na arte de acertar um carro, nenhum nome é mais lembrado que o de Nelson Piquet. Exímio ao volante e nos ajustes, o brasileiro tricampeão foi insuperável no quesito. Se um piloto reúne as duas qualidades, ganha contornos de ser um corredor completo e a admiração eterna dos membros da equipe, aqueles caras que ralam nos boxes para dar a arma necessária para a luta pela vitória. Piquet é idolatrado ainda hoje quando dá uma conferida in loco nos bastidores em alguma prova escolhida a dedo, pois Piquet é avesso ao estrelismo. Quando comparece em um autódromo, quase sempre está no abrigo da garagem de uma equipe, conversando com os amigos.
Em 1987, em meio à briga insana contra o inglês Nigel Mansell – talvez o maior "braço" que a Fórmula 1 teve mas um obtuso completo em acertar um carro -, Piquet escondia os ajustes até a hora da largada. No mesmo ano, o brasileiro fez sozinho todos os testes com a suspensão ativa – o carro "lê" as irregularidades do asfalto à frente e corrige automaticamente a altura em relação ao chão. Na primeira corrida com o dispositivo, Piquet deu uma lavada no companheiro em Monza, deixando o 'Leão' comendo poeira.
Como o inglês não conseguiu pilotar com aquela geringonça ultramoderna, a equipe – britânica e defensora do compatriota – decidiu suspender o uso do sistema. Em 88, todas as grandes escuderias resolveram imitar a suspensão ativa idealizada pela Williams e desenvolvida por Piquet.
Infelizmente, a arte dos acertadores não parece ser mais tão importante. Entretanto, Hamilton deveria saber que acompanhar o trabalho técnico em seu carro é vital para seu próprio sucesso.
Em tempo: o comportamento do carro da Mercedes não tem nada de irregular. Nas mesmas provas em que Hamilton andou mal, o companheiro Valtteri Bottas brigou sozinho, e bem, com as Ferrari.



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