F-1 - Blog da Fórmula-1 de Daniel Dias - Dias ao Volante

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Barbatana e DRS, fora!

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A FIA confirmou algumas modificações já garantidas nos carros para 2018, além do banimento da odiosa asa aberta, ou DRS. A chamada barbatana de tubarão, no prolongamento da tomada de ar do motor, some. Já vai tarde, nem deveria ter sido ressuscitada neste ano. Ô troço feio! A asinha em T, utilizada pela maioria das equipes, será limitada. Para mim, também deveria ser banida, pois é um apêndice aerodinâmico não previsto pelo regulamento.
Para a proteção da cabeça do piloto, a solução deve ser o Shield (escudo), testado pela Red Bull, que aparece na foto aí de cima. É um horror, mas menos feio que o Halo.



Massa faz 36 anos!

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É fato sabido de todos que sou um dos maiores críticos do Felipe Massa. Mas não posso tapar o sol com a peneira e tentar esconder que o vice-campeão de 2008, pela Ferrari, é um dos grandes pilotos da Fórmula-1 destas duas primeiras décadas do novo século. Nesta terça, o paulistano marido da Raffaela e pai do Felipinho completa 36 anos. Parabéns, Felipe!
Nenhum piloto fica 15 temporadas na F-1 (ele não correu em 2003) e 8 anos na Ferrari, sempre competitivo, sem méritos. Além disto, o Massa é uma unanimidade nos bastidores do circo, todos gostam dele. Minha pegação de pé com o Felipe se limita à atuações medíocres em algumas pistas, em especial a de Albert Park, em Melbourne, aonde ele se "entrega" para as características do traçado inexplicavelmente, e pelo lamentável episódio no GP da Alemanha de 2010, no qual acatou uma ordem da Ferrari e abdicou da vitória, que seria sua décima segunda na F-1, para dá-la ao companheiro. Eu simplesmente não admito esse tipo de comportamento em um piloto, não importando quais sejam seus motivos para agir desse modo.



Gil é o técnico de Alonso

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O bicampeão da Fórmula-Indy (2000 e 2001) e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis de 2003, todos com a Penske, espécie de Ferrari norte-americana, o brasileiro Gil de Ferran está atuando de treinador do espanhol Fernando Alonso na participação do bicampeão da Fórmula-1 na lendária prova no Indianapolis Motor Speedway deste ano, prevista para 28 de maio, mesmo dia do GP de Mônaco, que Alonso não correrá, portanto.
Nascido em Paris, quando seu pai, o engenheiro Luc Ferran, trabalhava na França pela Ford, Gil, de 49 anos, é um dos maiores pilotos brasileiros no Exterior, do mesmo naipe de Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna. Só não correu na F-1 porque caiu um temporal em Silverstone quando ele testaria com a Williams no final dos anos 80.
Como não teve nova oportunidade na época, foi tentar a sorte nos EUA, aonde mostrou todo o seu talento e uma de suas especialidades, o acerto de carro. Gil fez, sozinho, todo o desenvolvimento dos motores da Honda para a Indy. Atualmente, o brasileiro é um embaixador da fabricante japonesa nos States. E o Alonso correrá com um bólido empurrado por um motor Honda, como na McLaren.
O espanhol esteve no último fim de semana na etapa do Alabama da Indy para conhecer a equipe em que correrá nas 500 Milhas, a Andretti, e ter o primeiro contato com Gil.
- Vou fazer sua introdução ao speedway (oval longo) e suas particularidades - disse Gil.
Totalmente diferente de qualquer pista do calendário da F-1, Indianápolis tem armadilhas inimagináveis para um piloto da categoria máxima do automobilismo. As 500 Milhas têm 200 voltas no superoval de 2,5 milhas (exatamente 4 quilômetros) e uma velocidade média em torno dos 370 km/h, mas os carros ultrapassam os 400 km/h nas duas grandes retas. O piloto só acionam o freio nas entradas dos pits stops.
Alonso se diz ansioso para começa a andar em Indianápolis:
- Acho que é muito diferente. É desafiador. O nível de downforce (força aerodinâmica que empurra o carro contra o solo), o sentimento com o carro que não é simétrico na reta (os bólidos em Indianápolis têm aros da rodas do lado direito maior, para normalmente ficarem com  tendência de fazer a curva para a esquerda, em última análise, são tortos), na frenagem. O tráfego, eu penso ser uma das maiores preocupações. Se eu quiser ser o piloto mais completo do mundo, ou o melhor, preciso experimentar todos os carros e técnicas de condução diferentes. Se eu quiser fazer isso, preciso ganhar. Se não for este ano, vamos correr de novo no próximo.
Sou amigo do Gil. O conheci pessoalmente na cobertura da etapa brasileira da Indy em 97, em Jacarepaguá, no Rio. Fiz uma longa entrevista com ele antes da prova, falando de tudo, inclusive da sua notória falta de sorte na época. Ao que ele me respondeu de pronto:
- Não posso pensar em falta de sorte. Se pensar assim, nem entro em um carro de competição!
Depois, entre conversas por telefone e por e-mail, nos encontramos de novo na etapa de Monterrey, no México, disputada no circuito de Parque Fundidora, em 2001. Os jornalistas brasileiros foram convidados pelo patrocinador de Tony Kanaan. Mas quando começavam os treinos de livres, eu tratava de dar uma escapada da turma e ir para junto da casamata da equipe Penske, para acompanhar o trabalho do Gil, que era o atual campeão da categoria. Ele repetiria o título naquele ano.
Assim como fiz na cobertura das 500 Milhas de Indianapolis de 2002, acompanhei todo o trabalho de desenvolvimento do carro feito pelo Gil no Parque Fundidora. E o trabalho dele era preciso, cirúrgico. Ele fazia incontáveis voltas intercaladas com paradas no box, para conversar com o seu engenheiro e os mecânicos. Ao final dos trabalhos, seu carro era sempre o mais rápido.
Como curiosidade, por estar sempre ao lado do Gil em Monterrey, pude revelar para meus colegas do Centro do país o motivo pelo qual a participação de Gil na corrida esteve ameaçada, no sábado à tarde. Depois de me divertir vendo a correria de todos atrás de informações sobre o estado do Gil, chamei-os para compartilhar a informação, pois meu jornal já tinha fechado a edição de domingo na manhã daquele sábado e eles ainda tinham de buscar notícias para as suas edições dominicais:
"Pessoal, o Gil foi vítima do Mal de Montezuma (sintomas pela ingestão da famosa comida mexicana ricamente apimentada) e está com uma forte diarreia. Mas ele já me disse que corre amanhã de qualquer jeito.
De fato, mesmo quase desidratado, Gil correu no dia seguinte, chegando em segundo, atrás do também brasileiro Cristiano da Matta, que fazia sua estreia na equipe Andretti (vejam só) naquela prova.



Quem vence na Rússia?

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Vamos então para a quarta etapa da Fórmula-1 e do nosso Bolão. A parada agora é o GP da Rússia, no circuito de Sochi. Surgido em 2014, no mesmo ano e na mesma cidade dos Jogos Olímpicos de Inverno, o GP da Rússia tem total domínio da Mercedes, com duas vitórias de Lewis Hamilton, em 2014 e 2015, e uma de Nico Rosberg, o aposentado, no ano passado.
As apostas devem ser colocadas nos comentários deste post (clicando em "Ler tudo" no fim do post) ou serem enviadas para o meu e-mail (danieldias10259@gmail.com) ou (diasaovolante@diasaovolante.com) até cinco minutos antes do início do treino de classificação no sábado. Boa sorte!

Regulamento e itens para Sochi:
Pole: sobrenome do piloto - 5 pontos
Segundo do grid: sobrenome do piloto - 2 pontos
Vencedor: sobrenome do piloto - 25 pontos
Equipe com mais pontos na etapa: nome da equipe - 5 pontos
Quantos primeiros pilotos chegam à frente do companheiro na etapa (são os primeiros pilotos: Hamilton - Mercedes, Vettel - Ferrari, Ricciardo - Red Bull, Massa - Williams, Hulkenberg - Renault, Alonso - McLaren, Perez - Force Índia, Sainz Jr. - Toro Rosso, Grosjean - Haas e Ericsson - Sauber: vale 5 pontos
Segundo colocado da prova: sobrenome do piloto - 20 pontos
Terceiro colocado da prova: sobrenome do piloto - 15 pontos
Quarto colocado da prova: sobrenome do piloto - 10 pontos
Quinto colocado da prova: sobrenome do piloto - 5 pontos
Décimo colocado na prova: sobrenome do piloto.
Piloto com mais voltas na liderança: sobrenome do piloto - 5 pontos
Volta mais rápida da prova: sobrenome do piloto - 5 pontos
Último colocado da prova (segundo a cronometragem oficial da FIA): sobrenome do piloto - 15 pontos
Quantas vezes o safety car (o real, não o virtual) entra na pista na corrida: vale 5 pontos.
Gabaritar os cinco primeiros na ordem certa de classificação da prova - 15 pontos
Acertar os cinco primeiros no final da prova sem a ordem exata - 5 pontos

Para acompanhar ao vivo todos os lances do GP da Rússia:
Sexta-feira: 4h, primeiro treino livre, 8h, segundo treino livre, ambos pelo SporTV.
Sábado: 6h, terceiro treino livre, 9h, classificação, ambos pelo SporTV.
Domingo: 9h, corrida, pela Globo.



Marquez e Rossi vencem nos EUA

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Marc Marquez, da Honda, venceu neste domingo a terceira etapa da temporada da MotoGP e manteve a invencibilidade no Circuito das Américas, nos EUA, mas Valentino Rossi, da Yamaha, também deixou o autódromo de Austin como vencedor, pois ganhou o duelo contra Dani Pedrosa, da Honda, pela segunda posição e ainda viu seu companheiro de equipe Maverick Viñales cair no início da prova.
Com isto, o Doctor assumiu a liderança do campeonato, com 56 pontos, mesmo não tendo vencido nenhuma prova no ano até agora. O italiano heptacampeão nas duas rodas está à frente de Viñales, que tem 50 pontos, de suas conquistas nas duas primeiras corridas do campeonato, e de Marquez, com 38 pontos.
A nossa vigília em favor de Rossi, iniciada no sábado, já começou a surtir efeito.



Outro espanhol na vida de Rossi!

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Quando se viu livre do companheiro Jorge Lorenzo e pensou que ia ter paz na Yamaha para lutar contra Mark Marques, da Honda, Valentino Rossi vê pela frente (ou ao lado) um pesadelo espanhol pior ainda. Vencedor das duas primeiras etapas do campeonato, Maverick Viñales, o novo homem da Yamaha, atropela todos também nos treinos para a terceira prova do ano na MotoGP, no Circuito das Américas, nos EUA, o mesmo da F-1.
A corrida será disputada neste domingo, mostrada pelo SporTV, a partir das 16h. Nós aqui do Blog não escondemos a admiração e a torcida pelo Doctor 46. Mas que tá difícil, tá! Valentino, 37 anos, precisa apertar o punho direito em Austin para acabar com esta ascensão meteórica do Viñales, de 22 anos, e botar ordem na casa. É o heptacampeão das duas rodas, que não precisa mostrar mais nada pois é a própria lenda, ainda muito competitivo contra uma horda de espanhóis. Pelo menos, o Lorenzo se colocou fora da disputa quando foi procurar os dólares na Ducati.



A vida secreta de Vettel

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A Fórmula-1 lança uma nova série, que chama de vida secreta dos pilotos do atual grid. E dá o pontapé inicial com o tetracampeão e líder da temporada, Sebastian Vettel, da Ferrari. Conheça um pouco mais do menino de ouro alemão, de 29 anos, que, entre outras particularidades, costuma dar nome de mulher para seus carros. O de agora, a SF70H de número 5, é a Gina.

- Além de dirigir um carro de Fórmula-1, qual é a sua curtição favorita?
Sebastian Vettel: Velocidade  em geral.

- Qual foi o último filme que fez você chorar?
SV:  Lion, Uma Jornada para Casa (filme de 2016, com Dev Patel e Nicole Kidman).

- Do que você tem medo?
SV:  Desgaste dos pneus! (risos)

- Qual foi o último livro que você leu?
SV: Eu não leio muito...

- O que seus professores disseram sobre você na avaliação da escola?
SV: Como eu acabei de dizer: eu não leio muito!

- Você tem algum vício secreto?
SV: Chocolate.

- Você coleciona alguma coisa?
SV: Não. É algo que vou fazer mais tarde.

- O que você mais sente falta quando viaja?
SV:  De casa, e tudo o que lhe pertence: minha cama, meu travesseiro...

- Qual foi sua pior compra?
SV:  Com certeza, algum aparelho eletrônico, talvez outro carregador de celular, um pouco destas coisas inúteis...

- O que você prefere fazer quando não está correndo no domingo?
SV: Estar em casa, dormir tarde e passar o tempo com a família e os amigos.

- Qual é o erro mais embaraçoso que você já cometeu?
SV: No circuito de Fuji, em 2007 (Vettel bateu atrás de seu futuro companheiro de equipe Mark Webber, eliminando os dois da corrida).

- Quando foi a última vez em que você realmente ficou furioso?
SV: Quando a seleção da Alemanha perdeu da França nas semifinais da Euro Copa no ano passado.

- Qual superpoder você queria ter: ser capaz de voar ou de se tornar invisível?
SV: Ser capaz de voar. Isso tornaria a vida muito mais fácil! (risos)

- O que você canta no chuveiro?
SV: Eu não canto...

- Você acredita no amor à primeira vista?
SV: Não mais, já estou apaixonado (Vettel namora uma colega dos tempos do colégio).

- Qual é a pior coisa sobre ser famoso?
SV: Ser famoso! (risos). (Vettel é avesso ao estrelismo).

- Fora da F-1, o que lhe traz a maior satisfação?
SV:  Apenas ficar descontraído e usar o tempo livre com a família e os amigos.

- O que está na sua lista de prazeres?
SV: Viajar, com mais tempo (os pilotos costumam dizer que no circuito da F-1, eles não conseguem curtir as várias viagens que fazem pelo mundo).

- Você pode convidar três pessoas para jantar, entre os vivos ou os que já morreram. Quem você convidaria?
SV: Enzo Ferrari, Audrey Hepburn e Albert Einstein. Seria uma conversa muito interessante no jantar!

- Qual foi a melhor coisa sobre ser uma criança?
SV: Não ter com o que se preocupar.

- O que todos deveriam tentar fazer uma vez na vida?
SV: Passar alguns meses offline (desligado de tudo).



O fator Vettel

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O austríaco Helmut Marko, 73 anos, é o consultor técnico da Red Bull e da Toro Rosso e braço direito do bilionário, também austríaco, Dietrich Mateschitz, o dono e criador da poderosa bebida energética. Quando tinha 29 anos, Marko, então piloto da Fórmula-1 na BRM, foi atingido por uma pedra jogada da Lotus de Emerson Fittipaldi no GP da França, no circuito de Clermont-Ferrand. O ano era 72, a temporada que daria o primeiro título para o Brasil.
Terminava ali a carreira do promissor piloto austríaco, vencedor das 24 Horas de Le Mans no ano anterior. Marko perdeu a visão do olho esquerdo, perfurado pela pedra que furou sua viseira.
Marko então foi estudar advocacia e se tornar dono de equipe em categorias menores, além de empresário de pilotos, descobrindo entre outros o colombiano Juan Pablo Montoya e o alemão Sebastian Vettel. Como descobridor de talentos, aproximou-se de Mateschitz. Mais do que Christian Horner, o chefe de equipe da Red Bull, é Marko quem encaminha a carreira dos pilotos da escola das duas escuderias sob o guarda-chuva da bebida energética, presente também em outros esportes, inclusive no futebol, com times nos EUA e no interior de São Paulo.
Bem mais que manager do tetracampeão Vettel, Marko se tornou amigo do piloto alemão, agora na Ferrari, por quem tem uma admiração muito grande e um conhecimento como poucos. Nesta semana, depois da segunda vitória de Vettel na temporada e a liderança do campeonato em cima de Lewis Hamilton e a poderosa Mercedes, Marko afirmou que aposta no quinto título do alemão neste ano. A declaração do dirigente austríaco é forte:
- Apenas três décimos de segundo de vantagem no treino de classificação não são suficientes para derrotar o Sebastian na corrida. A maior arma da Ferrari nem é o bom carro, é o Vettel.
Helmut, se alcançar a declaração, eu assino embaixo. No grid atual da F-1, apenas dois pilotos são capazes de correr mais do que o carro: Vettel e Fernando Alonso. Nem Hamilton está nesse time.



Bottas termina testes na frente

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No último dia de testes da Fórmula-1 no mesmo circuito do GP do Bahrein, disputado no domingo passado, com a vitória de Sebastian Vettel, da Ferrari, Valtteri Bottas, da Mercedes, o pole da terceira etapa do Mundial, voltou a comandar as ações na pista de Sakhir.
Desta vez, porém, o tempo não foi o mais impressionante, pois ficou longe da melhor marca do finlandês na classificação. Bottas fez 143 voltas, equivalente a dois GPs e meio, sem qualquer tipo de problema mecânico.
Vettel foi o segundo mais rápido do dia, apesar de estar longe de ter uma sessão sem problemas para o SF70H. As questões mecânicas significaram que o líder do campeonato foi capaz de completar apenas oito voltas antes do almoço, com mais problemas na parte da tarde, finalizando com 64 voltas no dia.
O ex-piloto de testes da McLaren, Gary Paffett, agora na Williams, foi o único, além de Bottas, a fazer mais de cem voltas pelo circuito barenita.

1.   Bottas, Mercedes, 1:31:280 – 143 voltas
2.   Vettel, Ferrari, 1:31:574 – 64
3.   Sainz Jr., Toro Rosso, 1:31884 – 68
4.   Vandoorne, McLaren, 1:32:108 – 81
5.   Magnussen, Haas, 1:32:120 – 88
6.   Ocon, Force India, 1:32:142 – 60
7.   Kvyat, Toro Rosso, 1:32:213 – 61
8.   Paffett, Williams, 1:32:253 – 126
9.   Sirotkin, Renault, 1:32287 – 90
10. Gasly, Red Bull, 1:32:568 – 65
11. Wehrlein, Sauber, 1:34:462 – 91
12. Perez, Force India, 1:35:015 – 70



Max ultrapassa os limites

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O holandês Max Verstappen herdou a pior faceta do pai, o temperamento. Logo após o treino de classificação do GP do Bahrein, a jovem estrela da Formula-1 soltou o verbo contra Felipe Massa e o Brasil. Segundo Max, o piloto da Williams teria atrapalhado o início de sua volta rápida. Até aí, nada de grave, pois qualquer um pode ter sua versão sobre possíveis incidentes dentro da pista. O complemento da declaração de Max, no entanto, foi desastrosa e, possivelmente, tenha infringido alguma lei de preconceito entre países. Perguntado se falaria com Massa para cobrar pelo o ocorrido no treino, Max disse com todas as letras:
- Ele é brasileiro, então, não há muito o que falar!
No domingo depois da corrida, Massa sugeriu que o holandês tivesse cuidado com as palavras, "porque ele terá de ir ao Brasil para correr no fim do ano". Um dia depois, Verstappen usou sua conta no Instagram para se desculpar:
- Eu sinto que preciso explicar algumas declarações dadas depois do treino classificatório. Como um piloto apaixonado por correr, eu estava desapontado com minha última tentativa, e acabei reagindo de maneira emocional com  declarações que foram tiradas de contexto. De maneira alguma tive intenção de insultar o povo brasileiro, que tenho grande respeito e sempre me trata muito bem quando visito o Brasil. Aliás, um dos momentos mais altos da minha carreira foi o GP do Brasil do ano passado, e foi muito especial ter acontecido em um país que criou lendas como Senna, Fittipaldi e Piquet. Gostaria de me desculpar com todos os brasileiros que se sentiram ofendidos. Estou ansioso para correr no seu país novamente - postou.
Se observarmos o conteúdo da manifestação do piloto da Red Bull na rede social literalmente, veremos que ele não assume a culpa por completo, pois diz que suas declarações foram tiradas do contexto. Tá de brincadeira, né? Mas mesmo se o arrependimento de Verstappen for verdadeiro, o que ele disse no Bahrein é extremamente grave.
Assim como o pedido de desculpas público do ator José Mayer não anulou seu assédio sexual contra a figurinista Susllem Tonani, a retratação de Verstappen também não retira sua frase preconceituosa, pois, pelo menos naquele instante, ele de fato pensava assim.
A nova polêmica em torno do maior fenômeno atual da F-1 veio acompanhada de uma ação igualmente forte de seu avô paterno, Frans Verstappen. Preocupado com a má influência de Jos sobre o filho, o avô de Max decidiu pedir para que a equipe Red Bull blindasse seu piloto dos péssimos exemplos de seu próprio pai. Helmut Marko, consultor técnico da escuderia austríaca, escapou rapidamente da saia justa aconselhando que Frans resolvesse tudo em família.
Piloto medíocre nos anos 90, tendo sido inclusive companheiro de Michael Schumacher na Benetton, em 94, Jos Verstappen se notabilizou mesmo pelo temperamento irascível. Este gene parece ter passado para o filho Max, que, com apenas 19 anos de idade, já arrumou confusão com quase todos seus colegas na F-1.
A mais recente - não necessariamente a última - de Jos aconteceu no início deste mês. Embriagado, o ex-piloto de 45 anos armou o maior barraco dentro de uma danceteria na Holanda. Considerado culpado pela confusão, o ex-colega de Schumacher foi levado em um camburão para a delegacia.
Enquanto isto, o filho Max destila seu ódio para os brasileiros...
Com exceção do avô, os outros dois Verstappen são uns idiotas.



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