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Calma, Riccardo, fica pra outra!

Dias ao Volante
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E o Xará Ricciardo parou de rir. Só essa frase já conta quase toda a história do GP de Mônaco de 2016, sexta etapa do Mundial de Fórmula-1, vencida pelo tricampeão Lewis Hamilton, da Mercedes.
A Red Bull, com o carro magnificamente projetado por Adrian Newey e o novo motor Renault, ajudou a dar a pole position para o Daniel Ricciardo, que também fez a diferença na classificação fazendo uma volta no sábado com a faca entre os dentes nos limites das ruas de Monte Carlo.
A Red Bull, por conta da trapalhada dos mecânicos que não sabiam qual tipo de pneu colocar na segunda parada do australiano (ultramacios, supermacios, macios ou intermediários, pintou de tudo nas mãos dos mecânicos no pit do Xará!), acabou com as chances de vitória do seu piloto em Mônaco.
Ou seja, o Riccardo tem todos os motivos para beijar os pés dos caras da Red Bull e tem todos os motivos para ficar puto com esses mesmos caras.
Mas, Riccardo, todos viram que você foi roubado da oportunidade ímpar de vencer em Monte Carlo. É frustrante e coisa e tal. Mas não precisava armar toda aquela tromba de beicinho no pódio, fechando a cara todo o tempo. A vitória de fato foi sua. Paciência, fica para a próxima!
Como previa o serviço de meteorologia, o GP de Mônaco começou debaixo de um aguaceiro, com sete voltas atrás do safety car. Frescura! Dava para ter largado sem a proteção da saia do carro de segurança. Em 1984, por exemplo, a pista estava bem mais encharcada que neste domingo.
Depois de o Nico Rosberg quase ter desmanchado a prova de Hamilton na parte inicial, com um ritmo de carro com motor 1.0 na pista molhada, o ainda líder do campeonato abriu passagem para o companheiro (ponto positivo para o alemão), que foi atrás do líder Ricciardo, naquela altura, já despencado na frente.
Os caras então trocaram os pneus de chuva para os intermediários. Aí que o Hamilton ganhou a corrida, ou começou a ganhá-la. O piloto da Mercedes ficou mais tempo na pista. Quando foi para os boxes, pôde colocar os pneus slicks. Voltou na frente do Riccardo, resistiu aos ataques do australiano, em um deles, cortou a Chicane do Porto e manteve a ponta. Os comissários consideraram a manobra limpa do inglês. E eu também.
Nas voltas finais, após ter ainda tentado se aproximar novamente de Hamilton, Ricciardo se conformou e tirou o pé, armando o beiço para o pódio.
Grande prova do Sergio Perez, da Force India, completando o pódio. Amadureceu esse mexicano. Boa corrida do Sebastian Vettel, da Ferrari, quarto colocado. Poderia ter completado em terceiro se não fosse o mala do Felipe Massa ter o segurado acintosamente quando o brasileiro estava com pneus para a chuva no começo da prova e o cara da Ferrari tinha os intermediários, bem mais rápidos. Grande Alonso! Brilhou e terminou em quinto, segurando o Rosberg em boa parte da prova.
Decididamente, Monte Carlo não casa bem com o Max Verstappen, da Red Bull, ganhador da etapa anterior, na Espanha. O menino de 18 anos bateu em todos os treinos e na corrida, como tinha feito no GP de Mônaco do ano passado, na sua estreia no Principado na F-1, quando bateu na Saint-Devote ao tentar fazer uma ultrapassagem impossível. Tudo bem, Max, tá desculpado, você continua sendo O Cara!
Aliás, mala é o que não faltou em Monte Carlo. Além do referido brasileiro citado, teve o inesgotável Daniil Kvyat, aprontando agora na Toro Rosso (mandem este rapaz pra casa, por favor!), o trapalhão Marcus Ericsson acabando com a sua e com a prova do companheiro Felipe Nasr – quem disse pra esses malas que dá para ultrapassar na Rascasse? -, o Romain Grosjean, da Haas, puteando o Kimi Raikkonen por ter sido fechado na Mirabeau – pôrra, o Raikkonen tinha batido na Lowes um pouco antes e não conseguia mais fazer curvas – e por aí vai, com outros incidentes menores.
Não fomos "brindados" com a narração do Galvão desta vez. No entanto, o homem mandou seu representante, piorado. Gosto do Luis Roberto, um cara do bem, bom para sentar na mesa de um bar e tomar um chope junto, mas parece que o sujeito põe os dedos na tomada antes de uma cobertura da F-1. Luis, nem todos os lances da corrida têm de ser narrados como um gol decisivo da Copa do Mundo, tá?
Por fim, e não menos importante: sabe ser bonita esta Princesa Charlene Wittstock, mulher do Príncipe Albert, hein? Classuda, bonita, elegante, discreta. Pouco deve a inesquecível, elegantíssima e linda Grace Kelly, a mãe de Albert e esposa do Príncipe Rainier. Mônaco está bem de princesa! E de corrida. A prova no Principado é sempre um grande barato!

Resultado do GP de Mônaco:
1) L. Hamilton – Mercedes – 1h59min29s133
2) D. Ricciardo – Red Bull – a 7s252
3) S. Perez – Force India – a 13s825

4) S. Vettel – Ferrari – a 15s846
5) F. Alonso – McLaren – a 1min25s076
6) N. Hulkenberg – Force India – a 1min32s999
7) N. Rosberg – Mercedes – a min33s290
8) C. Sainz Jr. – Toro Rosso – a uma volta
9) J. Button – McLaren – a uma volta
10) F. Massa – Williams – a uma volta

11) V. Bottas – Williams – a uma volta
12) E. Gutierrez – Haas – a uma volta
13) R. Grosjean – Haas – a duas voltas
14) P. Wehrlein – Manor – a duas voltas
15) R. Haryanto – Manor – a quatro voltas

16) M. Ericsson – Sauber – não completou
17) F. Nasr – Sauber – não completou
18) M. Verstappen – Red Bull – não completou
19) K. Magnussen – Renault – não completou
20) D. Kvyat – Toro Rosso – não completou
21) K. Raikkonen – Ferrari – não completou
22) J. Palmer – Renault – não completou

Volta mais rápida – L. Hamilton – Mercedes – 1min17s939



A primeira do Xará Ricciardo

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O meu Xará australiano não poderia ter escolhido melhor o palco de sua primeira pole position. Conquistar a primeira posição em Monte Carlo significa 80% de chances de vitória. Mais: como o piloto da Red Bull fez sua marca no Q2 com pneus supermacios (os mais "duros" para esta corrida), poderá largar com eles e ficar mais tempo na pista até sua parada de box, deixando os ultramacios para a parte final, quando o carro estiver mais leve.
A supremacia de Daniel Ricciardo sobre as duas Mercedes (Nico Rosberg e Lewis Hamilton, nesta ordem) e a Ferrari de Sebastian Vettel estava desenhada desde os treinos livres de quinta-feira. E é explicada pelo melhor carro da temporada, da Red Bull, projetado pelo mago Adrian Newey, e pelo novo motor fornecido pela Renault para esta prova.
Max Verstappen, da Red Bull, sem o motor com nova especificação da Renault (só terá na próxima etapa, no Canadá), bateu ainda no Q3, na primeira perna dos S da Piscina, e largará em penúltimo. Nada de alarmante, até Ayrton Senna bateu em Mônaco. O problema para o jovem holandês será largar lá de trás. No Principado, corrida de recuperação é história pra boi dormir.
A sensação do momento só não larga em último porque essa posição foi garantida por Felipe Nasr, da Sauber. Quando o brasileiro foi para a pista, o motor Ferrari da Sauber explodiu na Saída do Túnel, uma cena que há muito não se via na F-1, e que era coisa banal no passado da categoria.
Kimi Raikkonen teve troca da transmissão na Ferrari de número 7 depois do terceiro treino livre e foi punido em cinco posições no grid. O companheiro Vettel foi melhorzinho, mas ficou muito distante da primeira posição. Nove décimos de segundo em Monte Carlo é uma eternidade. De qualquer forma, a Ferrari se comporta melhor nas corridas. Vamos ver! A equipe italiana está sendo uma gloriosa decepção até o momento no Principado.
Fernando Alonso foi mais uma vez para o Q3, demonstrando uma clara evolução dos carros da McLaren-Honda.
Pois bem! Não esqueçam de que o serviço de meteorologia indica tempo chuvoso para o domingo em Mônaco. Se isso for confirmado, o passeio de Ricciardo pelas ruas do Príncipe Albert II será ainda mais tranquilo. O Xará costuma andar muito bem na pista molhada.

1.   Daniel Ricciardo, Red Bull, 1:14:912 – 1:14:357 – 1:13:622 (Q1-Q2-Q3)
2.   Nico Rosberg, Mercedes, 1:14:873 – 1:14043 – 1:13:791
3.   Lewis Hamilton, Mercedes, 1:14:826 – 1:14:056 – 1:13:942
4.   Sebastian Vettel, Ferrari, 1:14610 – 1:14:318 – 1:14:552
5.   Nico Hulkenberg, Force India, 1:15:333 – 1:14:989 – 1:14:726
6.   Carlos Sainz Jr., Toro Rosso, 1:15:467 – 1:14:805 – 1:14:749
7.   Sergio Perez, Force India, 1:15:328 – 1:14:937 – 1:14:902
8.   Daniil Kvyat, Toro Rosso, 1:15:384 – 1:14:794
9.   Fernando Alonso, McLaren, 1:15:504 – 1:15:107 – 1:15:363
10. Valtteri Bottas, Williams, 1:15:521 – 1:15:273
11. Kimi Raikkonen, Ferrari, 15:499 – 1:14:789 – 1:14:732 (punido em 5 posições)
12. Esteban Gutierrez, Haas, 1:15:592 – 1:15:293
13. Jenson Button, McLaren, 1:15:554 – 1:15:352
14. Felipe Massa, Williams, 1:15:710 – 1:15:385
15. Romain Grosjean, Hass, 1:15:465 – 1:15:571
16. Kevin Magnussen, Renault, 1:16:253 – 1:16:058
17. Marcus Ericsson, Sauber, 1:16:299
18. Jolyon Palmer, Renault, 1:16:586
19. Rio Haryanto, Manor, 1:17:295
20. Pascal Wehrlein, Manor, 1:17:452
21. Max Verrstappen, Red Bull sem tempo
22. Felipe Massa, Sauber, sem tempo



Resultado terceiro treino livre do GP de Mônaco

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1) S. Vettel – Ferrari – 1min14s650
2) L. Hamilton – Mercedes – a 0s018
3) N. Rosberg – Mercedes – a 0s122
4) D. Ricciardo – Red Bull – a 0s157
5) M. Verstappen – Red Bull – a 0s431
6) Daniil Kvyat – Toro Rosso – a 0s609
7) Carlos Sainz Jr. – Toro Rosso – a 0s674
8) S. Perez – Force India – 0s718
9) K. Raikkonen – Ferrari – a 0s905
10) N. Hulkenberg – Force India – a 1s016
11) F. Massa – Williams – a 1s418
12) F. Alonso – McLaren – a 1s607
13) J. Button – McLaren – a 1s648
14) V. Bottas – Williams – a 1s697
15) E. Gutierrez – Haas – a 1s756
16) K. Magnussen – Renault – a 1s762
17) R. Grosjean – Haas – a 1s877
18) F. Nasr – Sauber – a 2s217
19) M. Ericsson – Sauber – a 2s388
20) J. Palmer – Renault – a 2s832
21) P. Wehrlein – Manor – a 2s945
22) R. Haryanto – Manor – a 3s530



O Rei de Mônaco

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Quando Ayrton Senna superou a marca de cinco vitórias de Graham Hill em Mônaco, ninguém ousou tirar o título de Mister Mônaco do inglês bicampeão. Tratou-se então de se procurar uma alcunha para o piloto brasileiro recordista no Principado. Aí veio o título de Rei de Mônaco.
Senna tinha um jeito particular de pilotar em Monte Carlo. Se sentia à vontade, parecia até que dirigia com o "braço escorado pra fora". Foram seis conquistas (1987, 89, 90, 91, 92 e 93), mas deveria ter sido oito. Em 1984, com a Toleman, foi o vencedor de fato da prova, parada quando ele ultrapassaria o cagão Alain Prost debaixo de chuva. Em 1988, bateu sozinho na entrada do Túnel quando tinha uma vantagem de quase um minuto sobre seu companheiro de McLaren, sim, Alain Prost.
O Brasil tem esse "título" em Mônaco. Mas o curioso é que, de todos os nossos pilotos com capacidade de lutar pela vitória no Principado (Emerson Fittipaldi, José Carlos Pace, Nelson Piquet, Rubens Barrichello e Felipe Massa), só temos vitória mesmo em Monte Carlo com Ele. E continuará assim, né, Massa?



Red Bull na frente em Mônaco

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Se aproveitando do motor da Renault com nova especificação, o australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull, foi o mais rápido do primeiro dia de treinos livres para a sexta etapa do Mundial de Fórmula-1, nas ruas de Monte Carlo. A Mercedes se preocupou. Embora tenha espalhado que fez apenas simulações de corrida na parte da tarde de Mônaco, a equipe prateada chegou a colocar os pneus ultramacios (disponíveis pela FIA para esta e para a próxima prova, no Canadá) e não conseguiu superar a Red Bull de Riccardo, ficando pouco mais de meio segundo atrás, com o inglês Lewis Hamilton, o mais rápido pela manhã, mas distante da marca do australiano obtida à tarde.
O holandês Max Verstappen, da Red Bull, sem o motor mais forte da Renault, liberado para esta etapa apenas para os dois pilotos mais bem colocados no campeonato de Red Bull e Renault, ficou em quarto, atrás do alemão e líder da temporada Nico Rosberg, da Mercedes. O terceiro treino livre será realizado no sábado, a partir das 6h da manhã (horário de Brasília). A classificação começa às 9h, ambos com transmissão ao vivo pelo Sportv. A corrida, no domingo, pela Globo, se inicia às 9h.
Felipe Massa, da Williams, bateu, sem força, na saída da curva Saint-Devote, a primeira do traçado, no treino da manhã. De qualquer forma, as Williams estão muito mal até o momento em Mônaco. O finlandês Valtteri Bottas, com a outra Williams, ficou na parte de trás do pelotão à tarde, a exemplo de Massa.
Por enquanto, a Ferrari, que prometeu bom desempenho no Principado, nas palavras do tetracampeão Sebastian Vettel, ainda não disse o que foi fazer em Monte Carlo.

1.   Daniel Ricciardo, Red Bull, 1min14s607 40 voltas
2.   Lewis Hamilton, Mercedes, 1min15s213 36
3.   Nico Rosberg, Mercedes, 1min15s506 48
4.   Max Verstappen, Red Bull, 1min15s571 42
5.   Daniil Kvyat, Toro Rosso, 1min15s815 53
6.   Carlos Sainz Jr., Toro Rosso, 1min15s981 54
7.   Kimi Raikkonen, Ferrari, 1min16s040 38
8.   Sergio Perez, Force India, 1min16s120 48
9.   Sebastian Vettel, Ferrari, 1min16s269 40
10. Jenson Button, McLaren, 1min16s325 46
11. Nico Hulbenberg, Force India, 1min16s487 49
12. Fernando Alonso, McLaren, 1min16s723 43
13. Esteban Gutierrez, Haas, 1min16s782 40
14. Valtteri Bottas, Williams, 1min16s849 47
15. Romain Grosjean, Haas, 1min16s874 23
16. Felipe Massa, Williams, 1min17s286 42
17. Kevin Magnussen, Renault, 1min17s530 29
18. Marcus Ericsson, Sauber, 1min17s562 39
19. Jolyon Palmer, Renault, 1min17s761 24
20. Felipe Nasr, Sauber, 1min17s999 49
21. Rio Haryanto, Manor, 1min18s687 10
22. Pascal Wehrlein, Manor, 1min18s814 46



Uma cara embaixo do capacete

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Um piloto de automobilismo é conhecido muitas vezes apenas pelas cores de seu capacete. Mas quando embaixo dessa indumentária tem também uma bela história, vira humano.
O canadense James Hinchcliffe, 29 anos, conquistou no domingo passado a primeira posição para a centésima edição das 500 Milhas de Indianápolis, a maior prova automobilística do mundo, tanto que o seu vencedor ganha o status de campeão, em uma única corrida.
Ninguém esperava pela façanha do cara nascido no dia 5 de dezembro de 1986, na cidade de Oakville, uma das maiores da província de Ontário. No ano passado, na mesma e lendária pista oval do Indianapolis Motor Speedway, Hinchcliffe sofreu um grave acidente nos treinos preparatórios para a famosa prova. Teve a bacia perfurada, esteve perto da morte e ficou de fora do resto do campeonato da Indy.
Pouca pessoas ainda acreditavam na volta do piloto canadense às pistas da categoria, principalmente aos traiçoeiros circuitos ovais. Uma delas passou também perto da morte, seu chefe de equipe, Sam Schmidt, o mesmo comandante da tentativa de participação de Hinchcliffe das 500 Milhas de 2015, o mesmo comandante do carro da pole position de agora.
Com 35 anos de idade, Schmidt teve um gravíssimo acidente no circuito Walt Disney World Speedway, em 2000, quando participava de uma prova da IRL, dissidência, na época, da Indy. Schmidt ficou respirando por aparelhos por cinco semanas. Escapou da morte. No entanto, ficou tetraplégico.
O norte-americano se inspirou, então, na história ocorrida com o inglês Frank Williams, da Fórmula-1. Em 1986, o dono da Williams teve um acidente de estrada, no qual seu carro capotou várias vezes. Frank ficou preso a uma cadeira de rodas para toda a vida. Schmidt não pode mais correr, entretanto, continuou ligado às competições, abrindo sua própria equipe, a Sam Schmidt Motorsports, a mesma do autor da pole da centésima 500 Milhas.
Hinchcliffe é uma figura fora das pistas. Uma de suas habilidades além de "bota" atrás do volante de um bólido de corrida é a imitação de pessoas famosas. Uma das vítimas é o finlandês Kimi Raikkonen, campeão da F-1 em 2007 pela Ferrari. E não é fácil de se imitar o introspectivo Homem de Gelo. Outra mania do canadense veio na adolescência, quando inventou uma cidade imaginária, a Hinchtown, da qual é o próprio prefeito. Na cidade fictícia, tudo é um mar de rosas. Pelas imitações e pelo "cotidiano" de sua cidade, Hinchcliffe tem uma legião de fãs no YouTube.
Extremamente simpático e boa praça, Hinchcliffe é um piloto/humano, como poucos são, por exemplo, na F-1. Até o próximo domingo, o canadense será acompanhado no Indianapolis Motor Speedway da alcunha de Homem Mais Rápido do Mundo. A motor! Porque o mais veloz sobre suas pernas é o jamaicano Usain Bolt, outro esportista carismático e humano.



Alguém venceu a Tríplice Coroa?

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Como vocês sabem, a Tríplice Coroa do Automobilismo é a união das principais provas do mundo – GP de Mônaco, 500 Milhas de Indianápolis e 24 Horas de Le Mans.
Pois bem! Sempre tive a convicção de que nenhum piloto tinha atingido tal façanha, a de vencer as 500 Milhas da Indy, nas ruas de Monte Carlo na F-1 e nas intermináveis horas de Le Mans.
Mas tem um: o inglês Norman Graham Hill, o Mister Mônaco e pai do inexpressivo campeão do Mundial de F-1 de 1996, Damon Hill. Figuraça sem igual, Hill, um dos melhores exemplos de piloto da Era Romântica do Automobilismo, morreu com apenas 46 anos de idade, em um acidente com um bimotor que ele mesmo pilotava, ao lado da promessa da F-1 Tony Brise, de sua equipe, a Embassy Hill, em 1975.
Graham Hill venceu as 500 Milhas de Indianápolis em 1960, com uma Lotus. O Mister Mônaco ganhou nas ruas de Monte Carlo em 1963, 1964, 1965 (com BRM), 1968 e 1969 (com Lotus). Em uma das fotos aí de cima, Hill é cumprimentado por um sujeito chamado Jackie Stewart (com um capacete branco com a listra escocesa tradicional pintada na parte de cima).
Por último, em 1972, Graham Hill foi ainda vencer em Le Mans, na principal categoria (LMP1, dos protótipos) ao lado do francês barbudo Henri Pescarolo, com a Matra-Simca MS670.
O Graham Hill é ou não é O Cara?



A má educação do brasileiro!

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Dizem que é fácil de se encontrar um grupo de brasileiros em um aeroporto mundo afora. Basta ver quem está gritando!
E não é bem verdade?
Na semana de duas das três provas da Tríplice Coroa (500 Milhas de Indianápolis, GP de Mônaco, essas duas, e 24 Horas de Le Mans), dois de nosso grande pilotos não gritaram  – porque isso seria normal para as ocasiões – mas feriram profundamente o protocolo e as mínimas exigências da boa educação.
O primeiro na ordem cronológica foi o Ayrton Senna, o Rei de Mônaco, com seis conquistas no Principado. O Mister Mônaco é o inglês Graham Hill (com cinco), mas isto é outra história. Por ocasião de sua primeira vitória em Monte Carlo, com a Lotus, em 1987, Senna deu um banho de champanha na Família Grimaldi, os donos do pedaço, incluindo o Príncipe Rainier (à esquerda da foto aí de cima, atrás do Ayrton).
Na verdade, não chegou a ser um banho, mas umas borrifadas nos Grimaldi e no Papagaio de Pirata da foto, o insuportável Jean-Marie Balestre, de óculos escuro na imagem. De qualquer jeito, foi uma afronta do então futuro tricampeão. Depois dessa, os vencedores de Mônaco são chamados à pista para o banho de champanha.
Cá entre nós: eu sempre achava que o Príncipe sempre ficava dando a maior sopa no pódio, pedindo pra levar um banho de champanha! Anyway...
O segundo na ordem cronológica foi o nosso Rato, em 1993, na sua segunda vitória em Indianapolis. Produtor e exportador de laranja para os EUA, Emerson Fittipaldi recusou a garrafa de leite no pódio (é tradição em Indianápolis o vencedor beber leite, um dos principais produtos da região) e tomou suco de laranja, que ele levou dos boxes. A recusa de Emerson pegou mal, porque quando alcançaram a garrafa de leite, o Rato empurrou o braço – mal educadamente – do sujeito que estava fazendo aquilo.



Lembrando Bianchi

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Romain Grosjean correrá a prova que considera de casa, "Mônaco é dentro da França", com um capacete lembrando Jules Bianchi, francês, morto no ano passado e grande promessa para um dia pilotar para a Ferrari.
Bianchi foi oitavo colocado em Monte Carlo em 2014, com uma Marussia.
Gente, a previsão do tempo indica chuva para a prova de domingo. Ou seja, mais emoções. Em 1984, Ayrton Senna deu um show em Mônaco com uma carroça e embaixo de chuva. Deu um baile em Alain Prost com uma Toleman em cima da poderosa McLaren de então.



Motor Renault mais forte

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A Renault confirmou que utilizará uma nova versão de seu motor no GP de Mônaco, previsto para o próximo domingo. A empresa francesa usaria a nova especificação apenas a partir do GP do Canadá, a corrida seguinte do Mundial, mas os bons testes feitos na semana passada em Montmeló, Barcelona, após o GP da Espanha, fizeram seus diretores adiantarem a decisão.
No entanto, pelo curto espaço de tempo, apenas um piloto de cada equipe que corre com o motor francês (a própria Renault e a Red Bull) terá a nova unidade. E os escolhidos são os corredores que têm mais pontos no campeonato até o momento: Kevin Magnussen, na Renault, e Daniel Ricciardo, na Red Bull.
O homem da hora, o holandês Max Verstappen, só terá o novo motor em Montreal, portanto.



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