F-1 - Blog da Fórmula-1 de Daniel Dias - Dias ao Volante

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Chute para todos os lados!

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Embora os carinhas do meio estejam chutando mais errado que o Pedro Rocha do Grêmio quando tem só o goleiro pela frente, a lista de Toto Wolff, comandante da Mercedes, para substituir Nico Rosberg em 2017 só tem três nomes, e dois um tanto forçados: o espanhol Fernando Alonso e o finlandês Valtteri Bottas. O nome quente é o do alemão Pascal Wehrlein.
Além de ter contrato com a McLaren, Alonso dificilmente seria chamado para compor novamente a dupla explosiva com o inglês Lewis Hamilton. Bottas também tem contrato assinado, com a Williams. Claro que os dois pilotos podem pressionar as suas equipes para sentar em um dos melhores bancos da atual F-1. Mas eu não creio.
E a própria Mercedes já disse que a opção deve ser mesmo por um "escudeiro" para ajudar Hamilton em mais um título. Aí, é o Wehrlein, claro!



"Quero voltar a ser amigo do Lewis"

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Nico Rosberg acabou se revelando um ótimo sujeito, humano, simples, boa gente e extremamente preocupado com sua família. Depois de uma semana do anúncio de sua saída da Fórmula-1, o filho do Keke e agora também campeão, como o pai, reafirma que não quer mesmo voltar a ser piloto regularmente:
- Talvez, ande de kart, só de brincadeira.
Mas o mais importante é que o Nico quer reatar a velha amizade com Lewis Hamilton, destruída com os três anos de dura batalha entre os dois, desde 2014. Os dois se conhecem desde os 13 anos, de ambos, quando foram companheiros de equipe no kart.
Sempre falo que o melhor jeito de conhecer uma pessoa é pelo seus olhos. Os olhos não mentem. Vejam os olhos do Nico nesta foto aí de cima no pódio do GP de Abu Dhabi, que lhe deu o título.



Mercedes, isto é tiro no pé!

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Menos de uma semana depois que o campeão Nico Rosberg disse que estava indo pra casa, deixando a Mercedes chupando o dedo, a novela da substituição do filho do Keke já tá ficando chata. Toto Wolff e Niki Lauda, os chefes da Flecha Prateada, revelaram que o substituto só deve ser conhecido pelo Natal, e que, preferencialmente, a equipe deve optar por um "escudeiro" para Lewis Hamilton encarar a possível vantagem das Red Bull na próxima temporada, com novo regulamento técnico dos carros. Esse nome seria naturalmente do alemão Pascal Wehrlein, atualmente na Manor, entretanto, piloto da Mercedes.
Mas a maioria dos carinhas da imprensa quer especular. Uns afirmando que a Mercedes está atrás do espanhol Fernando Alonso. Penso que Wolff e Lauda não seriam tão burros em reeditar a dupla explosiva Hamilton/Alonso, que quase levou o Ron Dennis pro hospício em 2007.
Tá certo que os dois pilotos já fizeram as pazes, estão numa boa, inclusive constantemente um elogiando o outro. No entanto, o braseiro está lá. É só colocar os dois a disputar o título na mesma equipe para verem o que acontece...



A volta do GP da França

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Lembram que falei há poucos dias que o circuito de Paul Ricard, na França, pertence ao Bernie Ecclestone, que também está tentando comprar Interlagos? Pois bem, nesta segunda-feira a FIA anunciou a volta da etapa francesa ao calendário da F-1 em 2018, no autódromo do dono do circo.
Sempre achei um desperdício esse fantástico circuito estar fora do calendário, assim como o próprio GP da França. Para voltar a sediar uma etapa do Mundial, pouca coisa tem de ser feita lá. Apenas retoques de algumas arquibancadas. O autódromo foi recentemente reformado. Ecclestone alugará a pista para os organizadores franceses promoverem o retorno de seu GP.
Inaugurado em 1970, Paul Ricard tem mais de cem opções de traçados. Torço para que o GP da França de 2018 utilize o maior deles, com mais de 5,5 quilômetros de extensão e com a totalidade da Reta do Mistral, com os seus quase dois quilômetros de tamanho. Na década de 70, era um barato ver os carros percorrendo essa reta, tendo que alterar a trajetória várias vezes para não dar vácuo para o piloto de trás.
Ah! Mistral é o nome do vento que sopra nessa reta.



Não chamem o Nico de covarde!

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Pouco tempo depois de anunciar sua aposentadoria, depois de apenas cinco dias após ter conquistado o título da F-1, o alemão Nico Rosberg despertou, além da enorme incredulidade do circo e de todas as pessoas que acompanham a principal categoria do automobilismo, várias opiniões, de todos os tipos. Uma, em especial, eu rechaço completamente. Alguns sites lançaram a pergunta se o filho do Keke Rosberg não estaria sendo covarde com sua decisão de parar. Covarde, por que? Um piloto merece esse carimbo depois de ter se arriscado por mais de 10 anos na F-1? Nico foi, sim, extremamente digno e corajoso ao decidir parar estando no auge da carreira.
A surpreendente decisão de Rosberg é inédita nos tempos modernos da F-1, que se iniciaram na década de 70. Outros pilotos ganharam o Mundial e pararam ou foram para outra categoria. O escocês Jackie Stewart venceu o campeonato em 73 e parou, encerrando a carreira com a morte do amigo e companheiro de Tyrrell François Cevert nos treinos do GP dos EUA. Mas Stewart já ía parar mesmo.
O inglês Nigel Mansell conquistou o título em 92 mas foi sumariamente demitido no final da temporada pela Williams. O Leão foi então para a Indy, retornando para poucas corridas em 94. O francês Alain Prost ganhou o Mundial em 93 e encaminhou sua aposentadoria após descobrir que a Williams estava em negociação para contratar Ayrton Senna. Prost também estava em final de carreira.
Sair por decisão própria e no auge, só o Nico! Parabéns, campeão!



Campeão, Rosberg decide parar

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Cinco dias depois de conquistar o título na Fórmula-1, o alemão Nico Rosberg anunciou, poucas horas antes da cerimônia de premiação da temporada em evento promovido pela FIA nesta sexta-feira, que está abandonando as pistas, desde já. Portanto, o piloto de 31 anos não defenderá o título na próxima temporada. Nico revelou que falou para o agora ex-companheiro Lewis Hamilton sobre sua decisão de parar antes do anúncio desta sexta.
Embora seja em "caráter irrevogável" e que "não posso mais ficar arriscando minha família correndo na F-1", não acredito que essa aposentadoria seja definitiva. Muita coisa acontecerá até março, e uma possível reviravolta na decisão de Nico pode vir. De qualquer jeito, o filho do Keke Rosberg foi extremamente digno e corajoso para tomar tal decisão, já que tem a honra de ser o campeão atual e tem um contrato assinado com a Mercedes até 2018.
Toto Wolff, chefe da equipe alemã, disse que foi tomado de surpresa pela decisão de Rosberg. O dirigente, vendo a firmeza de seu piloto, comentou que, apesar da surpresa, aceitou a saída do Nico de imediato.
Tendo apenas o tricampeão Hamilton confirmado para 2017, a Mercedes tem agora um bom tempo para pensar quem será o substituto do campeão. Naturalmente, o alemão Pascal Wehrlein, atualmente na Manor mas com contrato assinado com a equipe prateada, deve ser o segundo piloto da escuderia.
Presente na cerimônia de entrega de prêmios do ano, Felipe Massa se colocou descaradamente à disposição da Mercedes para substituir Rosberg. O brasileiro aposentado da F-1 no GP de Abu Dhabi, há duas semanas, disse que está contente com sua decisão de parar, "mas se fosse para pilotar o melhor carro da F-1", poderia repensar sua aposentadoria.



Bons ventos para a Red Bull

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Falando para o site oficial da Fórmula-1, o austríaco Helmut Marko, comandante e consultor da Red Bull, revelou o otimismo da equipe dos energéticos para a próxima temporada. Considerando o ano de 2016 como "bastante razoável", com a ascensão de Max Verstappen, a confirmação de Daniel Ricciardo, duas vitórias e o segundo lugar no Mundial de Construtores, Marko olha para o futuro com sorriso no rosto.
Para o ex-piloto, responsável pelas duas equipes da Red Bull na F-1, a própria Red Bull e a Toro Rosso, e braço direito do multimilionário Dietrich Mateschitz, o criador e dono da empresa dos energéticos austríacos, a escuderia entra para a próxima temporada com a "aura vencedora". O otimismo de Marko encontra explicação em especial pela mudança de regulamento técnico nos carros e a volta dos pneus mais largos.
Por que?
Fácil! A Red Bull tem o engenheiro aeroespacial Adrian Newey (foto), o gênio da aerodinâmica, como projetista. Esse quesito será de vital importância a partir de 2017. Quem acompanha a F-1, é bom não ir muito atrás de algumas bobagens que estão sendo ditas por aí a respeito dos novos carros, principalmente as vindas da boca do Lito Cavalcanti, comentarista do Sportv.
Os carros serão mais rápidos e terão mais aderência mecânica. Quando souberam desses detalhes, alguns alvoroçados saíram a gritar que essa aderência mecânica acabaria por neutralizar a força aerodinâmica. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Mais: uma completa a outra.
Os novos carros, sim, serão mais difíceis de serem pilotados e projetados. Mas isso é problema dos pilotos e dos projetistas, que logo se adaptam ao novo panorama. A F-1 voltaria, enfim, a ser quase perfeita se os caras fizessem voltar os motores aspirados. Mas, paciência!
Em 2016, a Red Bull conseguiu encarar a poderosa Mercedes em alguns circuitos porque tinha um carro melhor, com a aerodinâmica nascida da cabeça de Newey. Eu sempre disse que este modelo da Mercedes não tem nada de mais em termos de inovações tecnológicas e de construção. O que a barata de Lewis Hamilton e Nico Rosberg tem é motor, ou unidade de potência, como queiram.
Desenvolvido pela AMG, divisão esportiva da Mercedes e vanguardista em propulsão híbrida, o motor é um canhão. Em 2017, a importância desse torpedo será reduzida. Não neutralizada, mas reduzida. E é aí que a tetracampeã de 2010 a 2013, com Sebastian Vettel, se credencia para voltar a comandar a F-1.



Calendário oficial de 2017

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A FIA anunciou oficialmente nesta quarta-feira em Viena o calendário da Fórmula-1 de 2017. Teremos 20 etapas no próximo ano, uma a menos do que em 2016, pois a entidade cancelou realmente o GP da Alemanha. A nossa etapa está confirmada, novamente como a penúltima do calendário, dia 12 de novembro, antes do GP de Abu Dhabi.

1.  26 de março - Austrália (Albert Park)
2.   9 de abril - China (Xangai)
3.   16 de abril - Bahrein (Sakhir)
4.   30 de abril - Rússia (Sochi)
5.   14 de maio - Espanha (Montmeló)
6.   28 de maio - Mônaco (Monte Carlo)
7.   11 de junho - Canadá (Gilles Villeneuve)
8.   25 de junho - Europa (Baku)
9.    9 de julho - Áustria (Zeltweg)
10. 16 de julho - Inglaterra (Silverstone)
11. 30 de julho - Hungria (Hungaroring)
12. 27 de agosto - Bélgica (Spa-Francorchamps)
13. 3 de setembro - Itália (Monza)
14. 17 de setembro - Cingapura (Marina Bay)
15. 1 de outubro - Malásia (Sepang)
16. 8 de outubro - Japão (Suzuka)
17. 22 de outubro - EUA (Circuito das Américas)
18. 29 de outubro - México (Hermanos Rodrigues)
19. 12 de novembro - Brasil (Interlagos)
26. 26 de novembro - Abu Dhabi (Yas Marina)




Valeu, Chape!

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Do jeito como as primeiras notícias chegaram para nós no Brasil e a primeira foto mostrou, infelizmente, com terrível clareza, a tragédia da Chapecoense seria a maior da História de uma equipe esportiva no mundo. Os sobreviventes são obra do milagre, nada mais explica que uma pessoa pudesse sair com vida em meio a um avião destroçado como aquele.
O mundo parou nesta terça-feira para chorar pelo querido clube do oeste catarinense, para todos os integrantes do time, para os jornalistas e a tripulação do avião. Não tem quem atravessasse por este dia sem um choro estampado no rosto ou um tremendo nó na garganta.
Outras tragédias ocorreram com equipes esportivas, entre as quais à do Torino, da Itália, em 49, ou à do Manchester United, da Inglaterra, em 58. O meu Manchester lembrou nesta terça de sua própria tragédia para tentar dar algum conforto para o seu clube irmão brasileiro, lembrando também de como foi difícil seguir sua trajetória no esporte depois daquele acidente ocorrido na Alemanha. O acidente do Manchester em Munique é a foto de cima.
Em Porto Alegre, o meu time daqui, o Grêmio, homenageou a Chapecoense com a foto/montagem com os profissionais que morreram no acidente desta terça e trabalharam no Tricolor dos Pampas. No Face do Internacional, outra bela homenagem com o escudo do time catarinense em preto e branco.
Também alguns pilotos da F-1 enviaram suas condolências para a Chape.
Felipe Massa: Um dia muito triste para o esporte! Desejo muita força por essas famílias!
Lewis Hamilton: Meus pensamentos e orações estão com @ChapecoenseReal e aqueles afetados pela tragédia!
Sergio Perez: Que triste noticia! Minhas orações e pensamentos estão com toda a equipe da@ChapecoenseReal e seus familiares!
Esteban Gutierrez: Me comovo pela terrível notícia do acidente da #Chapecoense. Minha mais sinceras condolências aos familiares e amigos afetados!



Quem era o melhor não estava em discussão

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Nem sempre uma decisão de qualquer modalidade da vida está em jogo quem é o melhor. A decisão de Abu Dhabi, no último domingo, só confirmou isso. Não estava em discussão quem era o melhor, entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg. Essa dúvida nunca existiu. Com um segundo lugar, atrás do companheiro Hamilton, Rosberg ganhou, com méritos, seu primeiro título na F-1. Mas o inglês está muito à frente do alemão.
Poderia dizer que Hamilton é melhor em relação a Rosberg em número de títulos, vitórias, pole positions, em tudo, mas digo apenas que o inglês é melhor em pilotagem, estilo, brilhantismo.
O título da F-1 em 2016 está em boas mãos. Entretanto, não são as melhores. As melhores no momento pertencem a Lewis Hamilton, Sebastian Vettel e Fernando Alonso.



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