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Zanardi, "O Cara"!

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Alessandro Zarnardi, ou simplesmente Alex Zanardi, italiano de 49 anos, nascido em Bologna no dia 23 de outubro de 1966, é "O Cara"!. Qualquer outra coisa menos do que isso, é desprezível.
Pois "O Cara" ganhou nesta quarta-feira, no Rio, a medalha de ouro no ciclismo contrarrelógio na nova categoria H5, prova disputada com uma handbike, triciclo que pode ser movido pelas mãos. É a quarta medalha de Zanardi em Jogos Paralímpicos. Em Londres 2012, o ex-piloto da Fórmula-1 e bicampeão da Fórmula-Indy pela equipe Chip Ganassi (1997 e 1998) conquistou dois ouros, nas provas de estrada e de contrarrelógio (H4), e uma prata, no revezamento por equipes (H4), todas disputadas em um autódromo, em Brands Hatch, na Inglaterra.
Mas por que Alex Zanardi é "O Cara"? Ele não tem as pernas, perdidas em um horroroso acidente no circuito oval de Lausitz, na Alemanha, em 2001, e, mesmo assim, nunca perdeu a vontade de viver. Corria pela equipe Mo Nunn, ao lado do brasileiro Felipe Giaffone. No início daquele ano, Zanardi retornava à Indy, depois de sua volta à F-1, na Williams, em 1999. Pude acompanhar todos os movimentos da equipe de Zanardi e Giaffone na prova de estreia daquela temporada, no circuito de Parque Fundidora, em Monterrey, no México.
Tinha sido convidado na viagem pela equipe Mo Nunn, patrocinada pela Souza Cruz. Naqueles dias, embora fosse um superstar da Indy, com dois títulos, Zanardi andava pela paddock e dependência da equipe como se fosse um cara comum, totalmente avesso a estrelismos. O italiano é tatibitati ao falar. Sempre sorridente, o cara conversava com todo mundo, sempre na maior humildade.
Na fase europeia da Indy naquele ano, na segunda prova, após a etapa na Inglaterra, Zanardi voltava de um pit stop de reabastecimento e troca de pneus e escorregou o carro na saída dos boxes. O canadense Alex Tagliani vinha pela reta em velocidade plena e atingiu o carro do italiano bem no meio, rasgando-o em dois, exatamente onde estavam as pernas de Zanardi.
Alex Zanardi teve as pernas irremediavelmente comprometidas, foi submetido a diversas cirurgias de emergência e precisou amputá-las acima do joelho. Perdeu 75% do sangue e correu sério risco de morte, necessitando ser reanimado por sete vezes.
Era o fim de sua carreira no automobilismo, embora tenha competido mais tarde em carros especiais.  Matou a saudade das pistas, inclusive, em 2014, na temporada do Mundial de Grã Turismo, e no ano passado, nas 24 Horas de Spa-Francorchamps.
Após o terrível acidente na Alemanha, em 2001, o mundo parou apreensivo para ver qual seria a reação de Zanardi depois que retomasse a consciência no hospital. Ele era casado e tinha uma pequena filha (ainda as tem). Quando acordou e soube do seu estado permanente, olhou para as duas e falou serenamente: "tenho vocês duas. Está tudo bem!".
É "O Cara"!



Gaúcho conquista a F-3 Inglesa

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O caminho percorrido pelos brasileiros Emerson Fittipaldi (SP), em 1969, José Carlos Pace (SP), 70, Nelson Piquet (RJ), 78, Chico Serra (SP), 79, Ayrton Senna (SP), 83, Maurício Gugelmin (SC), 85, Rubens Barrichello (SP), 91, Gil de Ferran (Paris, FRA), 92, Mário Haberfeld (SP), 98, Antônio Pizzonia (AM), 2000, Nelsinho Piquet (Heidelberg, ALE), 2004, e Felipe Nasr (DF), 2011, está sendo trilhado agora por Matheus Leist, 18 anos, de Novo Hamburgo (RS), que conquistou o título da emblemática Fórmula-3 Inglesa.
O título do menino gaúcho veio no último fim de semana, ao vencer a prova e conquistar mais dois Top 5 na rodada tripla disputada no circuito de Donington Park, o mesmo onde Senna deu um show na largada do GP da Europa de 1993, no qual passou cinco pilotos na primeira volta e assumiu a liderança, sob intensa chuva.
- Estou muito contente com esse título. Ele vai para a minha família, para a cidade de Novo Hamburgo e todos que me apoiam nessa difícil missão – disse Matheus.
O piloto gaúcho descontou uma diferença de 15 pontos que tinha para o inglês Ricky Collard. Matheus pretende continuar a carreira na Europa, dependendo, claro, de patrocínios. Mas esse título dá credenciais muito importantes para o guri. Estamos com ele!
- Vou estudar com calma a sequência da minha carreira, mas tenho certeza de que boas portas vão se abrir depois desse título - afirma Matheus.
Com certeza, piá!



Quem vence em Cingapura?

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Pois é, chegamos à décima quinta etapa do Mundial, no breu das tocas do circuito de Marina Bay, em Cingapura. Claro que estou exagerando com a escuridão do circuito de rua asiático, mas fica muito aquém da luminosidade dos fantásticos Bahrein e Abu Dhabi.
Aliás, uma dúvida pertinente desde a estreia desta prova, em 2008, naquelas lambanças do Nelsinho Piquet e do Flavio Briatore para dar a vitória ao Fernando Alonso e da ridícula mangueira de reabastecimento de combustível da Ferrari presa ao carro do Felipe Massa, é sobre a chuva. Tem ou não tem corrida com chuva à noite?
Digo isso porque o serviço de meteorologia está apontando chuva para os três dias do GP de Cingapura. Pra mim, não tem prova à noite com chuva. Um dos problemas são os pingos na viseira dos pilotos. Com a água na viseira somada à luz artificial, cria imagens distorcidas. O que não é nada bom próximo de 300 km/h.
As apostas devem ser colocadas nos comentários deste post (clicando em "Ler tudo" no fim do post) ou serem enviadas para o meu e-mail (danieldias10259@gmail.com) ou (diasaovolante@diasaovolante.com) até cinco minutos antes do início do treino de classificação no sábado. Boa sorte!

Regulamento e itens para Marina Bay:
Pole: sobrenome do piloto - 5 pontos
Segundo do grid: sobrenome do piloto - 2 pontos
Vencedor: sobrenome do piloto - 25 pontos
Equipe com mais pontos na etapa: nome da equipe - 5 pontos
Melhor equipe, fora de Mercedes e Ferrari, classificada no final da prova. Pode até essa equipe ser a vencedora da etapa. Vale só o piloto mais bem classificado dessa equipe na prova: vale 5 pontos
Segundo colocado da prova: sobrenome do piloto - 20 pontos
Terceiro colocado da prova: sobrenome do piloto - 15 pontos
Quarto colocado da prova: sobrenome do piloto - 10 pontos
Quinto colocado da prova: sobrenome do piloto - 5 pontos
Piloto com mais voltas na liderança: sobrenome do piloto - 5 pontos
Volta mais rápida da prova: sobrenome do piloto - 5 pontos
Último colocado da prova (segundo a cronometragem oficial da FIA): sobrenome do piloto - 15 pontos
Gabaritar os cinco primeiros na ordem certa de classificação da prova - 15 pontos
Acertar os cinco primeiros no final da prova sem a ordem exata - 5 pontos

Para acompanhar ao vivo todos os lances do GP de Cingapura:
Sexta-feira: 7h, primeiro treino livre, 10h30min, segundo treino livre, ambos pelo Sportv.
Sábado: 7h, terceiro treino livre, 10h, classificação, ambos pelo Sportv.
Domingo: 9h, corrida, pela Globo.



15 anos do 11 de Setembro

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Neste domingo, dia 11 de setembro, completam-se 15 anos dos atentados aos EUA, feitos pela Al Qaeda, do terrorista saudita Osama Bin Laden, morto pelo governo de Barack Obama no dia 2 de maio de 2011, no Paquistão, após uma caçada de mais de 10 anos.
Em 2001, cinco dias depois do 11 de Setembro, houve o GP da Itália, sob intensa comoção pelo terror havido no Word Trade Center e no Pentágono, por aviões comerciais norte-americanos sequestrados por fanáticos a mando da Al Qaeda.
Michael Schumacher, já campeão naquela temporada, era um dos membros do circo da Fórmula-1 mais abalados naqueles tempos difíceis. O futuro heptacampeão do mundo correu com a Ferrari sem patrocínios e pintada de preto no bico, como dá para ver na foto aí de cima.
Schumacher chegou na quarta posição na corrida, atrás do colombiano Juan Pablo Montoya (Williams), Rubens Barrichello (Ferrari) e o alemão Ralf Schumacher (Williams).
Agora, a prova próxima da data dos 15 anos do 11 de Setembro será o GP de Cingapura, dia 18 de setembro, na semana que vem. Obviamente, não existe mais a grande comoção de 2001, mas uma grande ferida duramente cicatrizada.



Perfil de Nico Hulkenberg

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Dando prosseguimento aos perfis dos pilotos do atual grid da Fórmula-1, desta vez temos o alemão Nicolas Hulkenberg, 29 anos, nascido na cidade de Emmerich no dia 17 de agosto de 1987. Nico Hulkenberg é um dos caras mais injustiçados da história da F-1. Dono de um talento incomum para pilotar, Nico foi o pole position do GP do Brasil de 2010, a bordo de uma Williams, que andava por baixo naquela época. O alemão se aproveitou do chove não molha do treino oficial para garantir a primeira posição do grid. Era o companheiro de equipe do Rubens Barrichello. No final do ano, Nico foi demitido pela Williams.
Depois, foi para a Force India por dois anos, para a Sauber em 2013 e voltou para a equipe indiana em 2014. Apesar de todo o seu talento, Nico Hulkenberg jamais foi lembrado por uma equipe grande da F-1. Problema delas!

- Uma comida:
NH: sushi.

- Pizza:
NH: atum e cebolas.

- Melhor companheiro de equipe:
NH: Rubens Barrichello.

- Férias:
NH: Mallorca (Espanha).

- Um circuito:
NH: Spa.

- Carro de rua:
NH: Porsche 918 Spider.

- Carro de corrida:
NH : algum carro divertido e legal GT, talvez um carro GT1.

- Esporte para praticar:
NH: tênis.

- Cor de roupa:
NH: preto.

- Música para ouvir:
NH: algumas músicas pops alemãs.

– Uma bebida:
NH: margarita, cerveja ou água, dependendo da situação, mas uma margarita em primeiro lugar! (risos).

- Um livro:
NH: não leio muito.

- Uma cidade para viver:
NH: Monte Carlo.

- Um filme:
NH: uma comédia com certeza, algo que me faça rir até chorar.

- Uma pessoa para conviver:
NH: não posso simplesmente ficar sozinho?

- Uma fruta:
NH: manga.

- Cantor:
NH: Lady Gaga.

- Salada:
NH: de cogumelos.

- Transporte:
NH: um jato particular.

- Um game:
NH: posso dizer um cartão de crédito ilimitado? Isso seria o melhor game para jogar (risos).

- Uma curva da F-1:
NH: duas de Mônaco, Tabac e S da Piscina.

- Uma idade perfeita:
NH: 29 anos, a minha, é perfeita.

- Uma época da F-1 para correr:
NH: a década de 80.

- Um exercício físico:
NH: remo.

- Coleção:
NH: carros e relógios.

- Calçado:
NH: tenho um fraco por calçados. Qualquer tipo de sapato. Melhor, tênis, fácil de usar e de andar.

- Doce:
NH: croissant.

- Melhor lembrança da carreira:
NH: 24 Horas de Le Mans do ano passado (ele venceu na Geral).

- Uma competição:
NH: MotoGP.

- Uma mulher:
NH: posso escolher duas? Salma Hayek e Jennifer Lawrence.



Enquanto Bernie está por perto, tá bom!

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Com a confirmação da compra dos direitos da Fórmula-1 pela Liberty Media Corporation, conglomerado de telecomunicações dos EUA, a preocupação agora é sobre o que ocorrerá com a principal categoria do automobilismo depois da aposentadoria do inglês Bernie Ecclestone, de 85 anos. Mesmo com a transação multimilionária, o chefão ainda estará na ponta das decisões da F-1 por pelo menos três anos, até passar o bastão definitivamente.
A negociação está sendo feita em duas etapas. Primeiro, o grupo norte-americano comprou 100% da Delta Topco, que gere a Formula One Group e 18% das ações da CVC Capital Partners por US$ 746 milhões. O restante das ações, somando 35%, serão dos novos donos no início do próximo ano. A Liberty Media pagará US$ 4,4 bilhões e assumirá US$ 4,1 de passivos da F-1.
Em um primeiro momento, a notícia para os amantes da F-1 é boa. Com um grupo de telecomunicações especializado em marketing, a categoria deve se aproximar mais do público. Isso, cá entre nós, Ecclestone nunca soube fazer direito.
Mas tem o outro lado da moeda. Tudo que a gente conhece do extraordinário business/esportivo/show que é a F-1 moderna, um troço de outro planeta, foi feito com mão de ferro do Bernie, com espetacular competência.
Antes de o homem assumir a categoria, nos anos 80 – antes ele era o chefe de equipe da Brabham -, a F-1 era um evento esportivo feito praticamente no fundo de quintal por abnegados construtores (exagero à parte, claro) e pela já poderosa Ferrari.
Bernie fez tudo, ao lado de um grupo de amigos vindo especialmente da Brabham, ao seu lado. Como será que ficará a F-1 quando o titio Ecclestone for embora. Fico um pouco preocupado.



Para Hamilton, F-1 está na retranca

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O inglês Lewis Hamilton, ao lado do alemão Sebastian Vettel, é o piloto com mais sucesso na Fórmula-1 nesta década. Aliás, apenas os dois conquistaram títulos desde 2010. Apesar disso, o atual campeão não está satisfeito com os rumos da categoria.
Se preparando para o GP de Cingapura, previsto para o dia 18 deste mês, o piloto da Mercedes não esconde sua contrariedade com os carros e as regras de agora. E é também descrente por um outro panorama com os novos carros em 2017. Para ele, os bólidos terão desenho diferente, serão mais pesados, terão pneus mais largos, mas as regras serão as mesmas:
- A partir da largada, temos de poupar pneus, combustível e o motor. Não é como antigamente, quando podíamos baixar o pé o tempo todo. É como se a F-1 corresse na retranca. Não é isso o que o público quer ver. Nem nós.
Sou obrigado a concordar 100% com o Lewis.



O limite entre a loucura e a genialidade

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Max Verstappen, 18 anos, é o maior expoente surgido na Fórmula-1 na segunda década deste século. Dono de um estilo arrojado e técnico, o cidadão holandês nascido em um pequeno vilarejo da Bélgica atraiu uma multidão de fãs ao principal circuito do planeta, Spa-Francorchamps, há duas semanas. Todos vestidos de laranja, a cor no esporte da Holanda, viram o garoto brilhar mais uma vez nos treinos, assumindo o segundo posto na classificação do grid, atrás somente de uma poderosa Mercedes.
Tudo foi por terra depois de poucos metros na largada, com Verstappen tracionando mal sua Red Bull e tentando se recuperar em seguida. Os momentos posteriores, no entanto, foram desastrosos. Max foi autor de uma curva desastrada no "grampo" inicial de Spa, provocando uma confusão para quem vinha em perseguição ao líder, e vencedor, da etapa, o alemão Nico Rosberg.
Caindo para as últimas posições e arrastando também as Ferrari do alemão Sebastian Vettel e do finlandês Kimi Raikkonen, Verstappen foi autor de outras manobras perigosas na décima terceira corrida do campeonato. A mais negativa ao forçar uma freada de Raikkonen, que vinha atrás dele e bem mais veloz, em pleno retão Kemmel de Spa.
Se fosse um retardatário, a ação seria qualificada de criminosa. Sendo com Max Verstappen, nem entrou sob as rigorosas investigações dos comissários. Essas atitudes de extremo risco vem ocorrendo com o holandês desde o GP da Inglaterra deste ano. Nunca foram a julgamento. Perguntado após a prova sobre as constantes reclamações de seus colegas de pista, o Max deu de ombros e disse: "os outros que se virem! Não fui punido".
Aí ficou comprovada toda a polêmica envolvendo atualmente o "menino de ouro" da F-1: é louco, genial ou é protegido?
O mais notável piloto marcado com esse carimbo foi o canadense Gilles Villeneuve, morto nos treinos oficiais do GP da Bélgica (vejam só) de 1982, no circuito de Zolder, no qual fez uma tentativa desnecessária de ultrapassagem, bateu a Ferrari na traseira da March do alemão Jochen Mass, decolou e o cinto de segurança se soltou. Gilles seria o campeão naquele ano, mas morreu com a coluna cervical rompida ao se chocar contra o guard-rail. Tinha apenas 32 anos de idade.
Villeneuve até hoje é reverenciado pelos italianos, pois tinha o "espírito da Ferrari". A habilidade do canadense ao volante era inegável. Entretanto, era um insano, um irresponsável. Com as regras atuais da F-1, Gilles, se não mudasse, seria banido do circo. Na sua segunda prova na principal categoria do automobilismo, em 1977, se envolveu em um acidente estúpido com o sueco Ronnie Peterson em Fuji, no Japão. A Ferrari foi parar fora da pista, matando um torcedor e um fiscal.
Enzo Ferrari amava Villeneuve como a um filho, mas não cansava de pedir ao protegido: "pare de estragar meus carros!". Para quem conhecia o Comendador de perto, a morte do canadense foi o último suspiro de vivacidade do velho italiano fundador da lendária escuderia do cavalinho empinado.
Muito tempo atrás, ainda antes de Enzo abrir sua equipe e existir o Mundial de F-1, a literatura da pistas registra a presença de outro mitológico ser delirante ao volante de um bólido de corrida: Tazio Nuvolari. Como Gilles, o italiano competia como cada prova fosse a última de sua vida. Desdenhava o perigo. É igualmente de Enzo Ferrari, ainda piloto e rival de Nuvolari nas pistas, uma das mais célebres frases para definir o estilo do oponente:
– Para mim, correr além do limite é a exceção. Para ele, é a regra!
A F-1 terá de mudar para abrigar Max Verstappen ou o menino holandês terá de se adaptar? A primeira parte da questão está fora de cogitação. Verstappen, sim, terá de encontrar o limite entre a loucura e a genialidade. Terá de respeitar seus colegas. Terá de ver que não corre sozinho.
Na semana passada, o canadense Jacques Villeneuve, campeão em 1997 pela Williams, afirmou que se Verstappen não mudar seu jeito, ainda matará alguém na pista. O piá holandês, em resposta, deu mais uma mostra de sua arrogância e invejável capacidade de colecionar inimigos:
- Ele já matou alguém – falou Max, lembrando de um acidente na Austrália, no qual um pneu solto da BAR de Villeneuve matou um fiscal.
Voltando: Max Verstappen tem de ver, além das coisas que lembrei aí em cima, que ele quer ser apenas um babaca veloz ou um piloto de verdade.



O Bolão depois de Monza

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Credo! O Mauro não sabe brincar e cravou 120 pontos no GP da Itália e venceu a prova, ao lado do Nico Rosberg. O cara deve ter combinado com o Lewis Hamilton naquela largada de meia tigela do tricampeão em Monza. De qualquer jeito, parabéns, Mauro!
O Gabriel continua mantendo a ponta na nossa brincadeira, mas tem muita gente chegando. Tá bom de se ver! A próxima parada é daqui a duas semanas, em Cingapura. Detalhe: no ano passado, as Mercedes viraram mulher do padre nessa corrida, e o Sebastian Vettel ganhou com uma mão nas costas.

Parâmetros utilizados para o GP da Itália:
Dois restantes da Dança das Cadeiras do treino de classificação:
Pole: sobrenome do piloto - HAMILTON
Segundo do grid: sobrenome do piloto - ROSBERG
Vencedor: sobrenome do piloto - ROSBERG
Equipe com mais pontos na etapa: nome da equipe - MERCEDES
Melhor equipe, fora de Mercedes e Ferrari, classificada no final da prova. Pode até essa equipe ser a vencedora da etapa. Vale só o piloto mais bem classificado dessa equipe na prova: RED BULL
Segundo colocado da prova: sobrenome do piloto - HAMILTON
Terceiro colocado da prova: sobrenome do piloto - VETTEL
Quarto colocado da prova: sobrenome do piloto - RAIKKONEN
Quinto colocado da prova: sobrenome do piloto - RICCIARDO
Piloto com mais voltas na liderança: sobrenome do piloto - ROSBERG
Volta mais rápida da prova: sobrenome do piloto - ALONSO
Último colocado da prova (segundo a cronometragem oficial da FIA): sobrenome do piloto - NASR

Itália:
1) Mauro - 120 pontos
2) Marcelo Farias Pererira - 105 pontos
3) Matteus Saldanha - 80 pontos
4) Natanael Felipe Rhoden - 52 pontos
4) Francisco Cavalin - 52 pontos
4) Daniel Dias - 52 pontos
4) Luiz Carlos Herrera - 52 pontos
8) Gabriel Dias - 42 pontos
9) Pedro Henrique - 32 pontos
9) Eduardo Saraiva - 32 pontos
9) Luis Mauro Gonçalves Rosa - 32 pontos
9) Daniel Cardoso - 32 pontos
13) André Borges - 17 pontos
13) Maurício Dias - 17 pontos
13) Mário Gayer do Amaral (Professor) - 17 pontos
16) Itálo Duarte - 0 ponto
16) Romário Braga - 0 ponto
16) Marcelo Vieira - 0 ponto
16) Juliano Schuler - 0 ponto
16) Marcelo Farias Pereira - 0 ponto
16) Ernani Leonel Muzell - 0 ponto

Total:
1) Gabriel Dias - 585 pontos
2) Daniel Cardoso - 563 pontos
3) Francisco Cavalin - 552 pontos
4) Natanael Felipe Rhoden - 545 pontos
5) Luis Mauro Gonçalves Rosa - 544 pontos
6) Marcelos Farias Pereira - 532 pontos
7) Mauro - 483 pontos
8) Luiz Carlos Herrera - 478 pontos
9) Daniel Dias - 462 pontos
10) Matteus Saldanha - 437 pontos
11) Maurício Dias - 436 pontos
12) Mário Gayer do Amaral (Professor) - 392 pontos
13) André Borges - 385 pontos
14) Eduardo Saraiva - 316 pontos
15) Marcelo Vieira - 308 pontos
16) Pedro Henrique - 213 pontos
17) Romário Braga - 194 pontos
18) Juliano Schuler - 149 pontos
19) Itálo Duarte - 27 pontos
20) Ernani Leonel Muzell - 0 ponto



Nico, só com erro do Hamilton!

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Para o Nico Rosberg chegar na frente, alguma coisa tem de acontecer com o Lewis Hamilton. Essa é a maior verdade da Fórmula-1 desde o início de 2014. Em Monza, neste domingo, o tricampeão comeu mosca na largada e o alemão mauricinho foi embora. E, pronto, nada mais ocorreu no GP da Itália.
Podem dizer que o Hamilton se recuperou depois que caiu para sexto na largada e subiu para segundo. Mas isso é mais do que lógico. Ele só não se recuperaria se tivesse andando de ré. A diferença no campeonato caiu para dois pontos, com Hamilton na frente. Calma, para quem gosta de corrida. O piloto inglês será o campeão da temporada. Porque eu gosto do Hamilton? Não, porque a diferença de piloto entre os dois da Mercedes é muito grande.
Não é que o GP da Itália tenha sido monótono. A corrida em Monza é sempre assim. Se não tem dois pilotos com equipamento similar próximos um do outro, não tem briga. O Templo da Velocidade é uma pista fantástica porque é pé embaixo o tempo todo, no entanto, não é Spa, que tem trechos de todos os tipos. Vida longa à Monza! Tenho dito! E não sou candidato a vereador...
O australiano Daniel Ricciardo, o quinto colocado, atrás de Rosberg, Hamilton, Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen, fez a melhor ultrapassagem na prova deste domingo, sobre o Valtteri Bottas, na freada da primeira chicane. Não foi pela ação da asa aberta, não, pois em Monza esse dispositivo não conta quase nada, porque os carros correm praticamente sem asa traseira.
Na outra ponta do balcão da Red Bull, Max Verstappen participou do GP da Itália remediado, depois do que aprontou nas provas mais recentes. Entretanto, cobra é cobra, se o inimigo der as costas, a serpente ataca. É da sua natureza. O holandês doido atacou o pobre do Sergio Perez onde não devia e assustou o mexicano, que escapou da pista para não bater. Sempre digo: atirar o carro para cima do outro em uma curva torcendo para o outro sair da frente, até eu!
A próxima parada é daqui a duas semanas, em Cingapura. Hamilton, por favor, não erra de novo, tá? A gente agradece!
Não falei do aposentado de chinelas? Ah, o Felipe Massa correu todo o tempo em nono lugar. De pijama.



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