Blog da Fórmula-1 de Daniel Dias - Dias ao Volante

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Para Hamilton, F-1 está na retranca

Dias ao Volante
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O inglês Lewis Hamilton, ao lado do alemão Sebastian Vettel, é o piloto com mais sucesso na Fórmula-1 nesta década. Aliás, apenas os dois conquistaram títulos desde 2010. Apesar disso, o atual campeão não está satisfeito com os rumos da categoria.
Se preparando para o GP de Cingapura, previsto para o dia 18 deste mês, o piloto da Mercedes não esconde sua contrariedade com os carros e as regras de agora. E é também descrente por um outro panorama com os novos carros em 2017. Para ele, os bólidos terão desenho diferente, serão mais pesados, terão pneus mais largos, mas as regras serão as mesmas:
- A partir da largada, temos de poupar pneus, combustível e o motor. Não é como antigamente, quando podíamos baixar o pé o tempo todo. É como se a F-1 corresse na retranca. Não é isso o que o público quer ver. Nem nós.
Sou obrigado a concordar 100% com o Lewis.



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O limite entre a loucura e a genialidade

Dias ao Volante
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Max Verstappen, 18 anos, é o maior expoente surgido na Fórmula-1 na segunda década deste século. Dono de um estilo arrojado e técnico, o cidadão holandês nascido em um pequeno vilarejo da Bélgica atraiu uma multidão de fãs ao principal circuito do planeta, Spa-Francorchamps, há duas semanas. Todos vestidos de laranja, a cor no esporte da Holanda, viram o garoto brilhar mais uma vez nos treinos, assumindo o segundo posto na classificação do grid, atrás somente de uma poderosa Mercedes.
Tudo foi por terra depois de poucos metros na largada, com Verstappen tracionando mal sua Red Bull e tentando se recuperar em seguida. Os momentos posteriores, no entanto, foram desastrosos. Max foi autor de uma curva desastrada no "grampo" inicial de Spa, provocando uma confusão para quem vinha em perseguição ao líder, e vencedor, da etapa, o alemão Nico Rosberg.
Caindo para as últimas posições e arrastando também as Ferrari do alemão Sebastian Vettel e do finlandês Kimi Raikkonen, Verstappen foi autor de outras manobras perigosas na décima terceira corrida do campeonato. A mais negativa ao forçar uma freada de Raikkonen, que vinha atrás dele e bem mais veloz, em pleno retão Kemmel de Spa.
Se fosse um retardatário, a ação seria qualificada de criminosa. Sendo com Max Verstappen, nem entrou sob as rigorosas investigações dos comissários. Essas atitudes de extremo risco vem ocorrendo com o holandês desde o GP da Inglaterra deste ano. Nunca foram a julgamento. Perguntado após a prova sobre as constantes reclamações de seus colegas de pista, o Max deu de ombros e disse: "os outros que se virem! Não fui punido".
Aí ficou comprovada toda a polêmica envolvendo atualmente o "menino de ouro" da F-1: é louco, genial ou é protegido?
O mais notável piloto marcado com esse carimbo foi o canadense Gilles Villeneuve, morto nos treinos oficiais do GP da Bélgica (vejam só) de 1982, no circuito de Zolder, no qual fez uma tentativa desnecessária de ultrapassagem, bateu a Ferrari na traseira da March do alemão Jochen Mass, decolou e o cinto de segurança se soltou. Gilles seria o campeão naquele ano, mas morreu com a coluna cervical rompida ao se chocar contra o guard-rail. Tinha apenas 32 anos de idade.
Villeneuve até hoje é reverenciado pelos italianos, pois tinha o "espírito da Ferrari". A habilidade do canadense ao volante era inegável. Entretanto, era um insano, um irresponsável. Com as regras atuais da F-1, Gilles, se não mudasse, seria banido do circo. Na sua segunda prova na principal categoria do automobilismo, em 1977, se envolveu em um acidente estúpido com o sueco Ronnie Peterson em Fuji, no Japão. A Ferrari foi parar fora da pista, matando um torcedor e um fiscal.
Enzo Ferrari amava Villeneuve como a um filho, mas não cansava de pedir ao protegido: "pare de estragar meus carros!". Para quem conhecia o Comendador de perto, a morte do canadense foi o último suspiro de vivacidade do velho italiano fundador da lendária escuderia do cavalinho empinado.
Muito tempo atrás, ainda antes de Enzo abrir sua equipe e existir o Mundial de F-1, a literatura da pistas registra a presença de outro mitológico ser delirante ao volante de um bólido de corrida: Tazio Nuvolari. Como Gilles, o italiano competia como cada prova fosse a última de sua vida. Desdenhava o perigo. É igualmente de Enzo Ferrari, ainda piloto e rival de Nuvolari nas pistas, uma das mais célebres frases para definir o estilo do oponente:
– Para mim, correr além do limite é a exceção. Para ele, é a regra!
A F-1 terá de mudar para abrigar Max Verstappen ou o menino holandês terá de se adaptar? A primeira parte da questão está fora de cogitação. Verstappen, sim, terá de encontrar o limite entre a loucura e a genialidade. Terá de respeitar seus colegas. Terá de ver que não corre sozinho.
Na semana passada, o canadense Jacques Villeneuve, campeão em 1997 pela Williams, afirmou que se Verstappen não mudar seu jeito, ainda matará alguém na pista. O piá holandês, em resposta, deu mais uma mostra de sua arrogância e invejável capacidade de colecionar inimigos:
- Ele já matou alguém – falou Max, lembrando de um acidente na Austrália, no qual um pneu solto da BAR de Villeneuve matou um fiscal.
Voltando: Max Verstappen tem de ver, além das coisas que lembrei aí em cima, que ele quer ser apenas um babaca veloz ou um piloto de verdade.



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O Bolão depois de Monza

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Credo! O Mauro não sabe brincar e cravou 120 pontos no GP da Itália e venceu a prova, ao lado do Nico Rosberg. O cara deve ter combinado com o Lewis Hamilton naquela largada de meia tigela do tricampeão em Monza. De qualquer jeito, parabéns, Mauro!
O Gabriel continua mantendo a ponta na nossa brincadeira, mas tem muita gente chegando. Tá bom de se ver! A próxima parada é daqui a duas semanas, em Cingapura. Detalhe: no ano passado, as Mercedes viraram mulher do padre nessa corrida, e o Sebastian Vettel ganhou com uma mão nas costas.

Parâmetros utilizados para o GP da Itália:
Dois restantes da Dança das Cadeiras do treino de classificação:
Pole: sobrenome do piloto - HAMILTON
Segundo do grid: sobrenome do piloto - ROSBERG
Vencedor: sobrenome do piloto - ROSBERG
Equipe com mais pontos na etapa: nome da equipe - MERCEDES
Melhor equipe, fora de Mercedes e Ferrari, classificada no final da prova. Pode até essa equipe ser a vencedora da etapa. Vale só o piloto mais bem classificado dessa equipe na prova: RED BULL
Segundo colocado da prova: sobrenome do piloto - HAMILTON
Terceiro colocado da prova: sobrenome do piloto - VETTEL
Quarto colocado da prova: sobrenome do piloto - RAIKKONEN
Quinto colocado da prova: sobrenome do piloto - RICCIARDO
Piloto com mais voltas na liderança: sobrenome do piloto - ROSBERG
Volta mais rápida da prova: sobrenome do piloto - ALONSO
Último colocado da prova (segundo a cronometragem oficial da FIA): sobrenome do piloto - NASR

Itália:
1) Mauro - 120 pontos
2) Marcelo Farias Pererira - 105 pontos
3) Matteus Saldanha - 80 pontos
4) Natanael Felipe Rhoden - 52 pontos
4) Francisco Cavalin - 52 pontos
4) Daniel Dias - 52 pontos
4) Luiz Carlos Herrera - 52 pontos
8) Gabriel Dias - 42 pontos
9) Pedro Henrique - 32 pontos
9) Eduardo Saraiva - 32 pontos
9) Luis Mauro Gonçalves Rosa - 32 pontos
9) Daniel Cardoso - 32 pontos
13) André Borges - 17 pontos
13) Maurício Dias - 17 pontos
13) Mário Gayer do Amaral (Professor) - 17 pontos
16) Itálo Duarte - 0 ponto
16) Romário Braga - 0 ponto
16) Marcelo Vieira - 0 ponto
16) Juliano Schuler - 0 ponto
16) Marcelo Farias Pereira - 0 ponto
16) Ernani Leonel Muzell - 0 ponto

Total:
1) Gabriel Dias - 585 pontos
2) Daniel Cardoso - 563 pontos
3) Francisco Cavalin - 552 pontos
4) Natanael Felipe Rhoden - 545 pontos
5) Luis Mauro Gonçalves Rosa - 544 pontos
6) Marcelos Farias Pereira - 532 pontos
7) Mauro - 483 pontos
8) Luiz Carlos Herrera - 478 pontos
9) Daniel Dias - 462 pontos
10) Matteus Saldanha - 437 pontos
11) Maurício Dias - 436 pontos
12) Mário Gayer do Amaral (Professor) - 392 pontos
13) André Borges - 385 pontos
14) Eduardo Saraiva - 316 pontos
15) Marcelo Vieira - 308 pontos
16) Pedro Henrique - 213 pontos
17) Romário Braga - 194 pontos
18) Juliano Schuler - 149 pontos
19) Itálo Duarte - 27 pontos
20) Ernani Leonel Muzell - 0 ponto



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Nico, só com erro do Hamilton!

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Para o Nico Rosberg chegar na frente, alguma coisa tem de acontecer com o Lewis Hamilton. Essa é a maior verdade da Fórmula-1 desde o início de 2014. Em Monza, neste domingo, o tricampeão comeu mosca na largada e o alemão mauricinho foi embora. E, pronto, nada mais ocorreu no GP da Itália.
Podem dizer que o Hamilton se recuperou depois que caiu para sexto na largada e subiu para segundo. Mas isso é mais do que lógico. Ele só não se recuperaria se tivesse andando de ré. A diferença no campeonato caiu para dois pontos, com Hamilton na frente. Calma, para quem gosta de corrida. O piloto inglês será o campeão da temporada. Porque eu gosto do Hamilton? Não, porque a diferença de piloto entre os dois da Mercedes é muito grande.
Não é que o GP da Itália tenha sido monótono. A corrida em Monza é sempre assim. Se não tem dois pilotos com equipamento similar próximos um do outro, não tem briga. O Templo da Velocidade é uma pista fantástica porque é pé embaixo o tempo todo, no entanto, não é Spa, que tem trechos de todos os tipos. Vida longa à Monza! Tenho dito! E não sou candidato a vereador...
O australiano Daniel Ricciardo, o quinto colocado, atrás de Rosberg, Hamilton, Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen, fez a melhor ultrapassagem na prova deste domingo, sobre o Valtteri Bottas, na freada da primeira chicane. Não foi pela ação da asa aberta, não, pois em Monza esse dispositivo não conta quase nada, porque os carros correm praticamente sem asa traseira.
Na outra ponta do balcão da Red Bull, Max Verstappen participou do GP da Itália remediado, depois do que aprontou nas provas mais recentes. Entretanto, cobra é cobra, se o inimigo der as costas, a serpente ataca. É da sua natureza. O holandês doido atacou o pobre do Sergio Perez onde não devia e assustou o mexicano, que escapou da pista para não bater. Sempre digo: atirar o carro para cima do outro em uma curva torcendo para o outro sair da frente, até eu!
A próxima parada é daqui a duas semanas, em Cingapura. Hamilton, por favor, não erra de novo, tá? A gente agradece!
Não falei do aposentado de chinelas? Ah, o Felipe Massa correu todo o tempo em nono lugar. De pijama.



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Resultado do GP da Itália

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1) N. Rosberg – Mercedes – 1h17min28s089
2) L. Hamilton – Mercedes – a 15s070
3) S. Vettel – Ferrari – a 20s990

4) K. Raikkonen – Ferrari – a 27s561
5) D. Ricciardo – Red Bull – a 45s295
6) V. Bottas – Williams – a 51s015
7) M. Verstappen – Red Bull – a 54s236
8) S. Perez – Force India – 1min04s954
9) F. Massa – Williams – a 1min05s617
10) N. Hulkenberg – Force India – a 1min18s656

11) R. Grosjean – Haas – a uma volta
12) J. Button – McLaren – a uma volta
13) E. Gutierrez – Haas – a uma volta
14) F. Alonso – McLaren – a uma volta
15) C. Sainz Jr – Toro Rosso – a uma volta
16) M. Ericsson – Sauber – a uma volta
17) K. Magnussen – Renault – a uma volta
18) E. Ocon – Manor – a duas voltas

19) D. Kvyat – Toro Rosso – não completou
20) P. Wehrlein – Manor – não completou
21) J. Palmer – Renault – não completou
22) F. Nasr – Sauber – não completou

Volta mais rápida – F. Alonso – McLaren – 1min25s340



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Rosberg não atende recado. Hamilton é pole em Monza!

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Com o recado recebido pelo companheiro de Mercedes Lewis Hamilton na sexta-feira, de "que tinha de ser mais rápido para vencer em Monza", o alemão Nico Rosberg foi para a pista neste sábado com isto na cabeça. Conseguiu? Nada! O tricampeão ainda humilhou no finalzinho da classificação sendo ainda mais veloz e colocando quase meio segundo sobre o alemãozinho do número 6. Quase meio segundo em uma pista como Monza é muito tempo.
As Ferrari de Sebastian Vettel e do finlandês Kimi Raikkonen, nesta ordem, completam a segunda fila, com o finlandês Valtteri Bottas, da Williams, e o australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull, na terceira fila, e o holandês doido Max Verstappen, da Red Bull, e o mexicano Sergio Perez, da Force India, na quarta.
Nenhuma surpresa em Monza. Porque Monza dificilmente tem surpresa. É uma pista lógica  e não muito simpática à zebra.
O aposentado de chinelas Felipe Massa, da Williams, não foi para o Q3. O cara tá aposentado mas não perdeu o costume. "Na minha volta rápida, peguei tráfego e não consegui aquecer os pneus". Pronto! Essa foi a desculpa para este sábado. Para a corrida, o sujeito do carro 19 já deve ter selecionado outra do seu rol de desculpas.
Do grupo da TV Globo – porque o Sportv é Globo também – vem uma coisa intrigante: o que essa gente tem contra o Sebastian Vettel? De tetracampeão e um dos maiores nomes da história da F-1, em todos os tempos, esses sujeitos o reduziram a um "reclamão, que só sabe pedir bandeira azul nas corridas". Vão dormir, vão? Tem mais é que reclamar de piloto obtuso que não obedece bandeira azul na pista. E o Vettel é muito mais do que isto. Aliás, isto que eles espalham, não é isto, como diria a Dilma. E o cara que lidera essa cruzada contra o menino alemão é o meu amigo Lito. Calma, Lito!
Não durma no ponto neste domingo, a partir das 9h (nosso horário) pela Globo. A corrida em Monza é mais rápida do que o próprio circuito italiano.



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Resultado da classificação para o GP da Itália

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1) L. Hamilton – Mercedes – 1min21s135
2) N. Rosberg – Mercedes – 1min21s613
3) S. Vettel – Ferrari – 1min21s972
4) K. Raikkonen – Ferrari – 1min22s065
5) V. Bottas – Williams – 1min22s388
6) D. Ricciardo – Red Bull – 1min22s389
7) M. Verstappen – Red Bull – 1min22s411
8) S. Perez – Force India – 1min22s814
9) N. Hulkenberg – Force India – 1min22s836
10) E. Gutierrez – Haas – 1min23s184

11) F. Massa – Williams
12) F. Alonso – McLaren
13) P. Wehrlein – Manor
14) J. Button – McLaren
15) C. Sainz Jr – Toro Rosso
16) D. Kvyat – Toro Rosso
17) R. Grosjean – Haas – punido +5 posições
18) F. Nasr – Sauber
19) M. Ericsson – Sauber
20) J. Palmer – Renault
21) K. Magnussen – Renault
22) E. Ocon – Manor – sem tempo



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Resultado do Treino Livre 3 para o GP da Itália

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1) L. Hamilton – Mercedes – 1min22s008
2) N. Rosberg – Mercedes – a 0s393
3) S. Vettel – Ferrari – a 0s938
4) K. Raikkonen – Ferrari – a 1s141
5) V. Bottas – Williams – a 1s492
6) F. Massa – Williams – a 1s639
7) D. Ricciardo – Red Bull – a 1s701
8) M. Verstappen – Red Bull – a 1s732
9) S. Perez – Force India – a 1s909
10) E. Gutierrez – Haas – a 2s026
11) N. Hulkenberg – Force India – a 2s033
12) J. Button – McLaren – a 2s096
13) C. Sainz Jr – Toro Rosso – a 2s232
14) R. Grosjean – Haas – a 2s455
15) J. Palmer – Renault – a 2s525
16) M. Ericsson – Sauber – a 2s534
17) F. Alonso – McLaren – a 2s650
18) F. Nasr – Sauber – a 2s707
19) K. Magnussen – Renault – a 2s785
20) D. Kvyat – Toro Rosso – a 2s837
21) P. Wehrlein – Manor – a 2s885
22) E. Ocon – Manor – a 2s930



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Hamilton manda recado para Rosberg

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Mais rápido pela manhã em Monza, o alemão Nico Rosberg recebeu um claro recado do companheiro de Mercedes Lewis Hamilton na sessão livre da tarde do GP da Itália, décima quarta etapa do Mundial, previsto para as 9h (nosso horário) de domingo.
Seria como:
- Se você quiser ganhar aqui, terá de ser bem mais rápido.
Depois de se livrar do tormento de punições por trocas no motor em Spa-Francorchamps, o tricampeão está à vontade no Templo da Velocidade. O GP da Itália tende a ser o início da arrancada final para a conquista do quarto título mundial do piloto inglês, o terceiro seguido.
A Ferrari fez a sua derradeira mudança de atualização do motor para a "corrida de casa". O tetracampeão Sebastian Vettel e o finlandês Kimi Raikkonen terminaram com a terceira e a quarta melhores marcas do dia nesta sexta-feira, com tempos próximos dos da dupla da Mercedes. Os dois pilotos da Haas, espécie de segunda força da Ferrari, o francês Romain Grosjean e o mexicano Esteban Gutierrez, também contam com a nova configuração do motor Ferrari e apareceram bem neste primeiro dia.
O holandês Max Verstappen e o australiano Daniel Ricciardo ficaram em quinto e sexto, mas com tempo mais modestos. Por ter um carro mais no chão, a Red Bull pode "tirar" ainda mais o ângulo da asa traseira para ganhar velocidade nas longas retas de Monza, apesar de não ter o melhor motor.
Já no ocaso definitivo da carreira, anunciado oficialmente na quinta-feira em Monza, Felipe Massa não deve ter mudanças significativas de comportamento no desenrolar da temporada. Na prática, a Williams poderia trocá-lo agora por um piloto com mais disposição.
O terceiro treino livre em Monza, aquele que prepara os carros para a classificação, começa às 6h deste sábado. O treino oficial está marcado para as 9h. Ambos serão mostrados ao vivo pelo Sportv. A corrida vem pela Globo.

1.   Hamilton, Mercedes, 1min22s801
2.   Rosberg, Mercedes, 1min22s994
3.   Vettel, Ferrari, 1min23s254
4.   Raikkonen, Ferrari, 1min23s427
5.   Verstappen, Red Bull, 1min23s732
6.   Ricciardo, Red Bull, 1min24s003
7.   Alonso, McLaren, 1min24s259
8.   Bottas, Williams, 1min24s299
9.   Grosjean, Haas, 1min24s516
10. Button, McLaren, 1min24s549
11. Massa, Williams, 1min24s556
12. Hulkenberg, Force India, 1min24s587
13. Perez, Force India, 1min24s653
14. Gutierrez, Haas, 1min24s674
15. Ericsson, Sauber, 1min24s981
16. Wehrlein, Manor, 1min25s083
17. Sainz Jr., Toro Rosso, 1min25s240
18. Ocon, Manor, 1min25s275
19. Magnussen, Renault, 1min25s555
20. Kvyat, Toro Rosso, 1min25s614
21. Nasr, Sauber, 1min25s643
22. Palmer, Renault, 1min25s833



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Massa parou de correr há seis anos

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Felipe Massa anunciou oficialmente nesta quinta-feira, em entrevista coletiva no circuito de Monza, que se aposentará da Fórmula-1 no final deste ano, no GP de Abu Dhabi. Na prática, porém, a despedida de fato do brasileiro, vice-campeão de 2008, pela Ferrari, foi no GP da Alemanha de 2010, no exato momento em que aceitou uma ordem da equipe italiana para jogar fora uma vitória e abrir passagem para o então companheiro, o espanhol Fernando Alonso.
No ano anterior, Massa sofreu um gravíssimo acidente no treino do GP da Hungria, no qual uma mola solta da Brawn de Rubens Barrichello chocou-se contra seu capacete. Uma batida forte na cabeça é sempre um divisor de águas na vida de um piloto. Essa é a opinião de ninguém menos que Nelson Piquet. Massa ficou fora daquele campeonato, só voltando em 2010.
E aquela vitória que ele jogou fora na Alemanha seria importantíssima para a sua recuperação emocional. Aquele gesto de Massa em Hockenheim foi emblemático. Mais: ele não tinha o direito de ter feito aquilo com ele próprio.
Depois, Massa continuou na Ferrari até 2013, se transferindo para a Williams. Ele fez um bom trabalho no ressurgimento da equipe de Frank Williams, mas andou quase sempre atrás do companheiro, o finlandês Valtteri Bottas.
Massa teve uma carreira de altos e baixos na F-1. Conquistou 11 vitórias, todas na Ferrari, a última no GP do Brasil de 2008. É muito distante! Começou na Sauber e, devido a várias batidas, foi demitido no final do ano, indo para a Ferrari para ser piloto de testes. Com a saída de Rubinho, passou a ser titular da equipe vermelha, ao lado do heptacampeão, e seu amigo, Michael Schumacher.
Em 2006, Schumacher decidiu parar, pela primeira vez, muito em função de o amigo Massa poder continuar na Ferrari. Veio então a melhor fase do brasileiro na F-1, ajudando no título do finlandês Kimi Raikkonen em 2007 e quase sendo campeão em 2008. Em 2009, com os carros com nova configuração, a Ferrari não teve um bom equipamento e Massa afundou junto, além do acidente na Hungria.
Voltou em 2010 e se conformou em ser apenas o escudeiro de Alonso, sem nunca mostrar a mesma garra e estilo de antes do acidente, a não ser no fatídico GP da Alemanha de 2010, seu último brilho na F-1 enquanto lidera a prova.



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