Blog da Fórmula-1 de Daniel Dias - Dias ao Volante

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Os Cara do Dakar!

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Em um evento da Mitsubishi, seria 2008, 2009, por aí, estive com o francês Stephane Peterhansel, o Rei do Rali Dakar. Assim como todos os grandes campeões, o cara teu uma aura que o acompanha aonde for. Lembro que perguntei pro sujeito se ele tinha medo do rali mais perigoso do mundo (naquela época, ainda era disputado no Saara). A resposta veio rápida, assim como ele se esgueirava pelas rotas da mortal competição: "Claro! O rali é composto por várias etapas. Em nenhuma delas temos certeza se chegaremos inteiros ao final do dia".
Neste fim de semana, Peterhansel conquistou pela décima segunda vez o maior rali do mundo, agora na América do Sul, a bordo de um protótipo especialmente construído para a prova pela Peugeot, ao lado do navegador francês Jean-Paul Cottret. Tempo de especiais do campeão: 45h22min10s, sempre debaixo de pau, a maior característica do Dakar.
Nas motos: vitória do australiano Toby Price, com KTM, em 48h9min15s.
Nos quadriciclos, vitória do argentino Marcos Patronelli, com Yamaha, em 58h48min47s.
Nos caminhões, vitória dos holandeses Gerard de Rooy, Darek Rodewald e Moises Torrallardona, com Iveco, em 44h42min6s (os caminhões não participam de todas as etapas).



Schumacher 47 anos

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Michael Schumacher completa neste domingo, 3 de janeiro, 47 anos de idade. Vítima de um acidente de esqui no dia 29 de dezembro de 2013, o heptacampeão continua sua longa e lenta recuperação em um hospital montado em sua casa na Europa.
Limitado a pouquíssimas visitas, uma delas, seu amigo Felipe Massa, o piloto alemão tem seu real estado de saúde envolvido em um grande mistério. Alguns dizem que ele já saiu do coma e estaria em uma cadeira de rodas, sem falar, com apenas 45 quilos e sem memória alguma.
Não gosto de especulações. Prefiro aguardar e torcer muito para que o Schumi pelo menos volte à vida e curta seus inúmeros momentos vividos nas pistas e ao lado de sua família.
Parabéns, Schumacher!



Regulamento 2016: prática e ilusão

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Técnica e visualmente, os carros estarão na largada de 2016 assim como os da foto, na largada do GP da Austrália de 2015. Lendo as mudanças no regulamento (as mais radicais, só em 2017), vejo contradições do que está escrito com a realidade.
Vamos lá:
- Qualquer piloto que fizer com que uma largada seja abortada, mesmo que consiga sair do grid, terá de largar dos boxes. O mesmo processo será aplicado em uma relargada após uma bandeira vermelha em que pilotos sejam direcionados aos boxes.
Nada a declarar.
- Os carros agora deverão contar com todos os equipamentos de segurança do cockpit exigidos também durante os testes, tais como os da cabeça do piloto, o padding e a facilidade de remoção do piloto.
Se eles estão falando nos treinos livres de sexta e sábado, tudo bem, porque  teste são proibidos durante a temporada.
- Todas as fornecedoras de motor (Ferrari, Honda, Mercedes e Renault) deverão entregar as especificações iguais, tanto para os times clientes, quanto para as equipes de fábrica. Somente unidades de potência que sejam idênticas às unidades de potência que foram homologadas pela FIA serão aceitas.
Começou a balela. Os motores da Ferrari e da Mercedes com especificação do ano só estarão na Ferrari e na Mercedes. As equipes clientes (Sauber, Toro Rosso e Haas F1, que correrão com Ferrari, Williams, Manor, Force India, que usarão Mercedes) não terão o motor do ano. Além disso, o motor da Mercedes tem uma espécie de push para dar mais potência na hora da disputa pela pole, que não é usado na corrida.
- Cada equipe terá liberdade de escolher duas das três opções de pneus slicks (para pista seca) que serão disponibilizadas pela fornecedora Pirelli. Parceiros de equipe poderão optar por compostos diferentes. A menos que pneus intermediário (verde) ou chuva (azul) têm sido utilizados, o piloto deve usar pelo menos duas especificações diferentes de pneus slicks (para pista seca) - pelo menos um deles deve ser o escolhido pelo fornecedor de pneus.
Nada a declarar.
- O Safety Car Virtual (VSC) agora pode ser usado em sessões de treinos livres e treinos classificatórios, bem como nas corridas, enquanto a abertura da asa móvel (DRS - Drag Reduction System) irá agora ser reativado imediatamente após um período de VSC.
Ótimo. Mas acho que a asa móvel deveria ser liberada já a partir da abertura da segunda volta da corrida.
- Os carros terão a mesma potência para ter mais briga pela vitória.
Papo furado. Se as equipes clientes não têm o mesmo motor da equipe de fábrica, como terão a mesma potência.



Os 10 fatos de 2015 na F-1

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O site oficial da Fórmula-1 escolheu os 10 principais fatos do Mundial deste ano. Vamos a eles:
- O carro camuflado da Red Bull na pré-temporada.
- O acidente misterioso de Fernando Alonso no teste da pré-temporada em Montmeló, Barcelona, que levou o espanhol para o hospital e não permitiu que ele participasse da primeira prova do ano, na Austrália.
- A volta de Sebastian Vettel e da Ferrari ao topo do pódio na Malásia.
- Esquenta o clima entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg na China.
- Morre Jules Bianchi, acidentado no Japão em 2014, no dia 17 de julho de 2015.
- Pressão dos pneus no GP da Itália dá dor de cabeça para a Mercedes. Nada aconteceu de punição para a equipe prateada.
- A FIA divulga o calendário de 2016 com o GP em Monza (ameaçado por causa da falta de grana) e com 21 provas.
- Os finlandeses Kimi Raikkonen e Valtteri Bottas se chocam na Rússia. É o primeiro toque entre os dois.
- O furacão Patrícia dá as caras nas vésperas do GP dos EUA.
- Lewis Hamilton conquista o tri, no Circuito das Américas, nos EUA.



Red Bull empurrada pelo pés

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Sempre irreverente, ou quase sempre, a equipe Red Bull distribuiu seu cartão de Natal ironizando a situação que viveu atrás de um motor para 2016 e colocando seus pilotos Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat a bordo do carro de Fred Flintstone, da Idade da Pedra, observados pelo chefe Chrystian Horner e o projetista Adrian Newey. De quebra, o carro sem motor, porque a unidade de potência eram os pés de Fred e Barney, atropela o chefe da Mercedes Toto Wolff.



Equipe dos sonhos: Senna e Schumi

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O site oficial da Fórmula-1 (www.formula1.com) colocou em votação popular para a escolha da dupla ideal de pilotos na História entre os fãs em todo o mundo. O Dream Team teria Ayrton Senna e Michael Schumacher como pilotos. Eles correriam com a McLaren/Honda MP4/4, de 1988, que venceu 15 corridas em 16 naquele ano.
Segundo a eleição, a equipe teria como chefe o inglês Ross Brawn, comandante campeão em 1994/95 com a Benetton, de 2000 a 2004 com a Ferrari e em 2009 com a Brawn.
A votação completa é esta:
Pilotos: Senna, Schumacher, Alonso, Hamilton e Clark.
Carros: McLaren MP4/4, Williams FW 14B (1992), Lotus 79 (o carro asa de 1978), Ferrari F2004 e Mercedes F1 W05 (2014).
Chefes de equipe: Brawn, Frank Williams, Ron Dennis, Flavio Briatore (é, até aqui tem bandido) e Colin Chapman.



Não pode contar só o motor!

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O mago da aerodinâmica Adrian Newey, autor dos fantásticos carros campeões na Williams (1992, 1993, 1996 e 1997), na McLaren (1998 e 1999) e Red Bull (2010, 2011, 2012 e 2013), finalmente deu sua opinião sobre o atual estágio da Fórmula-1. Para o engenheiro aeroespacial de 56 anos, a disputa se limitou desde à entrada das chamadas unidades de potência (motor turbo associado à parte elétrica de KERS e ERS de recuperação de energia) a uma luta de motores, não mais à qualidade dos carros construídos pelas equipes, uma obrigação do regulamento da categoria.
- Atualmente, apenas Mercedes e Ferrari podem vencer - disse Newey.
É a mais pura verdade!
O mago defende a volta da importância dos carros, o principal espírito da F-1. Para corroborar a tese do Adrian, lembro de recentes disputas nas quais a excelência do carro é que importava.
- No fase em que a Lotus 72 de Emerson Fittipaldi assombrava na F-1, quase todas as equipes usavam o motor Ford Cosworth. No entanto, só a Lotus tinha o carro que revolucionou a construção dos bólidos. O conceito aerodinâmico implantado por Colin Chapman inspira os carros até hoje.
- No campeonato em que a McLaren com Senna e Prost só não venceu uma corrida, em 1988, a Lotus tinha o mesmo motor fornecido pela Honda. Mas a McLaren tinha o ótimo MP4-4.
- Nos quatro anos arrasadores da Red Bull, com Vettel, o motor Renault não era exclusividade da equipe austríaca. O que fazia a diferença era o carro.
A Mercedes domina a tecnologia dos motores híbridos atualmente usados na F-1 a partir de sua subsidiária esportiva AMG. E a Ferrari tem uma poderosa expertise para correr atrás dos propulsores feitos pela alemã. Detalhe: os motores Mercedes e Ferrari são fornecidos para outras equipes, mas sempre na configuração do ano anterior.
Está na hora do chefão Bernie Ecclestone mudar esse quado para a F-1 recuperar sua essência.



Olhem o capacete do filho do Schumi!

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Prestem atenção no capacete do Mick Schumacher. Tá mais para as cores do Senna do que as do pai, não? Claro, é só uma brincadeira. Mick, de 16 anos, é filho do heptacampeão Michael Schumacher e é mais um que trilha o caminho do pai nas pistas.
Atualmente na F-4 na Europa, Mick Schumacher é a mistura perfeita, nas feições, de seus pais, mais parecido com a mãe Corina, companheira de sempre do maior vencedor da Fórmula-1 em todos os tempos. Mas lembra demais seu pai. Esta história de a prole seguir os passos dos pais nas pistas se tornou comum a partir dos anos 90.
Curiosamente, dois foram companheiros de Williams em 1996 e 1997 e detêm duas marcas importantes na F-1. Damon Hill, campeão em 96, filho do bicampeão Graham Hill, é o único filho que também conquistou o Mundial. Jacques Villeneuve, campeão de 97, filho do lendário Gilles Villeneuve, conseguiu a façanha que seu pai nunca alcançou: ser campeão.
Mick será certamente piloto da F-1, mas ainda demorará um pouco. Atualmente, a saga dos filhos está sendo escrita pelo supertalentoso Max Verstappen, da Toro Rosso, filho do débil mental Jos Verstappen, e por Nico Rosberg, filho do campeão Keke Rosberg.
A F-1 já teve, além dos já citados:
- Kazuki Nakajima, filho do impagável Satoro Nakajima.
- Nelsinho Piquet, filho do tricampeão Nelson Piquet.
- Bruno Senna, não filho, mas sobrinho de Ayrton Senna.
- Christian Fittipaldi, filho de Wilsinho e sobrinho de Emerson Fittipaldi.
Estão por aí, ralando em categorias de acesso, Nicolas Prost, filho do tetracampeão Alain Prost, Mathias Lauda, filho do tricampeão Niki Lauda, Freddie Hunt, filho do campeão James Hunt, Leo Mansell, filho de Nigel Mansell, Pietro Fittipaldi, neto de Emerson, e Pedro Piquet, também filho do Nelson.
Infelizmente, uma outra grande promessa morreu em um trágico acidente na F-2, Henry Surtees, filho do único campeão em duas e quatro rodas, John Surtees.
Nessa galeria de pais ou tios ou neto, três não estão mais entre nós, Senna, Villeneuve e Hunt, os dois primeiros mortos em acidente na F-1. Hunt morreu vítima de enfarte aos 45 anos, devido principalmente à vida desregrada que levava. Com Hunt, terminou também a Era dos Pilotos Românticos da F-1.



"A F-1 tá uma merda", diz o tio Bernie!

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Em entrevista à imprensa alemã, Bernie Ecclestone disse que “a Fórmula-1 está uma merda”. O homem que transformou a principal categoria do automobilismo em um alto negócio e o esporte mais bem organizado do mundo jamais tinha usado um termo como esse ao falar publicamente. O baixinho foi mais longe:
- Não acho que a Mercedes tenha simpatia do público. Quero ver se alguém terá pena dela quando começar a perder. E a arrogância e a necessidade de estar sempre no topo não a permite que incentive as mudanças que a F-1 precisa com urgência. A queda da audiência na Alemanha, que tem um heptacampeão, um tetracampeão e uma bicampeã de equipes, é vertiginosa.
Bernie sempre foi contrário à mudança dos motores aspirados para estas geringonças atuais, híbridas, extremamente caras e sem o ruído que tornou os motores aspirados de antes como a maior marca da F-1.
Concordo em tudo com o tio Bernie. Neste ano, depois que o Lewis Hamilton papou o tri, nos EUA, as corridas seguintes foram de uma monotonia insuportável. Pior, com aquele barulho do motor mais parecido com um cortador de grama turbinado.
Nos anos 80, Bernie revolucionou a F-1. Terá de fazer isso de novo agora. De preferência, dando um soco em cima da mesa antes de começar.



Os grandes pilotos sem títulos

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Com dois vice-campeonatos seguidos, Nico Rosberg está longe de ser merecedor de entrar para uma galeria muito importante da Fórmula-1: a de grandes pilotos que nunca conquistaram o título na principal categoria do automobilismo. E entre os dois maiores representantes dessa casta, um eu sei pelos livros de história, o inglês Stirling Moss, contemporâneo do argentino pentacampeão Juan Manuel Fangio. O próprio Fangio disse uma vez: "O Stirling é melhor do que eu". Só o reconhecimento do lendário pentacampeão já basta para dimensionarmos o que foi Moss como piloto.
O outro grande nome da galeria dos "virgens" eu vi correr, o sueco Ronnie Peterson, excelente piloto dos anos 60 e 70, principalmente. Os dois estão na foto aí de cima, com Moss entrevistando Peterson para a BBC.
Ronnie morreu em um terrível acidente na largada do GP da Itália no circuito de Monza, em 1978, quando tentava impedir o título de seu companheiro de Lotus, o ítalo-americano Mario Andretti. A Lotus bateu na largada e explodiu, algo bem comum naqueles tempos. Peterson morreu no dia seguinte no hospital, vítima de múltiplas fraturas e por ter inalado muita fumaça no acidente. Tinha 34 anos.
Outros nomes importantes da galeria dos Sem Títulos são:
- O canadense Gilles Villeneuve, morto em um acidente no circuito de Zolder, na Bélgica, em 1982. Na Ferrari, como sempre, Gilles seria campeão naquele ano. Tinha 32 anos.
- O francês François Cevert, morto nos treinos de preparação para o GP dos EUA de 1973. Por ser muito amigo do francês, seu companheiro de Tyrrell, o escocês Jackie Stewart, tricampeão, apressou sua aposentadoria. Cevert é considerado o melhor segundo piloto que a F-1 já teve. Seria naturalmente o sucessor de Stewart. Cevert tinha 29 anos.
- O belga Jacques Ickx, hoje com 70 anos, chamado o Rei de Nürburgring, o antigo Nordschleife.
- O italiano Michele Alboreto, morto em 2001 quando testava o Audi R8 para as 24 Horas de Le Mans. Tinha 44 anos.



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